AHP pede medidas urgentes “sob pena de descalabro do setor”

Por a 10 de Fevereiro de 2021 as 13:23
Raul Martins, presidente AHP

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) pede ao governo medidas urgentes de apoio às empresas hoteleiras “sob pena de descalabro do setor”.

A associação sublinha a importância da prorrogação dos prazos de carência e de maturidade dos apoios concedidos pelas linhas de apoio à economia COVID-19 e a extensão das moratórias bancárias e para o esgotamento do alargamento da nova linha de apoio às empresas exportadoras que “não chegou às empresas hoteleiras”.

Sobre os prazos de carência e reembolsos dos empréstimos destas linhas de apoio, Raul Martins, presidente da AHP, pede que estes sejam prorrogados com “a máxima urgência e comunicada essa decisão aos bancos para que os benefícios previstos sejam mantidos”.

“O Ministro da Economia já anunciou que a prorrogação dos prazos iria existir, mantendo-se as garantias do Estado e já sinalizámos a nossa máxima preocupação junto do Banco Português de Fomento, mas a verdade é que temos associados que têm empréstimos concedidos cuja prestação se vence agora em março de 2021 e cujos bancos não têm ainda resposta para lhes dar”, revela em comunicado.

O presidente da AHP lamenta ainda que não estejam criadas linhas específicas para  a hotelaria, criticando severamente as condições, critérios e acesso à Linha de  Apoio às empresas exportadoras da Indústria e do Turismo, recém alargada .

“Esta linha foi reforçada e expressamente referido que as small mid cap e as mid cap do Turismo teriam acesso como empresas exportadoras fortemente impactadas pela pandemia. E a verdade é que foi aberta a 18 de janeiro e logo nas primeiras 24 horas após o seu lançamento os principais bancos do sistema já tinham esgotado a sua quota e as empresas hoteleiras já não conseguiram financiamento. Tudo se esgotou no setor industrial”, denuncia.

O presidente da AHP considera ”inexplicável e muito grave que o principal setor exportador do país e aquele onde o impacto das restrições internacionais mais se faz sentir seja precisamente aquele onde estes empréstimos não chegam”.

” É imprescindível que seja criada para as empresas hoteleiras uma linha específica e exclusiva, com períodos de carência e maturidade muito alargados, parte substancial a fundo perdido e condições de acesso que atendam às características do setor hoteleiro. Sem isso as empresas hoteleiras de média dimensão não vão sobreviver a este longo inverno do Turismo e na reabertura não vão estar cá para puxar pela economia do País”, conclui.

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