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51% dos portugueses reservaram estadia num hotel através de plataformas online

De acordo com um estudo realizado pela Teleperformance, os portugueses acedem cada vez mais a ferramentas tecnológicas para marcar as suas férias.

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51% dos portugueses reservaram estadia num hotel através de plataformas online

De acordo com um estudo realizado pela Teleperformance, os portugueses acedem cada vez mais a ferramentas tecnológicas para marcar as suas férias.

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Com o objetivo de analisar o comportamento dos portugueses no que diz respeito ao setor hoteleiro e de turismo, o estudo “Global Insights Survey”, realizado pelo Business Insights Lab, da Teleperformance, conclui que os portugueses estão, mais do que nunca, a recorrer às novas tecnologias para marcar as suas férias.

Quando questionados sobre como efetuaram a sua última reserva num hotel ou alojamento, 51% refere que foi através de agências de viagens digitais e plataformas online. Além disso, para conhecer as instalações e pesquisar as várias opções disponíveis, 46% indica que utilizaria dispositivos de Realidade Virtual e Realidade Aumentada (VR e AR).

“As conclusões deste estudo demonstram que os portugueses estão cada vez mais cientes do potencial das novas tecnologias e de como podem integrá-las no seu dia-a-dia, para facilitar processos. Para acompanhar esta tendência e necessidade, é fundamental que as empresas do setor hoteleiro e turismo disponham de bons serviços digitais”, refere Pedro Gomes, CEO da Teleperformance em Portugal.

O estudo concluiu ainda que 31% dos portugueses planeia marcar uma viagem/férias através de uma agência de viagem online e 48% refere que, para procurar e explorar destinos, utilizaria ferramentas de Realidade Virtual e Realidade Aumentada (VR e AR).

“Este estudo revela que os clientes são cada vez mais digitais e as empresas do setor turístico que não estiverem bem posicionadas nesse espaço estão a perder oportunidades de mercado. Além disso, atualmente não basta ter um site para se estar presente no mundo digital; é fundamental, também, dar ao cliente acesso para se conectar ao agente de viagens através de canais digitais”, refere, por sua vez, João Taborda, VP Travel & Tourism Solutions da Teleperformance em Portugal.

De referir que o estudo sobre o comportamento dos portugueses, no que diz respeito à reserva de hotéis/alojamentos e escolha de destinos online, foi realizado ao longo do ano de 2022 e contou com a participação de 1 860 portugueses num total de 31 914 pessoas de outras nacionalidades (Brasil, Franca, Itália, Suécia, China, Alemanha, Japão, Turquia, Colômbia, Índia, México, Reino Unido, Egito, Indonésia e Estados Unidos da América).

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Nova edição março: Entrevista a Fernando Garrido, presidente da ADHP

Na edição de março da Publituris Hotelaria, o XXI Congresso da Associação de Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP) lança o mote para uma entrevista com o presidente da associação, Fernando Garrido. O alargamento de capacidade do Renaissance Porto Lapa, o novo projeto da Burel Mountain Hotels, mas também um dossier dedicado aos últimos 20 anos do setor e um especial de formação completam o número deste mês.

Carla Nunes

Com a aproximação do XXI Congresso da Associação de Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP), que este ano terá lugar de 20 a 21 de março no INATEL – Costa da Caparica, a revista Publituris Hotelaria de março entrevistou o presidente da associação, Fernando Garrido.

Temas como a cibersegurança, a inclusão na operação hoteleira e o reskilling de recursos humanos, adaptando-os a outras áreas de negócio, terão palco no congresso deste ano, a par do Encontro Internacional de Diretores de Hotel, que reúne associações congéneres de Espanha, Itália e Alemanha, e que este ano celebra a sua 3.ª edição consecutiva.

Numa conversa marcada pela aposta da associação na formação dos diretores de hotel, bem como no alargamento do European Bond of Hospitality Leaders a outras nacionalidades, a criação de uma futura Ordem dos Diretores de Hotel também esteve em debate.

No capítulo “Fala-se”, fique a saber mais sobre a nova ala de quartos do Renaissance Porto Lapa, que celebra dois anos de atividade em abril deste ano.

Já no interior do país, a Burel Mountain Hotels prepara-se para começar obras na sua terceira unidade de alojamento na Serra da Estrela, a Casa de Jones, um edifício ao abrigo do Revive Natureza situado nas Penhas Douradas. Os contornos deste futuro alojamento, a pretensão de classificar o património das Penhas Douradas e a operação das duas unidades hoteleiras do grupo guiaram esta entrevista com João Tomás, empresário da Burel – Mountain Originals.

Nesta edição, continuamos a celebrar o 20.º aniversário da Publituris Hotelaria com um dossier dedicado à evolução hoteleira em Portugal nas últimas duas décadas e os principais desafios que marcaram este caminho. Os intervenientes do setor traçam ainda as perspectivas para os próximos 20 anos, que se anteveem repletos de desafios e oportunidades.

Segue-se um Especial dedicado à formação, onde quatro formadores partilham a sua perspectiva sobre as competências em falta no setor, os desafios nesta área e as oportunidades de inovação no ensino da hospitalidade.

Nos “Fornecedores” fique a conhecer a BeCause, uma startup tecnológica criada em 2019 em Copenhaga que se dedica a disponibilizar às empresas do setor turístico soluções que as ajudem na sua jornada rumo a certificações de sustentabilidade, no cumprimento de normas ambientais, sociais e de governação corporativa (ESG) e na respetiva gestão de dados.

Na rubrica “Palavra de Chef” deste mês, o destaque vai para o chef Manuel Figueira, que assume a chefia de dois restaurantes na Serra da Estrela: o Fatiga, inserido na Casa de São Lourenço, e o Nubbin, na Casa das Penhas Douradas. O chef que sempre se considerou “muito hoteleiro” fala-nos da importância de recuperar e preservar tradições na cozinha, do percurso em pequenos e grandes hotéis e da sua perspectiva da evolução do turismo na Serra da Estrela.

