Fórum Turismo leva Bolsa de Empregabilidade à região Centro

Por a 11 de Abril de 2023 as 16:39

Depois de Lisboa, Porto e Algarve, a Associação Fórum Turismo irá organizar, pela primeira vez, a Bolsa da Empregabilidade na região Centro de Portugal, mais concretamente, na cidade de Coimbra, no Convento de São Francisco, no dia 9 de maio, contando para tal com o apoio da Turismo Centro de Portugal e da Câmara Municipal de Coimbra.

Na apresentação, realizada esta terça-feira (11 de abril), na sede da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), António Marto presidente da Associação Fórum Turismo e fundador da Bolsa de Empregabilidade, destacou a importância desta iniciativa no que se tornou já, segundo o mesmo, “no maior evento de contratação a nível nacional”, numa iniciativa que teve o seu início em 2017 e depois de, em 2022, ter aberto o processo de internacionalização para o Brasil.

Contando com a participação de 90 empresas em Lisboa, 60 no Porto e 50 no Algarve, António Marto referiu durante a apresentação que para a edição em Coimbra são esperadas cerca de “50 empresas”, num evento que procura ter a “capacidade de aproximar quem procura e quem oferece emprego”. De resto, um dos requisitos para participar na 1.ª Bolsa de Empregabilidade no Centro é, de facto, que as empresas que participem na iniciativa em Coimbra exerçam atividade na região Centro e possua oferta para e na respetiva região, destinando-se a bolsa, fundamentalmente, a estudantes, mas também a quem procura mudar de emprego, existindo ainda espaço para startups que promovam o seu próprio trabalho.

Para Carlos Moura, presidente da AHRESP, “há uns anos não se compreendia o valor do turismo”, admitindo que se trata “da primeira atividade afetada por tempos difíceis, mas também a primeira a reagir e a que reage mais depressa”.

Frisando que 2023 se avizinha como um ano “francamente bom para o turismo”, Carlos Moura salientou que “é preciso tornar as atividades do turismo mais atrativas”, destacando os contratos coletivos de trabalho já assinados pela associação.

“É preciso compreender que o mundo mudou e que não se trata somente de salários”, referiu Carlos Moura, adiantando que a AHRESP “pugna pela valorização de todos as profissões no setor”, admitindo que “não queremos apenas trabalhadores imigrantes” e que quem vem “tem de ter alguma formação na área”. Até porque, admite, “um turista mal servido ‘contamina’ muitos outros e, por isso, precisamos de pessoas capazes para enriquecer e melhorar o serviço”.

“O turismo é uma atividade presente, mas, fundamentalmente, com e para o futuro”, disse ainda Carlos Moura, salientando que, “além de boas pessoas e boas empresas precisamos, também, de uma boa legislação”.

Do lado do Turismo de Portugal, Ana Paula Pais, diretora Coordenadora no Turismo de Portugal, frisou que “os desafios atuais acentuam-se na procura de talento” e que “o que distingue o turismo são as pessoas encontrarem locais com autenticidade e para tal as pessoas são essenciais, não se conseguido cumprir esse desígnio sem essas mesmas pessoas”.

Considerando este tipo de eventos “elementares para captar pessoas, fundamentalmente, jovens e mostrar-lhes a atratividade do setor do turismo”, Ana Paula Pais frisou que “é uma riqueza poder-se trabalhar numa empresa onde se consegue partilhar experiências com outras nacionalidades e onde as pessoas podem exercer várias funções e possuem mobilidade, sem esquecer “a valorização do trabalho”.

“O que distingue, de facto, este tipo de iniciativas como a Bolsa de Empregabilidade é a possibilidade de haver um contacto pessoal, face-to-face, entre empregador e possível empregado”, o que segundo a mesma é “muito diferente de um contacto online”, salientando a importância de levar estes eventos para outras regiões do país e não concentrar tudo nas grandes cidades”.

Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro, destacou, por sua vez, o fator diferenciador do turismo: “a hospitalidade”. É, de facto, na hospitalidade que “Portugal ser torna competitivo”, admitindo que essa hospitalidade portuguesa é “impossível de atingir sem pessoas”.

“Portugal tem de manter o fator da hospitalidade num nível alto para se manter competitivo e diferenciador”, destacando que “a dimensão de acolher e servir bem é uma mais-valia da oferta do turismo em Portugal”.

Também destacado por Pedro Machado é “esta descentralização da bolsa”, bem como a “singularidade do seu território que, apesar de ser pequeno, é muito rico. Portugal percebeu que tem uma indústria que desenvolve essa atratividade territorial”, indústria essa que, segundo o presidente da Turismo do Centro, representa mais do que um PRR por ano para a economia nacional”.

Finalmente, Pedro Machado destacou não só a importância da Bolsa de Empregabilidade para quem oferece e procura emprego, mas também “para quem pretende iniciar o seu próprio emprego e negócio” que, admite, “é um dos caminhos”.

Espaço dedicado aos empreendedores é um dos destaques da Feira
A sessão de abertura da 1.ª Feira de Emprego no Centro terá a participação do Ministério de Economia, do Ministério da Coesão Territorial, da Secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, do Turismo de Portugal e da Turismo Centro de Portugal.

Inserido na Feira, haverá também um espaço dedicado aos empreendedores, designado por “Fórum Talks”. Aqui, estarão presentes startups e instituições de apoio ao desenvolvimento empreendedor identificadas pela Turismo Centro de Portugal, assim como institutos e organizações de promoção de oportunidades de empregabilidade com foco e especialidades no interior e no Centro de Portugal.

Neste “Fórum Talks”, alguns empreendedores convidados irão apresentar os seus percursos e serão dados a conhecer os apoios disponíveis para os empreendedores no interior e as medidas de fixação da população para estes territórios.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas desde já em http://bit.ly/3GzyFQg.

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