TRIUS Hotels soma e segue com entrada no Douro e dois novos hotéis em Lisboa

Se a pandemia colocou travão a muitos investimentos no país, também acabou por acelerar outros. O TRIUS Hotels é um dos últimos exemplos de quem prefere ver o copo meio cheio e aproveitar a atual conjuntura para apostar na expansão do portefólio. O ainda novato grupo hoteleiro inaugurou a sua primeira unidade, o The ICONS Hotel, em Lisboa, em julho de 2020 e, um ano depois, prepara-se para abrir portas a mais três hotéis: dois na capital e um no Douro.

O MW Douro by TRIUS Hotels será o primeiro investimento fora de Lisboa e abrirá portas em Santa Marta de Penaguião, no distrito de Vila Real. “O Douro é único. Queríamos apostar num produto único que proporcionasse aos nossos queridos clientes uma experiência única, numa zona única. Jantar numa vinha ao som de um piano, violino ou viola, poder apreciar um vinho de excelência, fechar os olhos deixar-nos levar pelo cheiro, pelo ar puro e inocente que nos leva ao relaxamento de pensamentos único. Aqui sim, estamos num paraíso de sensações que nos levam a apreciar a vida”, explica o CEO fo grupo Erik Ussene.

O cinco estrelas, cuja abertura acontece no próximo mês de julho, terá 44 unidades de alojamento, spa, piscina interior e exterior, ginásio, sala de conferências, bar e restaurante. O vinho é o mote comum a várias experiências; desde os tratamentos no spa, aos jantares na vinha, provas vínicas e workshops temáticos.
A aposta na região não fica por aqui e o grupo atesta que há mais projetos na calha. “Neste momento estamos em negociação com a possibilidade de um hotel no centro do Porto e outro hotel no Douro. Queremos apostar nestas duas unidades para fechar a nossa estratégia no Norte do país”, refere o responsável.

Portefólio continua a crescer em Lisboa. Sines e Alentejo na mira
As novidades não se ficam pela região Norte do país e, também em julho, a TRIUS Hotels inaugura mais dois hotéis em Lisboa, num investimento de 10 milhões de euros. O Vila Sena Hotel, localizado perto da Avenida Infante Dom Henrique, oferece 56 unidades de alojamento e destina-se ao segmento corporate. “Está também vocacionado para o cliente que quer ficar perto do aeroporto e para o cliente que vem assistir a conferências, concertos e outros eventos”, acrescenta o CEO. O hotel, que tem “um um design minimalista”, tem ainda um rooftop bar com vista para o rio, sala de reuniões, ginásio e parque de estacionamento com posto de carregamento para veículos elétricos.

A tríade lisboeta fica completa com o já anunciado São Vicente Alfama Hotel com 22 quartos e que arranca com a operação também em julho. A unidade oferece restaurante, wine bar e sala de pequenos-almoços no terraço.
A tecnologia é um dos ‘plus’ deste quatro estrelas irá dispor de um sistema de entretenimento via ‘bluetooth’, painel ‘touch’ no interior dos quartos que permite que o cliente informe se quer limpeza no quarto ou se não quer ser incomodado.

Outra das inovações é a aposta numa experiência vínica, realizada de uma forma original. Os hóspedes poderão fazer um pré-carregamento de um cartão digital que poderá ser utilizado em máquinas que dispõem de um vasta gama de vinhos a copo. “Esta tecnologia permite desde logo que o cliente tenha acesso a uma gama superior de vinhos a copo que, numa situação normal, poderia retrair-se de consumir pelo valor de uma garrafa”, enquadra Erik Ussene.

Os dois novos hotéis são “unidades completamente distintas e que irão criar muito valor dentro do grupo pelo seu posicionamento. Cada uma irá, mais que satisfazer as exigências do tipo de cliente a que se destina”, considera o porta-voz que garante que os investimentos na capital não ficarão por aqui. Em estudo está um novo hotel em Belém. “Pretendemos apostar numa zona que tem um potencial incrível. Encontra-se rodeado de vários monumentos, zonas verdes e com uma diversa gastronomia. O nosso conceito é sempre o da diferenciação. Criamos uma marca que é diferente, não é o tradicional hotel que os clientes estão habituados. Temos confiança no nosso projeto e isso leva-nos sempre a aumentar o nosso empreendedorismo”, assegura.

O TRIUS Hotels marcará também presença em Sines, em breve. O projeto está já em fase de licenciamento. O hotel assinado pelo arquiteto Vasco Vieira terá ‘rooftop’, piscina com vista para o Castelo se Sines e da praia Vasco da Gama. A zona de restauração terá uma forte componente vínica e haverá ainda uma biblioteca lounge.

Aumentar as unidades em Portugal é o objetivo
Apesar da atual conjuntura menos favorável para as várias franjas do turismo, o grupo hoteleiro não tem dúvidas de que a expansão do seu portefólio é uma das metas principais em cima da mesa. “Os nossos objetivos passam em apostar num crescimento sólido, sustentável e equilibrado. Temos uma estratégia muito bem definida e estamos a cumprir com o que foi estabelecido. As zonas geográficas estão identificadas. O nosso objetivo é claro: aumentar as unidades em Portugal com a marca TRIUS”, define o CEO.

Erik Ussene acredita que depois do último ano é tempo de arregaçar as mangas. Mas alerta que o governo tem também responsabilidade neste momento. “Agora é que é tempo para investir. Não temos qualquer dúvida que o mercado português vai retomar os índices de crescimento antes desta pandemia. Logicamente que o governo português vai ter um papel decisivo neste crescimento e no apoio que vai prestar às empresas. Temos que acelerar esta situação. Entendo que ninguém estava preparado, foi muito rápido e de uma forma abrupta, mas agora é tempo de seguir em frente, de apostar, de conversar, de definitivamente colocar em prática todas as medidas e não unicamente a teoria.”, refere.

A pandemia foi um obstáculo na operação do grupo e acabou por atrasar projetos. “Durante o último ano trabalhamos muito para não nos desviarmos do caminho que tínhamos vindo a traçar antes da pandemia. Houve, naturalmente, alguma contenção relativamente a novos investimentos, mas a nossa prioridade foi sempre seguir com os projetos que tínhamos já em desenvolvimento. Felizmente temos conseguido, com muito esforço de todos os nossos colaboradores e parceiros. Podemos dizer que a pandemia veio apenas atrasar o crescimento da TRIUS Hotels. Como todos os nossos colegas na área, teve um grande impacto nas nossas contas e projeções, mas conseguimos sobreviver. Acredito que o pior já passou e que a retoma vai ser acelerada”, adianta.

A TRIUS Hotels deu os primeiros passos em 2018, no Alojamento Local (AL), com a abertura de três unidades. O salto para a hotelaria foi concretizado em 2020 com a inauguração do The ICONS Hotel que tem tido uma prestação positiva, face à conjuntura. “O grupo tinha pouco tempo no mercado e ainda quando estávamos a dar os primeiros passos, deu-se a pandemia. Encontramo-nos numa situação em que tínhamos aberto recentemente três unidades, estávamos para inaugurar mais uma e estavam em desenvolvimento outras três.

Ainda assim decidimos avançar com a abertura do The Icons By TRIUS Hotels a meio do ano passado. Queríamos formar os nossos colaboradores, estabelecer novos procedimentos, e enquanto as unidades à nossa volta estivessem encerradas, ganhar quota de mercado e fidelizar já alguns clientes habituais, bem como estabelecer alguns protocolos.

Tem sido uma agradável surpresa, obviamente ainda muito longe do que esperamos quando a situação normalizar, mas uma agradável surpresa”, conclui.