Finda a leitura, brinde com as sugestões de Nuno Rodrigues, escanção, consultor da Nuno Wine Experience e Luxury Concierge no The Real Algarve.

Os indicadores deste mês, que colocam Portugal entre os destinos mais populares para 2025, são assinados por Luís Brites, CEO Clever Hospitality Analytics & Michela Ciccarelli, especialista em dados de destinos da Lybra Tech.

Esta edição conta ainda com as opiniões de Karina Simões (JLL); Rita Harries (merytu) e Bernardo Trindade (AHP).

Leia a edição completa através do link.

Para assinar a Publituris Hotelaria, entre em contacto com cdavid@publituris.pt | +351 215 825 430

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Legacy Ithos: Novo hotel do grupo Vila Baleira surge após investimento de 10M€

Dedicado a um conceito de turismo de saúde e bem-estar, a nova unidade do Vila Baleira Hotels & Resorts, o Legacy Ithos, surge da reconstrução do antigo centro de talassoterapia do grupo no Porto Santo. Espera-se que o novo hotel abra portas em meados de julho.

Carla Nunes

O grupo Vila Baleira vai contar com um novo hotel no Porto Santo, o Legacy Ithos, fruto de uma remodelação de cerca de 90% do edifício onde funcionava o Baleira Talasso & Spa.

Após um investimento de cerca de 10 milhões de euros, o Legacy Ithos abrirá portas em meados de julho deste ano como um boutique hotel de luxo com 28 unidades de alojamento. Acresce um segmento de saúde e bem-estar, dedicado à talassoterapia, para o qual foi criado não só novas áreas como uma nova marca, o Ora.

“Achamos que Porto Santo consegue responder muito bem a um novo mundo de turismo de saúde e bem-estar muito associado a uma vertente de luxo. Estamos a ir para um patamar que não existe neste momento em Porto Santo”, afirma Gonçalo Teixeira, administrador do grupo Ferpinta, que detém o grupo Vila Baleira Hotels & Resorts.

Para este hotel, o grupo prevê a contratação de 42 trabalhadores, entre as vertentes de hotel e bem-estar.

Esta nova unidade é acompanhada por um rebranding do grupo Vila Baleira Hotels & Resorts, que dedica uma nova imagem ao “maior luxo da atualidade”, o tempo.

Resultados de 2024

Com os resultados do Vila Baleira Hotels & Resorts a “ficaram um pouco aquém das perspetivas em termos de orçamento”, dada a “ambição” do grupo no estabelecimento de métricas e orçamentos, Gonçalo Teixeira afirma que houve uma evolução “positiva” face a 2023, com as receitas a aumentar 12% em 2024 face ao ano anterior.

A ocupação média dos hotéis situou-se entre os 70% e os 75%, Gonçalo Teixeira refere que o destino “continua a ser muito sazonal”. Como explica, “estamos a batalhar todos os dias para esbater a sazonalidade, neste momento não tanto em termos de ocupação, mas em termos de preço, [porque] ainda continua a haver uma quebra gigante em termos de resultados”.

Sobre a aplicação de uma taxa turística de dois euros no Porto Santo durante todo o ano, Gonçalo Teixeira afirma que, se por um lado, o grupo entende que “possa fazer sentido”, estando disponíveis para participar na discussão da sua aplicabilidade na época alta, alerta para a sua aplicabilidade no período de Inverno.

“Percebemos que possa fazer sentido, e teremos obviamente de participar nessa discussão da taxa turística no período de época alta. Porto Santo é uma ilha com muitas dificuldades, muito sazonal, com uma performance negativa nos meses de época baixa. Não nos faz sentido uma taxa turística implementada no inverno, quando os players privados trabalham todos os dias com um desgaste tremendo para podermos trazer clientes para a ilha. Vamos estar a carregar mais negativamente na operação, o que causa grandes entropias no que são as nossas projeções”, termina.

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Bensaude Hotels investe 12,5M€ na remodelação de cinco hotéis

No ano em que celebra 90 anos de atividade, a Bensaude Hotels aposta num rebranding com uma nova imagem de marca, a par de um pacote de renovações em cinco hotéis do portefólio. O balanço de 2024, mas também a possibilidade de novas aberturas, foram alguns dos pontos abordados pelo administrador-executivo da Bensaude Turismo durante a BTL– Better Tourism Lisbon Travel Market

Carla Nunes

No ano em que celebra 90 anos de atividade, a Bensaude Hotels aposta num rebranding com uma nova identidade visual, mas também em remodelações.

Este ano, o grupo hoteleiro tem em vista um investimento de 12,5 milhões para remodelar cinco unidades do seu portefólio, nomeadamente o Terra Nostra Garden Hotel; Grand Hotel Açores Atlântico; Terceira Mar Hotel; Hotel do Canal e São Miguel Park Hotel.

No Terra Nostra Garden Hotel, a renovação visa a Casa de Chá, enquanto no Grand Hotel Açores Atlântico será remodelada toda a área de wellness. Já no Terceira Mar Hotel, a intervenção visa a piscina interior e bar exterior.

No caso do Hotel do Canal e do São Miguel Park Hotel, será realizada uma remodelação total de ambos os hotéis.

O valor foi indicado à Publituris Hotelaria por Jorge Aguiar, administrador-executivo da Bensaude Turismo, na BTL– Better Tourism Lisbon Travel Market, onde o grupo apresentou a sua nova identidade visual inspirada nas rotas marítimas que unem os Açores a Portugal Continental, à Europa e ao Continente Americano.

Este rebranding constituiu “o maior investimento feito até hoje” pelo grupo neste segmento, de acordo com Nuno Pavão Borges, diretor de comunicação e marketing do grupo Bensaude.

“Precisávamos que a marca fosse mais conhecida. E são 90 anos. Somos das cadeias mais antigas a nível nacional, e a verdade é que isso não é muito percecionado a nível nacional”, refere Nuno Pavão Borges.

