Tudo em Outsourcing! A resposta à Covid na hotelaria
A crise que vivemos na hotelaria é única, por 3 motivos: Porque nos surgiu de forma totalmente inesperada, porque nos atingiu com grande rapidez, e porque tem uma intensidade que ultrapassa a das crises mais agudas de que há memória.
Uma crise inesperada, rápida e grave, como esta, não poderia deixar de nos causar espanto, incerteza e indecisão. E com dificuldade em reagir – como se impõe – de forma eficiente e proporcional.
Mas…como podemos reagir de forma proporcional, a uma crise com proporções tão avassaladoras?
O problema é que, a uma quebra brutal de receitas, qualquer gestor deveria responder com um corte proporcional de despesas…E, sendo certo que os custos variáveis diminuirão, já o mesmo não sucede com os custos fixos.
Mas…se os custos fixos são…fixos…não haverá forma de os reduzir ainda assim?
Quanto aos custos financeiros, rendas e similares, podemos recorrer às moratórias. Embora não tenham o dom de reduzir esses custos, permitem ganhar tempo até a nossa tesouraria recuperar.
Mas – como todos sabem – a maior fatia da despesa fixa está nos custos com recursos humanos.
Neste contexto, várias barreiras se nos colocam: A componente humana e de responsabilidade social que nos impele a manter o maior número possível de colaboradores, tanto mais que eles poderão ser importantes quando a recuperação ocorrer; a legislação laboral pouco flexível, que limita a rescisão unilateral de contratos de trabalho, e o custo com essas rescisões, que irá sobrecarregar ainda mais a tesouraria já debilitada das empresas.
É neste contexto que as empresas que recorreram extensivamente à terceirização (ou “outsourcing”, no inevitável inglês) estão em muito melhor posição para resistir ao impacto desta crise.
O outsourcing permite que as empresas reduzam custos e se foquem no seu core business. Mas muito mais: Permite transformar custos fixos em variáveis. Pois se o volume de negócios diminuir, por qualquer motivo, deixamos de estar presos a custos laborais inflexíveis ficando apenas com contratos de prestação de serviços, mais fáceis de adaptar à nova situação.
Permite também obter serviços mais especializados, por empresas que se dedicam a 100% à função que contratarmos. Mais know-how representa mais produtividade e maior ganho.
Com menos recursos humanos próprios, a unidade hoteleira tem menos custos laborais, mas também menores estruturas físicas, administrativas e de gestão. Torna-se assim mais leve, flexível, e adaptável às contingências da sua atividade.
Na hotelaria, o outsourcing já é prática corrente em diversas áreas. Exemplos de sucesso não faltam: Contabilidade, restauração, limpeza, lavandaria, manutenção, revenue management…
E puxando aqui “a brasa à minha sardinha” também o departamento de compras é “terceirizável” através de uma central de compras que tenha dimensão, know-how e historial de eficiência, honestidade e confiança.
O que esta crise veio mostrar é que, embora ainda não haja vacina para o Covid, já foi descoberta a vacina para as crises: e a vacina chama-se: Outsourcing!