Natal e ano novo: cancelamentos afetaram mais de 80% da restauração e alojamento

Por a 4 de Janeiro de 2022 as 9:40

Os cancelamentos de reservas pautaram a época festiva do Natal e da Passagem de Ano, tanto no alojamento turístico como na restauração. De acordo com um inquérito realizado pela  Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal  (AHRESP), a 557 associados, mais de 80% das empresas dizem-se afetadas pelos cancelamentos que surgiram no seguimento das medidas anunciadas pelo governo para travar o aumento do número de casos de COVID-19 durante a semana do Natal e ano novo.

“Questionadas sobre o cancelamento de reservas logo após o primeiro anúncio de medidas restritivas, apresentadas pelo Primeiro-Ministro no final do mês de novembro, que previam a obrigatoriedade de apresentação de certificado digital de vacinação para Restauração e Alojamento e testes para bares e discotecas, a larga maioria das empresas de restauração e similares (88%), e 83% das empresas de alojamento turístico começaram a receber cancelamentos”, refere a associação em comunicado esta terça-feira, 4.

No total desta época de Natal e Fim de Ano, 47% das empresas de restauração e 42% do alojamento registaram cancelamentos em mais de metade das reservas que tinham confirmadas. Já 20% das empresas registaram quebras de faturação superiores a 50% em dezembro de 2021, comparativamente ao mesmo mês de 2020.

Relativamente à ocupação no alojamento turístico, o inquérito releva que 66% das empresas indicaram ter uma taxa de ocupação igual ou inferior a 25% nos dias de Natal, sendo que para 38% das empresas a taxa de ocupação da época do Natal de 2021 foi inferior à de 2020.

“O elevado nível de cancelamentos numa época tradicionalmente conhecida como balão de oxigénio para as empresas, com consequências graves para a estabilidade dos negócios, que se veem sem clientes e sem trabalhadores, são motivos mais que suficientes para que haja novos apoios a fundo perdido para a tesouraria das empresas”, pede a AHRESP que apela a que “quaisquer novas medidas de saúde pública” sejam “ponderadas”.

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