2024 com melhorias “em todos os indicadores”

Do balanço da atividade em 2024, Jorge Aguiar refere que o grupo “melhorou em todos os indicadores”, com resultados acima de 2023.

No ano passado, o preço médio registou melhorias, com subidas entre os 10% e os 15%.

“Não só nos Açores, mas em Portugal inteiro, os nossos preços antigamente estavam muito depreciados. Merecíamos mais, com o que disponibilizamos a quem nos visita”, defende o administrador-executivo da Bensaude Turismo.

Já nas taxas de ocupação, o aumento foi entre os 2% e os 3%. Não sendo “proporcional” ao aumento do preço médio, Jorge Aguiar aponta para a necessidade de não degradar o nível de serviço com ocupação excessiva. Com a “shoulder season” a “melhorar”, o administrador indica que os hotéis do grupo registaram ocupações entre os 70% e os 75% em outubro, “fruto de congressos e reuniões”.

O ano de 2024 trouxe uma “intensificação do mercado norte-americano” para os hotéis da Bensaude Hotels, com este a tornar-se no principal mercado. Seguiram-se os mercados nacional, alemão e francês.

Apesar do crescimento, Jorge Aguiar vê o ano de 2025 como um período de “consolidação”.

“Não acreditamos em crescimentos até infinito. Estamos com algum receio pelo mercado norte-americano, que é um dos nossos principais mercados. As medidas políticas que estão a ser tomadas vão ter impacto real na vida das pessoas e a nossa expectativa é que pelo menos mantenham os fluxos atuais”, admite.

Possibilidades de expansão

Com mais duas unidades hoteleiras a integrar o portefólio da Bensaude em sistema de arrendamento desde o ano passado – nomeadamente o Hotel do Caracol e o Caloura Hotel – o grupo admite “olhar para outras oportunidades que possam surgir nos Açores, mas nunca em produtos de volume”, como refere Jorge Aguiar.

“Não vamos fazer hotéis de 150 quartos. O caminho para os Açores, na nossa opinião, sobretudo em São Miguel, não é esse, mas produtos de valor acrescentado, que resultem de reabilitação urbana e que qualifiquem o destino”.

Já a nível nacional, o administrador afirma estarem “ativamente atentos” a oportunidades a nível nacional, olhando com preocupação para o número de aberturas hoteleiras na capital.

“Preocupa-nos o que se está a passar em Lisboa. A oferta está a crescer, de grande qualidade. Mas se alguém acha que vai correr bem aumentar a oferta desta forma e não aumentar a concetividade e a porta de entrada, alguma coisa neste raciocínio vai falhar”.

Por esse motivo, um segundo hotel em Lisboa, “só se for uma boa oportunidade”. Contudo, o administrador acredita que “vai ser difícil”.

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Carla Nunes

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Hotel Mundial vai contar com 500M2 de área de MICE e novo restaurante

O Hotel Mundial está a ser sujeito a um processo de requalificação que arrancou há cerca de dois anos e que vai motivar um investimento total de 20 milhões de euros, que já inclui também a nova área de MICE da unidade.

Inês de Matos

O Hotel Mundial apresentou esta terça-feira, 11 de março, a primeira fase de requalificação que transformou toda a zona de receção e bar da unidade hoteleira de quatro estrelas, que vai agora passar por novas intervenções que a vão dotar de uma área de MICE com 500 metros quadrados e um novo restaurante, segundo Miguel Andrade, diretor-geral de Operações da PHC Hotels.

“Vamos ter cerca de 500 metros quadrados de área de MICE, com oito salas de reuniões e tecnologia de ponta. Vamos poder fazer, em simultâneo, reuniões para 300 pessoas”, explicou o responsável, durante a apresentação à imprensa da primeira fase de requalificação do Hotel Mundial.

A nova área de MICE do Hotel Mundial vai ficar localizada no primeiro piso da unidade hoteleira, com Miguel Andrade a explicar que, a nível estratégico, “é importante” que a unidade tenha “um mix que não seja só focado no lazer”, até porque a estada média e o gasto de um hóspede de MICE é superior ao de lazer.

Por outro lado, acrescentou o responsável, “Lisboa é cada vez mais uma cidade procurada para incentivos”, um dos segmentos do MICE que, em conjunto com as reuniões corporativas, o Hotel Mundial pretende atrair.

“Vamos também entrar no MICE porque é um segmento que faz sentido para nós em Lisboa”, referiu, explicando que estas intervenções vão arrancar em maio deste ano, devendo estar concluídas em novembro.

Além das salas de reuniões, o primeiro piso do Hotel Mundial vai também passar a contar com um novo restaurante, denominado 28, que vai contar com uma zona exterior e que vai servir de sala de pequenos-almoços, ao mesmo tempo que vai dar apoio aos eventos que esta zona vai passar a receber.

“É um hub de eventos que vai estar a funcionar a partir de novembro de 2025”, resumiu o responsável, revelando que, além das áreas de MICE, o piso 1 do Hotel Mundial vai também passar a contar com um fitness center.

Investimento de 20M€ para requalificar todo o hotel

A área de MICE será a segunda zona do Hotel Mundial a passar por obras de requalificação, depois do piso 0, onde se encontra a receção e o bar da unidade hoteleira, que foi recentemente intervencionada ao longo de oito meses, tendo reaberto em dezembro.

“É um investimento de cerca de 20 milhões de euros para a requalificação do Hotel Mundial, num projeto que começou há dois anos, com um concurso de ideias em que foi escolhido um gabinete de arquitetura”, explicou Miguel Andrade, revelando que a escolha recaiu no gabinete de arquitetura Broadway Malyan, que tem “um historial muito grande em requalificações”.

O diretor-geral de operações da PHC Hotels explicou que as intervenções no piso 0 do Hotel Mundial pretendiam dar mais “espaço, conforto e luz” a esta zona da unidade, numa mudança que está a agradar aos hóspedes.

