Revive: Pandemia deixa Hotel Turismo da Guarda novamente sem rumo
Dar uma nova vida ao Hotel Turismo da Guarda, devoluto desde 2012, não está a ser tarefa fácil. O imóvel foi concessionado, no âmbito do programa Revive, em fevereiro de 2018, ao consórcio MRG Property e MRG Construction, que acabou por desistir do contrato alegando dificuldades financeiras.
A posição contratual foi cedida, meses mais tarde, à Greenfield SGPS que assumiu a concessão imóvel durante 50 anos, mediante o pagamento de uma contrapartida anual de 63 mil euros. O investimento total para a recuperação do edificado estava previsto em sete milhões de euros.
Esta cedência nunca chegou a concretizar-se e a Greenfield SGPS acabou por desistir do projeto devido ao atual contexto pautado pela pandemia da COVID-19. ” O grupo MRG não cumpriu o que estava assumido no contrato de concessão e o novo interessado invocou investimentos pendentes e a situação pandémica para não assumir projeto, pelo que o Turismo de Portugal solicitou ao município que fosse fiel depositário das chaves do edifício”, revelou à imprensa local o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro.
Os jornais regionais adiantam ainda que está já a ser preparado um novo concurso a ser lançado pelo Turismo de Portugal para a reabilitação do empreendimento no âmbito do programa Revive e que deverá realizar-se em março.
Já no final da semana passada, o presidente da Comissão Política Concelhia da Guarda do PSD, Sérgio Costa, sugeriu que o Governo devolva o Hotel de Turismo à Câmara Municipal e que seja lançado um concurso público para a recuperação do edifício.
Recorde-se que o projeto previa a instalação e exploração de um hotel de 4 ou 5 estrelas que deveria começar a operar em 2022.