AHP: “Para haver Turismo é necessário que tudo regresse a uma certa normalidade”

Por a 2 de Agosto de 2021 as 11:58
Raul Martins, presidente AHP

 A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) aplaude o plano de desconfinamento que entrou  em vigor este domingo, dia 1 de agosto bem como a extensão do Apoio à Retoma Progressiva (ARP).

“Foi com satisfação que assistimos à decisão de levantar gradualmente as restrições. Para haver Turismo é necessário que tudo regresse a uma “certa normalidade”. E tal significa abertura aos nossos mercados emissores, coerência e estabilidade nos procedimentos. Aguardamos ainda a concretização da extensão do ARP e outras que ainda estão a faltar e que são fundamentais para as nossas empresas”, diz o presidente da AHP, Raul Martins.

No entanto, os hoteleiros sublinham que aguardam resposta por parte do Governo sobre  a aceitação de certificados de vacinação não UE, “uma questão fundamental” na ótica da AHP.

A AHP vem sublinhando a relevância da aceitação de certificados digitais de vacinação provenientes, para já, dos EUA, Canadá, Israel e Espaço Schengen, dada a importância “que estes mercados têm para o nosso país e o estádio de vacinação em que se encontram (neste momento apenas a Suíça e o Reino Unido têm o certificado de vacinação reconhecido)”, refere a associação em comunicado.

“Sabemos que esta decisão não depende apenas do Governo português, visto que a nível europeu está consagrada a regra da reciprocidade no reconhecimento. Todavia, porque esta regra nos está a ser muitíssimo prejudicial e a atrasar a recuperação económica, cabe a Portugal pressionar pelo seu lado e, inclusive, tomar uma posição de abrir o caminho e decidir por si. Aliás isto é o que vários países europeus estão a fazer”, atesta o presidente.

Paralelamente a AHP também reforça que aguarda há mais de 15 dias por uma decisão do Governo quanto à estadia de tripulações de companhias aéreas nos hotéis. A AHP considera que há uma contradição legislativa, e é isso que tem de ser esclarecido.

“Esta sim é matéria exclusivamente da competência do Governo português. É absurdo que tenham de se testar os tripulantes que ficam em estabelecimentos hoteleiros, ao contrário do previsto em matéria de transporte aéreo, que dispensa as tripulações do cumprimento desta obrigação. Isto tem levado a grandes dificuldades e stress nos hotéis onde as mesmas se alojam”, conclui.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *