Investimento hoteleiro: Algarve terá retoma mais rápida do que o Porto e Lisboa

Por a 11 de Fevereiro de 2021 as 16:07

A pandemia da COVID-19 que assolou o turismo em geral e a hotelaria em particular não parece ter tirado o apetite aos investidores  nem beliscado os planos de expansão das cadeias hoteleiras.  Ainda assim haverá ritmos de recuperação distintos em destinos de cidade e de lazer. A conclusão é da  CBRE que apresentou, esta quinta-feira, as conclusões de um estudo desenvolvido pelo departamento de Research  que projeta as expectativas do mercado nas áreas de investimento, escritórios, retalho, logística, turismo e habitação.

Neste âmbito, a consultora perspetiva que o “Algarve, onde predomina o turismo de lazer, deverá observar uma retoma muito mais rápida do que as cidades de Lisboa e Porto, mais posicionadas para o segmento de negócios e eventos”.
O desempenho hoteleiro vai continuar a ser melhor em zonas com menor densidade populacional fruto do contexto pandémico, com as regiões Centro e do Alentejo a serem novamente as grandes beneficiadas, tal como sucedeu em 2020, adianta o estudo.

“É também expectável que as mudanças de hábitos e os requisitos de segurança impulsionem a diversificação de produtos. O turismo de natureza e o de bem-estar, os serviced apartments e boutique hotéis, e as second home em resorts turísticos afirmam-se como soluções com perspetivas de crescimento”, refere outra das conclusões.

A CBRE deixa ainda uma nota positiva para o futuro. “Mesmo perante um cenário pouco animador, Portugal mantém todos os requisitos para continuar a destacar-se como um dos destinos turísticos mais privilegiados. Quer as cadeias hoteleiras, quer os investidores mantêm os planos de expansão, embora com atrasos na concretização”, atesta.

Numa perspetiva geral, a consultora  antecipa um volume de investimento de três mil milhões de euros no setor imobiliário em 2021, alavancado pelo pipeline robusto do lado da oferta, pela evolução positiva na capacidade de investimento dos players nacionais e pela concretização de operações de Fusão & Aquisição previstas para este ano.

“Apesar do impacto da pandemia, o interesse pelo mercado imobiliário permanece elevado, em função de um contexto de taxas de juro baixas e de elevada liquidez financeira a nível global. Portugal continua a evidenciar fortes fundamentos imobiliários, nomeadamente um mercado ocupacional interessante e uma ainda reduzida disponibilidade de produto, estando bem posicionado para uma rápida retoma assim que os países começarem a sair desta crise sanitária”, explica Francisco Horta e Costa, Diretor-Geral da CBRE em Portugal.

 

 

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