“Estamos muito satisfeitos com esta dimensão que o bar vai ter. O cliente tem logo a visão de onde pode tomar uma bebida. Foi uma área que melhorámos e estamos a ter um ótimo feedback dos clientes”, revelou, indicando que o bar passou também a servir refeições quentes, num conceito que remete para a portugalidade do espaço e que vai ter também propostas gastronómicas que remetem para os Descobrimentos.

Já a receção do Hotel Mundial, além de estar mais moderna, passou a ter uma organização diferente, contando com balcões de atendimento para clientes individuais e para grupos.

Já o lobby vai passar a contar com mais espaço, já que o Hotel Mundial integrou uma loja de rua que existia nas suas arcadas, o que permite disponibilizar uma nova área, que vai ser também ideal para quem quer trabalhar ligado à internet.

Para mais tarde ficam as intervenções nos quartos do Hotel Mundial, com Miguel Andrade a revelar que essas devem acontecer apenas em 2026 e 2027, dotando a unidade hoteleira de um total de 315 quartos, incluindo 31 suítes e cerca de 30 quartos comunicantes.

Em 2028, será a vez do Restaurante Varanda de Lisboa, assim como do Rooftop da unidade serem requalificados, sendo que o valor destas intervenções não está incluídos nos 20 milhões de euros de investimento anunciado.

“Com isto, no final de 2027, o objetivo é termos um hotel requalificado, com um posicionamento muito diferente do atual, continuamos a ser um hotel de quatro estrelas mas vamos trabalhar para o mercado de lifestyle e de qualidade premium”, acrescentou.

Miguel Andrade revelou ainda que, em breve, a unidade vai também passar a contar com uma marca internacional, que deverá ser anunciada até ao final da semana.

“Ainda não posso partilhar o que vamos fazer do ponto de vista de marcas, mas temos uma negociação muito avançada e estamos a falar com essa marca em todo o processo de requalificação. Ou seja, todos os standards que estão a ver aqui, toda a proposta de valor que já é visível, já está alinhada com a marca”, indicou ainda.

 

 

 

 

 

 

 

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2024 foi “ano muito positivo” para a PHC Hotels com aumento de 60% nas receitas totais

Segundo Miguel Andrade, diretor- geral de Operações da PHC Hotels, as receitas totais cresceram cerca de 60%, o que se deveu ao bom desempenho das unidades do grupo mas, essencialmente, à introdução do Convent Square Hotel no seu portfólio.

Inês de Matos

A PHC Hotels faz um balanço positivo do ano passado, com Miguel Andrade, diretor- geral de Operações do grupo de hotelaria lisboeta, a revelar que as receitas totais cresceram cerca de 60%, o que se deveu ao bom desempenho das unidades do grupo mas, essencialmente, à introdução do Convent Square Hotel no seu portfólio.

“2024 foi um ano muito positivo, conseguimos, muito pela introdução do Convent Square no nosso portfólio e de termos o primeiro ano de faturação do Convent Square, aumentar as receitas totais do grupo em cerca de 60%”, explicou o responsável esta terça-feira, 11 de março, durante a apresentação à imprensa da primeira fase de requalificação do Hotel Mundial.

Miguel Andrade explicou que também o GOP – Gross Operating Profit assistiu a um aumento de 30% no ano passado, muito por culpa da elevada ocupação e preço médio que as quatro unidades da PHC Hotels apresentaram.

Segundo o responsável, o Hotel Mundial encerrou 2024 com uma ocupação de 83% de ocupação e um preço médio de 146 euros, enquanto o Portugal Boutique Hotel registou 88% de ocupação e um preço médio de 172 euros. Já o My Suite Lisbon encerrou o ano passado com 75% de ocupação e 152 euros de preço médio, com o Convent Square Hotel a apresentar ainda uma ocupação de 80% e um preço médio de 248 euros.

“Portanto, foi um ano muito positivo e estamos muito satisfeitos porque o esforço que fizemos e a aposta na qualidade do serviço, tem trazido valor e incremento de preços, com clientes satisfeitos que regressam”, congratulou-se Miguel Andrade.

Os resultados de 2024 dão também confiança quanto a 2025, com o diretor-geral de Operações da PHC Hotels a indicar que o grupo espera “crescer em preço em todas as unidades”.

“Vamos crescer em preço em todas as unidades mas vamos ficar em linha com as receitas totais porque o facto de entrarmos em obras no Hotel Mundial vai tirar-nos inventário e vamos diminuir as receitas no Hotel Mundial”, explicou, prevendo crescimentos de cerca de 11% no Convent Square e cerca de 5% no Portugal Boutique Hotel e no My Suite Lisbon.

Segundo o responsável, a expetativa é que exista um ligeiro decréscimo no “volume de vendas” no Hotel Mundial devido às intervenções previstas, que vão levar ao encerramento de vários quartos na unidade.

Oportunidades de negócio em Lisboa continuam na mira da PHC Hotels

Os bons resultados tão também força à PHC Hotels para continuar a sua missão de ser tornar num “player importante em Lisboa”, com Miguel Andrade a revelar que, por isso, o grupo continua à procura de novas oportunidades de negócio, sempre em Lisboa.

“Estamos a ver muito atentamente e em Lisboa. Somos naturais de Lisboa e queremos ser um player importante em Lisboa. Já o somos e com a aposta que estamos a fazer na qualidade mas vamos ser ainda mais”, indicou o responsável.

Miguel Andrade lembrou que, atualmente, a PHC Hotels já conta com 530 quartos na capital portuguesa, o que mostra que o grupo já é “um player com dimensão” na hotelaria lisboeta.

 

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Guia Michelin: “Queremos contribuir para posicionar Portugal no mapa da culinária mundial”

A evolução do panorama gastronómico em Portugal, mas também a apresentação das Chaves Michelin pelo Guia em abril de 2024 guiaram esta conversa com Nuno Ferreira, representante do Guia Michelin em Portugal.

