Créditos: DR
Vila Galé vai transformar Quinta da Cardiga em hotel após investimento de 20M€
O grupo Vila Galé apresentou esta sexta-feira, 8 de novembro, o seu próximo projeto hoteleiro na Golegã, mais concretamente na Quinta da Cardiga, onde irá nascer o futuro Vila Galé Collection Tejo – Country Resort Hotel Convention, Spa & Equestrian Sports.
Carla Nunes
Filipe Silva é o novo vice-presidente de Operações da UHM para a Europa
Recorde o HAS 2024 em vídeo
(Re)veja o HAS 2024 em imagens
Vila Galé inaugura oficialmente o primeiro hotel Collection no Brasil
Highgate anuncia novo Chief Operating Officer para Portugal
Pestana Hotel Group e Adyen em parceria para elevar a experiência hoteleira
Vila Galé adquire hotel em Cabo de Santo Agostinho por 62 milhões de reais
PortoBay Hotels & Resorts doa mais de 76 mil euros a sete instituições
Alexandre Solleiro aposenta-se no final deste ano
Jaime Rodríguez de Santiago é o novo diretor-geral para Portugal e Espanha
O grupo Vila Galé apresentou esta sexta-feira, 8 de novembro, o seu próximo projeto hoteleiro na Golegã, mais concretamente na Quinta da Cardiga, onde irá nascer o futuro Vila Galé Collection Tejo – Country Resort Hotel Convention, Spa & Equestrian Sports.
Fruto de um acordo de concessão por 50 anos, renovável, a Quinta da Cardiga passará agora por um período de obras, num investimento de 20 milhões de euros.
Em conferência de imprensa, Jorge Rebelo de Almeida, presidente da Vila Galé, explica que caso a aprovação e licenciamento sejam favoráveis em março do próximo ano, a expectativa é a de que a primeira fase do projeto abra ao público em junho de 2026.
Numa primeira fase da obra será intervencionada a área do palácio, bem como as zonas do lagar e do celeiro da propriedade, que serão compostas por 22 quartos, dois restaurantes – o Versátil e o Inevitável – dois bares, biblioteca e salas de reuniões.
Nesta primeira fase serão ainda acrescentados 49 quartos novos, um Satsanga Spa, dois picadeiros – um interior e exterior, com a remodelação das cocheiras já existentes na propriedade – piscina exterior e áreas desportivas, com dois campos de padel, campo de futebol e um polidesportivo. À semelhança de outras unidades da Vila Galé, também este hotel contará com uma zona para crianças, o Club NEP, onde além de um parque aquático estarão presentes valências como trampolins e uma tirolesa.
Já numa segunda fase, além de um salão de eventos e reuniões com capacidade para 800 pessoas, serão acrescentados mais 45 novos quartos na zona norte da Quinta da Cardiga, onde atualmente se encontram um conjunto de edifícios em ruínas.
“Aqui não nos pode escapar nada. O nosso foco específico é ir a todos, porque precisamos de trazer gente, o fluxo não está feito. Para nós era muito mais fácil fazer mais um hotel no Algarve, onde temos o negócio montado com nove hotéis”, afirmou o presidente do grupo, aportando para a necessidade de apostar no interior, por onde acredita que vai passar “o futuro do turismo”.
Quanto aos futuros mercados para este hotel, Jorge Rebelo de Almeida assegura que “um produto destes vai buscar em todos os mercados”, admitindo que “alguns mercados são bons para atrair pessoas que vêm fora de época”, neste caso o norte-americano e o brasileiro. Indica também a necessidade de apostar no mercado espanhol, que “reduziu alguma ocupação em Portugal”.
Sobre a Quinta da Cardiga
Classificada como imóvel de interesse público desde 1952, a Quinta da Cardiga remonta a 1169, ano em que as terras da propriedade foram doadas por D. Afonso Henriques aos Templários, onde ergueram um castelo integrado no sistema defensivo do Médio Tejo, do qual fazem também parte Almourol, Ceras e Zêzere.
Com a extinção da Ordem Templária, a quinta foi entregue à Ordem de Cristo. Posteriormente, no século XVI, durante o reinado de D. João III, foi transformada numa propriedade de veraneio de cariz apalaçado pelo arquiteto João Castilho, responsável pela ampliação do Convento de Cristo, em Tomar. As novas construções, incluindo áreas habitacionais, claustros, pátios e produção agrícola, tiveram por base o castelo templário medieval, do qual resta a torre de menagem.
Desde então, pela propriedade passaram várias famílias nobres e burguesas até à revolução liberal e extinção das ordens religiosas, em 1836, altura em que a Quinta da Cardiga foi vendida em hasta pública por 200 contos de reis. Após a venda, a quinta contou com vários proprietários privados, até ao seu declínio e abandono a partir da segunda metade do século XX.
Os próximos projetos do Vila Galé
Recorde-se que o grupo Vila Galé vai abrir mais cinco hotéis em Portugal, nomeadamente as Casas d’Elvas, que espera inaugurar a 15 de fevereiro do próximo ano; em Ponte de Lima, com data de abertura prevista a 25 de abril de 2025; no Paço Real de Caxias, em Oeiras; em Penacova e em Miranda do Douro.
Já no Brasil, estão em linha nove unidades hoteleiras: o Vila Galé Collection Ouro Preto; o Vila Galé Collection Sunset Cumbuco; o Vila Galé Coruripe Alagoas (onde estará também incluído um hotel NEP Kids, para crianças); o Vila Galé Collection Amazónia – Belém; o Vila Galé Collection São Luís; o Vila Galé Collection Maranhão; um hotel em Mangue Seco e outro no Inhotim, em Brumadinho.