Reservas de hotéis em Portugal no inverno ultrapassam níveis de 2019 pela primeira vez em dois anos

Por a 28 de Fevereiro de 2022 as 17:07

O número de reservas em hotéis portugueses no inverno ultrapassou, pela primeira vez desde o início da pandemia, os valores de 2019. Os dados são provenientes da SiteMinder, uma plataforma aberta de comércio hoteleiro, que indicou os mesmos através de comunicado.

A 21 de fevereiro de 2022, o volume de reservas de hotéis portugueses atingiu 117,16% em comparação com o mesmo período de 2019. Os números resultam do crescimento das reservas de hotéis em Portugal nas últimas semanas, sendo que, a 1 de janeiro de 2022, os valores já se encontravam acima dos 61,99% registados em 2019.

Neste mesmo período do ano passado, as reservas de hotéis em Portugal atingiram apenas 15,53% dos valores de 2019.

Reservas hoteleiras são maioritariamente internacionais
Até fevereiro, a maioria das reservas hoteleiras foram internacionais, numa percentagem de 73,67% – um aumento de 60,63% em relação ao final do ano passado. Do total de reservas feitas em hotéis portugueses nas últimas duas semanas, tanto por hóspedes nacionais como internacionais,  os resultados apontam para 33,4% de reservas em março, 20,97% em abril, 12,33% em maio e 24,38% no verão.

“Os dados da SiteMinder refletem mudanças em relação às reservas de última hora, que se tornaram uma prática comum nos últimos dois anos. Os viajantes têm estado cada vez mais preparados para reservar com antecedência, refletindo uma sensação renovada de segurança”, afirma André Gois, gerente nacional da SiteMinder em Portugal.

“Os hóspedes que os hotéis recebem hoje não são os mesmos de há dois anos”
De acordo com a SiteMinder “os números mais recentes de Portugal também se comparam, favoravelmente, à média global de reservas hoteleiras, situando-se nos 82,16% do volume de reservas durante o mesmo período nos três anos anteriores”.

Ainda “em comparação a 2019, as reservas em hotéis no país registam também um desempenho mais forte comparativamente a países como Espanha (103,83%), Itália (67,74%), Malta (59,16%), Reino Unido (90,96%) e Alemanha (66%)”, conforme se pode ler em comunicado.

André Gois explica que “os hóspedes que os hotéis recebem hoje não são os mesmos de há dois anos. Estes passaram a ter padrões mais altos e estão adaptados ao mundo flexível do comércio digital”. Para responder a estas expetativas, o gerente defende que “a indústria só terá a beneficiar com o uso da tecnologia para implementar estratégias holísticas de comércio hoteleiro” que permitam “oferecer uma experiência consistente ao cliente”.

Acrescenta ainda que a utilização de novas tecnologias também permite que “os hotéis aumentem a receita, as reservas diretas, a monitorização de hóspedes, a defesa de marcas de terceiros e a fidelidade. Os hotéis que possam superar as expectativas destes hóspedes podem dominar o mercado neste período de ressurgimento das viagens”, termina.

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