Carla Nunes

Este ano, a segunda edição da Gala Michelin Portugal decorreu a 25 de fevereiro no Centro de Congressos da Alfândega do Porto. A “riqueza turística, cultural e gastronómica da região Porto e Norte”, com capacidade para “atrair tanto gourmets como viajantes em busca de cultura e autenticidade”, motivaram a escolha para esta segunda gala, de acordo com Nuno Ferreira.

De 2000 para 2025, o número de Estrelas atribuídas em Portugal evoluiu de forma “excecional”, segundo o representante, fruto de “uma cozinha defendida mais do que nunca por jovens chefs interessados em reinventar os seus pratos mais clássicos, fundindo a tradição com a inovação”. Contudo, o país ainda não conseguiu captar a terceira Estrela, pondo-se a pergunta se este será o ano para a sua atribuição.

A Gala Michelin passou a ser diferenciada entre Portugal e Espanha em 2024. O que motivou esta decisão? E em que se traduz esta separação de galas na atuação do Guia Michelin em Portugal?

Os nossos inspetores têm vindo a acompanhar a evolução da realidade gastronómica há anos e a decisão que tomamos de apresentar a seleção do Guia Michelin exclusiva de Portugal é porque acreditamos no potencial e desenvolvimento do atual cenário gastronómico português. Queremos contribuir para posicionar Portugal no mapa da culinária mundial, com um espaço de tempo e um evento dedicados, com o foco na identidade culinária portuguesa. O interesse pela cozinha portuguesa e pelo próprio país é visível na grande afluência de turistas a cidades de grande atração e interesse como Lisboa e Porto, que servem de base a estes restaurantes gastronómicos, mas que se alastra a todo o país, abrindo fronteiras e procurando a excelência para estarem ao nível. Com a organização de um evento próprio de Portugal, com a revelação da seleção de restaurantes e a subsequente criação de conteúdos editoriais e comunicação, o Guia contribui para a promoção de Portugal como um destino gastronómico europeu imperdível.

Este ano, a Gala do Guia Michelin Portugal 2025 tem lugar no Porto. O que vos levou a escolher esta região, e particularmente esta cidade, para a realização do evento?

A escolha do Porto como cenário no qual se dará a conhecer a nova seleção de restaurantes do Guia Michelin Portugal confirma a riqueza turística, cultural e gastronómica da região Porto e Norte, um destino capaz de atrair tanto gourmets como viajantes em busca de cultura e autenticidade. Esta região tem uma tradição gastronómica que se destaca pela diversidade e qualidade dos seus produtos, bem como pela criatividade dos chefs. O Porto e Norte de Portugal é conhecido pelo caráter genuíno das suas gentes e pela tradição de bem receber. Entre os seus atributos está uma gastronomia rica e dinâmica, acompanhada pelos excelentes vinhos da região. A gastronomia e os seus intérpretes aproveitam de forma excecional os recursos naturais da região, desde os produtos oriundos dos férteis campos da região, à frescura e qualidade do peixe. É uma região de raças autóctones, de produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP), uma região comprometida com projetos de desenvolvimento da área gastronómica e que viveu também na última Michelin Guide Ceremony um grande momento com 12 novas entradas no Guia MICHELIN, uma delas de um restaurante com duas estrelas.

Muitos chefs em Portugal acreditam que a atribuição de uma terceira estrela em Portugal “é apenas uma questão de tempo”. Confirma esta perspectiva?

Houve uma clara evolução positiva na última década, com uma geração de chefs com excelente formação e ambição de melhorar. Chefs que estão a fazer coisas interessantes, oferecendo uma cozinha portuguesa moderna, baseada nos sabores tradicionais e procurando surpreender com novas apresentações e texturas.

Uma evolução “excecional”

Como descreveria a evolução do panorama gastronómico em Portugal? O que mudou nos últimos 20 anos?

A evolução a que temos assistido em Portugal nos últimos anos tem sido excecional. Uma cozinha defendida mais do que nunca por jovens chefs interessados em reinventar os seus pratos mais clássicos, fundindo a tradição com a inovação. Preparações e apresentações mais delicadas sem renunciar aos produtos e ingredientes locais. Adaptação aos gostos atuais. Atualmente, a preocupação com os ingredientes locais é uma prioridade, revalorizando a cozinha tradicional com técnicas modernas. Portugal tem uma projeção internacional, em termos gastronómicos, que nunca teve antes. Há uns anos o interesse gastronómico centrava-se quase exclusivamente em zonas turísticas como o Algarve, mas hoje a oferta gastronómica está espalhada por todo o país, principalmente em cidades como Lisboa e Porto, que recebem um grande volume de turistas interessados na sua gastronomia e também na sua cultura. Estas cidades estão atualmente em plena expansão de diferentes ofertas, aberturas, formatos, cozinhas de fusão e diferentes influências internacionais. Portugal abriu-se definitivamente ao mundo em termos de gastronomia.

A Estrela Verde foi apresentada em 2020 e introduzida no guia em 2021, centrada na sustentabilidade da operação nos restaurantes. Como diria que tem evoluído este segmento no mundo gastronómico?

Esta distinção permite-nos distinguir os restaurantes que se destacam pelo seu compromisso com a sustentabilidade, a inovação e o compromisso com o meio ambiente e é atribuída aos restaurantes que têm um compromisso e práticas sustentáveis em termos de utilização de produtos locais e sazonais, utilização de energias renováveis, gestão de resíduos, cuidado com a biodiversidade.
A Estrela Verde MICHELIN é, portanto, um instrumento prático para guiar os nossos leitores, bem como qualquer gourmet entusiasta, para os restaurantes que colocam a sustentabilidade no centro da sua oferta e do seu funcionamento. Estas práticas estão a tornar-se cada vez mais importantes para o comensal.

Chaves Michelin

Em abril de 2024 apresentaram uma nova distinção, as Chave Michelin. Que diferença representa esta distinção em relação ao que faziam anteriormente, com a inclusão de hotéis da Europa e Ásia nos guias?

