Setembro: dormidas de estrangeiros superam as dos residentes

Por a 29 de Outubro de 2021 as 12:24

Pela primeira vez desde o início da pandemia, as dormidas dos não residentes superaram, em setembro, as dormidas dos residentes, tendo duplicado face ao apurado em igual mês do ano passado, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou esta sexta-feira, 29 de outubro, as estatísticas rápidas da atividade turística no mês de setembro.

De acordo com os dados do INE, em setembro, o setor do alojamento turístico contabilizou 2,1milhões de hóspedes e 5,6 milhões de dormidas, valores que traduzem crescimentos de e 52,3% e 58,4%, respetivamente, o que supera o acréscimo registado em agosto e que era de +35,5% no número de hóspedes e +47,9% nas dormidas.

No entanto, o INE alerta também que, apesar da recuperação em setembro, os dados continuam a indicar uma perda relativamente a setembro de 2019, antes da chegada da pandemia da COVID-19, já que o número de hóspedes e de dormidas apresenta descidas de 28,9% e 26,6%, respetivamente.

O grande destaque pela positiva é mesmo o aumento das dormidas dos não residentes, que subiram 100,7% face a setembro de 2020, chegando aos três milhões de dormidas, ainda que este valor continue a representar uma forte descida em comparação com igual mês de 2019, que chega ainda aos 43,9%.

Já o mercado interno foi responsável por 2,6 milhões de dormidas em setembro, o que traduz uma subida de 26,8%, voltando a superar os níveis de igual período de 2019, numa subida que, em setembro, chegou aos 15,6%.

Relativamente ao acumulado do terceiro trimestre, o total de dormidas traduz um decréscimo de 30,7% face ao mesmo período de 2019, ainda que indique também diferentes comportamentos do mercado interno e dos não residentes, uma vez que se registou uma subida de 15,8% nas dormidas dos residentes, enquanto as dos não residentes caíram 52,6%.

No entanto, em comparação com o terceiro trimestre de 2020, os dados deixam antever um desempenho positivo de ambos os mercados, uma vez que, de acordo com o INE, houve “acréscimos de 57,1% (+31,5% nos residentes e +102,4% nos não residentes)”.

Até setembro deste ano, aponta o INE, as dormidas “já superaram o valor registado para a totalidade do ano de 2020”, uma vez que “as dormidas totais aumentaram 19,5%, resultante de crescimentos de 28,7% nos residentes e de 9,4% nos não residentes”.

As dormidas dos residentes aumentaram em todas as regiões, com o INE a destacar a Madeira, onde este indicador cresceu 109,9% no acumulado até setembro, assim como os Açores, onde a subida das dormidas dos residentes chegou aos 96,3%.

Já as dormidas dos não residentes apenas diminuíram na área metropolitana de Lisboa, onde foi registada uma queda de 6,1%, enquanto no extremo oposto se encontram os Açores, onde as dormidas dos não residentes aumentaram 127,1% até setembro.

Ainda assim, em comparação com os primeiros nove meses de 2019, as dormidas apresentam uma descida de 54,0%, principalmente devido aos não residentes, cujas dormidas caíram 71,2%, enquanto nos residentes se registam uma quebra de 14,4%.

O INE revela ainda que, em setembro, a maioria das unidades de alojamento turístico estava a funcionar e apenas 19,5% dos estabelecimento se encontravam encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, numa percentagem que subiu, no entanto, de agosto para setembro, já que no oitavo mês do ano 17,4% das unidades estavam encerradas.

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