“É preciso dar a conhecer Portugal ao mundo”

Por a 12 de Novembro de 2021 as 13:20

“Portugal ainda é um segredo bem guardado para os viajantes internacionais. É preciso dar a conhecer Portugal ao mundo”. Esta foi a conclusão do painel “New start, new thinking: a visão de quem vem de fora” no 32.º Congresso da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). Para Debbie Pappyn, jornalista e “Travel Writer”, Portugal “ainda tem muito para fazer e existem muitas oportunidades no país, desde o Sul ao Norte do país”.

Embora reconheça que “o silencio, tempo e espaço são os valores do futuro”, a jornalista afirmou que “há que colocar estes locais no mapa e tentar perceber que tipo de viajante Portugal pretende receber”, sempre tendo em mente “less is more” e Portugal ainda está em condições de fazê-lo”.

Nick Adam, Managing Director & Business Development para a Europa do Standard Hotels International, grupo que irá abrir uma unidade, em Lisboa, em 2024, corroborou a ideia de que “Lisboa é ainda um local desconhecido para a maioria dos turistas internacionais”, afirmando que “o Instagram tem colocado a cidade no mapa”.

Para este profissional que se mudou recentemente para o nosso país, “a hotelaria não acompanhou a promoção desenvolvida”, sendo certo que Lisboa é “estratégica e está pronta para receber as grandes cadeias de hotéis internacionais”.

Frisando que a imprensa internacional tem apelidado a capital de Portugal como a “nova São Francisco”, o nosso país, segundo Nick Adam, “tem muito para oferecer, desde a história, cultura, tradição, gastronomia, clima, pessoas”.

“Lisboa é cosmopolita”, afirmando que a unidade que irá abrir em Lisboa terá uma “abordagem diferente”, com o F&B a destinar-se para a população local, enquanto os quartos são para os visitantes.

Não querendo abrir o jogo quanto aos preços a praticar na unidade que abrirá em 2024, Nick Adam avançou com 250 por noite, num espaço que servirá para eventos, concertos, com o foco no design das zonas públicas a ser essencial, de modo a “criar universos distintos”.

Universo distinto foi, igualmente, o que explicou José António Uva, proprietário do São Lourenço do Barrocal, que, além da unidade do Alentejo com 780 hectares, falou sobre o projeto que está a desenvolver na Comporta. “O que estava pensado para o local era um projeto enorme que não fazia sentido”. Daí revelar o que vai nascer na zona das dunas da Comporta é um projeto 1/5 do tamanho inicialmente previsto. “Temos de ser seletivos nos projetos” destacando que “pegar num projeto que existia e construir só 20% é algo que tem de ser valorizado”.

Essa valorização passa, também, segundo José António Uva pela “importância da preservação do ambiente e do ecossistema”, admitindo que “uma oferta deste tipo tem um publico específico”.

Fundamental neste projeto que está a ser desenvolvido “é o respeito pela área circundante e não interferir na ligação entre as dunas e o mar”.

 

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