A seleção de hotéis, já existente, no Guia MICHELIN oferece aos utilizadores recomendações para uma experiência de viagem completa.
Atribuídas pela equipa de inspetores do Guia MICHELIN, com base em estadias ou visitas anónimas, e independentemente de qualquer rótulo, estrela turística ou quota existente, as Chaves MICHELIN afirmaram-se como uma nova referência internacional para os viajantes, orientando-os para alojamentos que se destacam pelo seu conceito hoteleiro único, personalidade forte, bem como um elevado nível de hospitalidade e serviço.
Uma chave MICHELIN indica uma estadia muito especial. É uma verdadeira joia com carácter e personalidade próprios. Pode ser inovador, oferecer algo diferente ou simplesmente ser um dos melhores na sua categoria. O serviço vai sempre mais além e oferece muito mais do que os estabelecimentos com preços semelhantes.
Duas chaves MICHELIN indicam uma estadia excecional, que vale a pena fazer um desvio. Um lugar verdadeiramente excecional em todos os sentidos, onde uma experiência memorável é sempre garantida. Um hotel com carácter, personalidade e charme, gerido com um orgulho e cuidado evidentes. Um design ou uma arquitetura marcantes e um verdadeiro sentido do lugar, fazem deste um lugar excecional para ficar.
Três chaves MICHELIN indicam uma estadia única. Tudo aqui é admiração e indulgência – este é o máximo em conforto e serviço, estilo e elegância. É um dos hotéis mais notáveis e extraordinários do mundo e um destino em si mesmo para a viagem de uma vida. Todos os elementos da verdadeira hospitalidade estão aqui presentes para garantir que qualquer estadia perdure na memória.

Que critérios devem os hotéis cumprir para figurar na vossa seleção da Chave Michelin?

Para selecionar e distinguir um hotel, a nossa equipa de inspetores avalia cinco critérios universais. O primeiro, é que o hotel seja uma porta aberta para o destino: contribui para a experiência local. No segundo, a excelência no design de interiores e na arquitetura. Terceiro, qualidade e regularidade do serviço, conforto e manutenção. Num quarto ponto, coerência entre o nível de experiência e o preço pago. E por último, singularidade que reflita personalidade e autenticidade.

Por enquanto, a Chave Michelin distinguiu hotéis na Áustria, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, México, Espanha, Suíça, Tailândia, Reino Unido e Irlanda e ainda nos Estados Unidos. Esta distinção será alargada a mais países? E Portugal, está nos países “na mira” para esta distinção?

Em 2024, começámos a implementar as Chaves Michelin em mais de 10 destinos turísticos importantes. Naturalmente, pretendemos implementar as Chaves MICHELIN a nível mundial, a fim de destacar, na nossa seleção hoteleira já global, os estabelecimentos que oferecem as estadias mais extraordinárias. Embora não possamos partilhar até à data mais detalhes sobre o calendário exato, Portugal e os seus muitos hotéis notáveis farão, naturalmente, parte do nosso próximo roteiro.

Os inspetores que analisam os hotéis são distintos dos que avaliam os restaurantes? Quantos inspetores têm no momento em ambas as vertentes?

Tal como no caso dos restaurantes, a seleção dos hotéis para o Guia MICHELIN e a decisão de atribuição das Chaves MICHELIN são feitas de forma independente pela equipa de inspetores. Todos eles formam uma única equipa de seleção, internacional e especializada. Os inspetores desta equipa trabalham em conjunto e tomam a decisão de maneira colegiada. Alguns inspetores concentram-se apenas nos hotéis, outros apenas nos restaurantes e outros em ambos.

A criação de uma Estrela Verde para hotéis, à semelhança do que já acontece com os restaurantes, é uma possibilidade?

De momento, ainda não formalizámos uma distinção adequada para destacar os pioneiros do setor. Estamos a trabalhar nesse sentido, uma vez que os viajantes tendem a procurar hotéis cada vez mais sustentáveis. Começámos por disponibilizar aos viajantes, no nosso sítio web e na nossa aplicação, as certificações do setor e outras medidas sustentáveis tomadas pelo hotel.

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Prémios AHRESP querem voltar a premiar os melhores e inscrições terminam a 15 de março

Com a entrega marcada para 6 de junho, os Prémios AHRESP vão novamente distinguir o que de melhor se faz na restauração e alojamento. Para tal é preciso não esquecer que as inscrições terminam a 15 de março.

Victor Jorge

Não existem muitas diferenças entre a 9.ª edição dos Prémios AHRESP, em 2025, cujas inscrições terminam a 15 de março, e a edição do ano anterior, a não ser o “querer premiar os melhores dentro a área de atuação da AHRESP”, afirmou a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, Ana Jacinto. Até porque a grande alteração foi introduzida na 8.ª edição, em 2024, tendo-se revelado, segundo Ana Jacinto, “de maior interesse e grande efeito”, já que levou a AHRESP a todo o território, com Teresa Vivas, consultora e especialista gastronómica, a percorrer o país de ponta a ponta para divulgar os prémios e encontrar novos projetos nomeáveis.

“No ano passado notámos, de facto, que a maioria dos candidatos/inscritos era sobretudo das grandes zonas urbanas. Ou seja, os nossos prémios não conseguiam abranger todo o território, apesar dos nossos esforços de comunicação”. Portanto, as zonas mais turísticas tinham participação, mas o resto do território ficava por participar.

“A AHRESP, que tem uma missão e uma preocupação muito grande com o território, até porque temos delegações espalhadas por todo o país”, refere Ana Jacinto para acrescentar que “a nossa ambição e desejo passa por ter projetos, entidades, profissionais e iniciativas de todo o território. Por isso, percebemos que tínhamos de ir para o terreno, além do que fazemos com as nossas delegações”.

