30% das empresas portuguesas aceleraram a digitalização para responder à pandemia

Por a 22 de Fevereiro de 2021 as 15:49

A pandemia levou 30% das empresas em Portugal a acelerar os seus planos de digitalização e automação. A conclusão é do estudo “Skills Revolution Reboot: os três R’s – Renovar, Requalificar, Redistribuir”, do ManpowerGroup, que avalia o impacto da COVID-19 na transformação digital e nas competências, e que indica ainda que apenas 16% dos empregadores nacionais optaram por suspender os seus projetos de digitalização. A nível global, 38% dos empregadores optaram por acelerar a transformação digital e 17% por adiar.

Segundo o inquérito, conduzido a mais de 26 mil empregadores, em mais de 40 países, as empresas que estão a digitalizar mais estão também a contratar mais: a nível global, 86% dos empregadores, que estão a automatizar planeiam aumentar ou manter o seu número de colaboradores, um valor que desce para 11% no caso das empresas que tencionam reduzir ou suspender os seus planos de digitalização. Em Portugal, esta realidade é ainda mais acentuada, com 90% dos empregadores com planos de automatização a declarar pretender contratar mais colaboradores e apenas 3% a planear reduzir essas contratações.

“Há já alguns anos que, no ManpowerGroup, temos identificado uma correlação positiva entre a automatização e a criação de emprego, contrariando visões mais pessimistas. Hoje, a pandemia acelerou de forma significativa o impacto da digitalização na forma como vivemos e trabalhamos e estamos a observar de forma clara estes efeitos positivos ao nível da criação de emprego. Não obstante, e tal como assinalamos neste estudo, esta é uma realidade díspar. Paralelamente, estão também estão a aumentar as desigualdades no mundo do trabalho, como consequência de uma recuperação económica em K e do crescente desencontro entre o talento disponível e necessidades do mercado. Acentua-se o fosso entre os que dispõem de competências com elevada procura e aqueles que não as têm. Corrigir este desequilíbrio é um desafio prioritário, que teremos de abordar mediante um esforço conjunto de empresas, setor público e instituições de ensino. Nesse sentido, é com muito otimismo que observamos o valor de 41% de empresas portuguesas que apontam o esforço de qualificação e requalificação como a primeira prioridade para os Recursos Humanos. Este é de facto o caminho que teremos todos de percorrer, para ajudar os trabalhadores das áreas mais afetadas pela pandemia e dotar o país e as empresas do talento que necessitam para concretizar o seu desenvolvimento”, analisa Rui Teixeira, Chief Operations Officer da ManpowerGroup Portugal.

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