AHETA diz que obrigação da apresentação de certificado de vacinação ou teste é um exagero

Por a 12 de Julho de 2021 as 8:58

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) citicou a obrigação de apresentação de um teste negativo ou um certificado de vacinação  para aceder aos estabelecimentos turísticos, considerando que se trata de um “exagero” e pedindo ao Governo a “revogação imediata” da medida.

“Um exagero desnecessário, uma medida impraticável e de eficácia duvidosa. Ao contrário do que o Governo afirma, de que promove o desenvolvimento, vem restringir ainda mais a disponibilidade das pessoas para fazer férias e contribuir decisivamente para que muitos portugueses optem por passar férias no estrangeiro, em vez de optarem por fazê-lo no próprio país”, afirmou à Lusa Elidérico Viegas, presidente da AHETA.

De acordo com o responsável, os “profissionais dos hotéis não são profissionais de saúde, nem forças de segurança, nem autoridades sanitárias” e “não estão habilitados nem têm condições para dar cumprimento à medida que foi anunciada pelo Governo”.

“E, portanto, apelamos veementemente ao Governo para que rápida e urgentemente reverta esta decisão, porque ela é atentatória do interesse público, não apenas regional, mas também nacional”, pediu o dirigente da associação empresarial algarvia.

Para Elidérico Viegas, a medida, anunciada no final do Conselho de Ministros desta quinta-feira, dia 8, e que vigora diariamente, em todo o país, independentemente do grau de incidência da doença nos concelhos onde se localizam os estabelecimentos, “não faz sentido, é uma coisa sem qualquer nexo”, até porque “os hotéis não são locais onde haja focos de infeção” e “não há conhecimento de focos de infeção desde o início da pandemia em hotéis e empreendimentos”.

Os hotéis estão a ser bombardeados com telefonemas a toda a hora de todas as pessoas que tinham feito reservas, indignadas com esta decisão”, alertou, esclarecendo que, por enquanto, ainda não se assiste ao cancelamento de reservas, embora considere que a decisão “não vai motivar pessoas a fazer férias no país”.

Além da hotelaria, em Portugal continental, também a restauração está obrigada a exigir certificado COVID-19 ou teste para ingressar no interior, mas apenas nos concelhos de risco elevado e muito elevado, entre as 19h00 de sexta-feira e aos fins de semana e feriados, o que permite que os estabelecimentos de concelhos de risco muito elevado deixem de encerrar às 15h30, fechando portas às 22h30.

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