A secretária-geral da AHRESP reconhece, também, que, com a pandemia “cada vez mais as entidades concentram os seus serviços em locais mais centrais e fazem tudo online. O que a associação tem feito é exatamente o contrário, já que notamos que o nosso tecido empresarial continua a precisar muito da nossa presença. E da pro-atividade das nossas delegações”.

À semelhança do que aconteceu o ano passado, o objetivo da AHRESP é ter inscrições de norte a sul do país, incluindo Ilhas, “com projetos, iniciativas e profissionais totalmente desconhecidos dos grandes media e do público em geral”.

Assim, a inovação para a 9.ª edição dos prémios AHRESP assenta muito em “mais e melhor comunicação e promoção. Uma comunicação mais próxima. Vivemos muito nas nossas ‘bolhas’ e achamos que tudo é como se passa connosco, mas a verdade é que existem sítios onde nem sequer wifi há e onde descobrimos restaurantes, hotéis, iniciativas que não conhecemos, nem essas iniciativas e projetos se dão a conhecer pelos canais normais que achamos normais e onde todos estão. Mas a verdade é que ainda existe muita gente que não está nesses canais”.

Com a máxima de que os prémios “não são apenas o reconhecimento para o premiado, mas também o enaltecer de tudo o que há de bom no setor, incentivando a réplica destas boas práticas”, a Publituris Hotelaria perguntou a Ana Jacinto se, de facto, não se criam propostas de valor ou esse reconhecimento da criação de propostas de valor não é reconhecida? A resposta: “Não, não são visíveis, ou melhor, têm de ser mais visível”. E adianta: “para darmos visibilidade a esses projetos, iniciativas e pessoas, o trabalho. Não é só feito dentro e pela AHRESP, já que nos articulamos com Entidades Regionais de Turismo (ERT) que conhecem como ninguém os seus territórios, com as câmaras municipais, e são estas entidades que nos têm estado a ajudar nesta procura de projetos e iniciativas que estão muitas das vezes escondidas”

Assim, admite Ana Jacinto, o papel da AHRESP passa por chamar a atenção para projetos, iniciativas, pessoas menos conhecidas em todo o Portugal, continental e ilhas. “Estamos a falar de pessoas extraordinárias, que fazem coisas extraordinárias, projetos sustentáveis e preocupados com a sustentabilidade, e queremos que, de certa forma possam ter um efeito de contágio, de dominó, para que outros sigam estes exemplos e a AHRESP conseguir dar visibilidade aos mais desconhecidos”.

Não tendo havido mexidas nas categorias, com um total de 10 a votação, existem ainda mais três da responsabilidade e proposta da direção e de uma Comissão de Honra.

Ana Jacinto faz um apelo à apresentação e inscrição de projetos, entidades e pessoas. “O português gosta de deixar tudo muito para a última”.

No que diz respeito ainda às inscrições, estas podem contemplar projetos, entidades ou pessoas que se tenham inscrito em anos anteriores. Só os vencedores é que estão impossibilitados de nova inscrição, tal como membros da direção da AHRESP, algo que “gera alguma confusão, mas que esclarecemos desde o início”, diz Ana Jacinto.

“Temos muitos projetos novos a surgir e coisas verdadeiramente diferenciadoras e inovadoras”. Além disso, “há os que, não tendo ganho em edições anteriores, voltam a tentar e fazem muito bem, porque o facto de não terem conseguido vencer não significa que não sejam projetos tão bons quanto aqueles que venceram”, destaca a secretária-geral da AHRESP.

“Até porque, quando o júri fica com os cinco finalistas em cada categoria, todos eles são vencedores. A questão está em quem é que gera depois mais ruído no online para poder receber mais votos. O ano passado, à semelhança dos outros anos, tivemos candidaturas fantásticas, só que depois quem ganha quem partilhar mais e quem fizer mais barulho no online”.

Quanto à performance do setor do turismo e, especialmente, nas áreas que a AHRESP abrange, Ana Jacinto volta a frisar que, ao contrário do alojamento, “nós não temos dados tão assertivos, tudo está devidamente registado. No caso da restauração não é bem assim, temos um perfil de empresas muito micro, empresários em nome individual, Temos um cadastro previsto legalmente há anos que ainda não existe, não está visível para ninguém.”

“O que fazemos, permanentemente, é ouvir os empresários através das nossas delegações, permitindo-nos perceber. O que sabemos é que o setor tem enormes assimetrias, temos estabelecimentos que estão com uma procura extraordinária, que acompanham o movimento dos dados do alojamento e outros segmentos da restauração que têm uma procura diminuta, sobretudo aqueles que se encontram mais dependentes do mercado interno, do residente. Talvez pela perda de poder de compra, independentemente de algumas notícias dizerem que não temos propriamente uma perda de poder de compra e de rendimento, mas a verdade é que se sente nas escolhas que os portugueses fazem, algo notório pelos estudos que a AHRESP tem vindo a realizar com a Nielsen”.

A secretária-geral da AHRESP salienta ainda que, após um período de quebra, “já temos uma estabilidade na procura, mas continuamos a gastar menos, continuamos a fazer opções que não fazíamos anteriormente, isto é, a procura dos restaurantes mais caros e com um ticket mais elevado não é para o dia-a-dia, mas sim para alturas de comemorações ou festas. Temos assimetrias enormes”.

Voltando aos prémios AHRESP 2025, deixamos aqui as categorias sujeitas a inscrição:
Embaixador Gastronómico
Melhor Restaurante
Melhor Alojamento Turístico
Estabelecimento Solidário
Sustentabilidade Ambiental
Turismo nos Media
Jovem Empreendedor
Destino Revelação
Marcas à Mesa e Marcas na Cama
Profissional do Ano

Além destas, ainda existem as categorias nomeadas:
Portugueses Lá Fora
Personalidade do Ano
Prémio Mário Pereira Gonçalves

As inscrições continuam até dia 15 de março em https://premiosahresp.com.pt

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Ocupação hoteleira no Algarve em fevereiro aumenta face a 2019 ancorada nos mercados internacionais

A taxa de ocupação por quarto em fevereiro deste ano no Algarve cifrou-se nos 44,8%, um valor acima do verificado no mesmo mês de 2019, mas abaixo do registado no mês homólogo de 2024. Este ano, o mercado nacional protagonizou a maior queda em relação ao ano passado, com os mercados espanhol e alemão a registarem o maior crescimento homólogo.

Carla Nunes

Em fevereiro deste ano, as unidades de alojamento no Algarve registaram uma taxa de ocupação quarto de 44,8%, de acordo com a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

O valor representa uma subida de 3,6% face ao mês homólogo de 2019, o último ano com data de Carnaval comparável a 2025, num aumento de 1,5 pontos percentuais (p.p.).

Contudo, quando comparada com os valores verificados em fevereiro de 2024, a taxa teve um decréscimo na ordem dos 4,1%, com menos 1,9 pontos percentuais.

Os mercados que registaram maiores crescimentos homólogos face ao ano anterior foram o espanhol (mais 20%) e o alemão (mais 6%). Já o mercado nacional registou uma descida homóloga de 20% face a 2024.

A estadia média em fevereiro deste ano no Algarve foi de 3,9 noites, ou seja, 0,4 abaixo do valor registado no mês homólogo do ano anterior.

As estadias médias mais prolongadas foram as do mercado neerlandês, com 8,8 noites, e do canadiano, com 5,9.

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limehome converte antiga fábrica em Alcântara na sua maior propriedade em Lisboa

O empreendimento turístico vai contar com 57 apartamentos e área de restauração, situado junto à LX Factory. Em Lisboa, a limehome conta já com quatro projetos em funcionamento, sendo que o mais recente encontra-se na zona do Campo Pequeno, com 38 estúdios e apartamentos de tipologia T1.

A limehome, operador de apartamentos turísticos na Europa, reforça a presença em Lisboa com um novo projeto em Alcântara, numa antiga fábrica em ruínas.

Situado na Rua Maria Luísa Holstein, junto à LX Factory, o empreendimento vai contar com 57 apartamentos totalmente equipados e uma área de apoio dedicada à restauração. A inauguração está prevista entre 2028 e 2029, reforçando “o posicionamento estratégico da limehome [nesta área]”, onde antecipa “crescimento e valorização nos próximos anos”.

Este projeto junta-se ao mais recente projeto da limehome na capital, onde conta com uma nova propriedade no Campo Pequeno, na Avenida dos Defensores de Chaves, 95. Esta propriedade, a quarta em atividade em Lisboa, conta com 38 estúdios e apartamentos de tipologia T1.

De acordo com Daniel Hermann, Chief Growth Officer da limehome, o objetivo é consolidar e aumentar a presença em todo o território nacional.

“Com esta abertura, aproximamo-nos das 200 unidades em funcionamento, tendo mais de 300 em contrato. Estas novas propriedades certamente terão o mesmo sucesso do nosso portfólio atual em Lisboa, não só pela sua localização privilegiada, mas também pelas caraterísticas únicas dos próprios edifícios, que prometem oferecer uma experiência excecional aos hóspedes”, afirma Daniel Hermann.

Com unidades no Porto, em Lisboa e Évora, a limehome pretende estender-se a todas as regiões de Portugal, “sempre com localizações estratégicas, dentro e fora dos centros urbanos”, e com uma total digitalização dos processos.

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Tivoli Mérida Residences marca estreia da Tivoli Hotels & Resorts no México

O futuro Tivoli Mérida Residences, com data de inauguração marcada para o início de 2027, representa a estreia desta marca hoteleira no México. Com 69 residências privadas, o complexo detido pelo promotor imobiliário Designia está classificado com cinco estrelas e será comercializado como hotel.

A Tivoli Hotels & Resorts, marca hoteleira da Minor Hotels, chega ao México pela primeira vez com o Tivoli Mérida Residences, situado na cidade de Mérida.

A inauguração do futuro Tivoli Mérida Residences está prevista para o início de 2027, num projeto que acrescentará 69 residências privadas na cidade mexicana. Este será o primeiro projeto Tivoli no México e o terceiro na América Latina, onde a marca já conta com dois hotéis no Brasil.

O novo complexo de cinco estrelas ficará localizado junto ao Paseo Montejo, a vinte minutos do Aeroporto Internacional de Mérida. A propriedade, que será comercializada como hotel, contará com 69 residências privadas, restaurante, piscina exterior com bar, uma loja de luxo, ginásio, spa, jardins e um pátio.

O projeto faz parte do conjunto Casona 333, uma residência datada de 1903 e classificada como monumento histórico. O edifício foi restaurado para albergar a receção principal, restaurante, boulangerie, bar, piano lounge e algumas áreas comuns, incluindo um jardim e um pátio para eventos privados.

Esta nova unidade será propriedade do promotor imobiliário Designia, que opera projetos nos setores residencial, comercial, industrial, turístico e de usos mistos.

Em nota de imprensa, a marca hoteleira refere que este projeto “reflete o compromisso contínuo da Minor Hotels em expandir-se neste segmento, adicionando o Tivoli Mérida Residences a outras branded residences recentemente anunciadas, como o Anantara Ubud Bali Resort e o NH Collection Ras Al Khaimah Al Marjan Island Hotel & Apartments”.

Atualmente, a Minor Hotels opera 18 propriedades no México e Cuba através de três marcas – Avani, NH Collection e NH – incluindo hotéis como o NH Collection Mérida Paseo Montejo, situado na mesma rua onde será o futuro Tivoli Mérida Residences, ou o Avani Cancún, a mais recente inauguração que também marcou a estreia de uma nova marca no país.

Em 2023, a marca Tivoli Hotels & Resorts celebrou o seu 90.º aniversário. Para o futuro, a marca planeia novos desenvolvimentos na Europa, concretamente em Portugal, Espanha e Itália, bem como no Médio Oriente e na América do Sul.

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