Casais aposta em nova geração de edifícios com conceito adaptável

Por a 8 de Outubro de 2020 as 10:11

O grupo Casais assume-se como especialista em construção que tenta valorizar ativos ao máximo. Foi com este propósito que o grupo apostou em novos conceitos de construção que, como explica António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais, façam com que os ativos possam ter valor no presente e no futuro.

Os cinco projetos de futuras unidades da B&B Hotels que o grupo está a desenvolver em Portugal têm esse objetivo: apresentar um interior flexível que possa dar origem a várias utilidades. “Apesar de hoje estar penalizada pela quebra do fluxo turístico, a hotelaria é um tipo de utilização associada ao alojamento que tanto pode ser de curto como médio prazo”, começa por explicar António Carlos Rodrigues, que considera, porém, que se está a verificar uma fusão do tipo de oferta de alojamento e começam a existir produtos que já se confundem.

Dando como exemplo o B&B Hotel Lisbon Oeiras, com conclusão prevista para o verão de 2021, o CEO do Grupo Casais explica que a respetiva construção terá como foco que este ativo perdure 50 anos. “Garantir que um ativo perdure 50 anos implicava que tivéssemos de ter alguma capacidade de adivinhação que não temos, como não temos, temos de saber construir edifícios que sejam adaptáveis”.

Neste âmbito, estas unidades B&B Hotels em desenvolvimento, à exceção do junto ao aeroporto de Lisboa que
abriu este verão, fazem parte de uma geração de edifícios adaptáveis. Ou seja, esclarece, “daqui a 15 anos ou menos, se entendermos que é necessário adaptar o interior, conseguimos preservar toda a infra-estrutura, o edifício, o chão, a parte exterior, e fazer algumas alterações interiores sem grande demolição, porque tudo foi pensado para ser desmontado e montado aproveitando muito dos materiais e soluções”.

Apartamentos para alugueres a longo prazo, escritórios, residências de estudantes ou outro
tipo de utilização vai ser possível nestes edifícios que, para já serão unidades hoteleiras. Esta nova geração de edifícios com conceitos construtivos desenvolvidos com investimento próprio do grupo pretendem servir de exemplo para serem adotados por terceiros, como explica António Carlos Rodrigues: “[Estes] estão a servir de demonstração para outros clientes de outras áreas que não a hotelaria”.

Quanto ao balanço inicial, o responsável descreve que está a ser “bem sucedido”. “Temos vindo a conseguir produzir alguns destes conceitos em edifícios com outra finalidade e acreditamos que este ativo quanto alcançar
uma maturidade vai ter um valor superior a uma construção tradicional”. A intenção final do Grupo Casais será vender os atuais ativos a fundos, por exemplo, por isso, “um investidor que esteja muito ligado à sustentabilidade e tenha interesse em ter um ativo que seja de facto adaptável, porque está a fazer um investimento de longo prazo e prefere ter um ativo que tenha essa capacidade”.

E todo este conceito tem ainda o seu propósito sustentável: “Um ativo com essa capacidade tem mais valor do que um ativo construído de forma tradicional, que não olhou para a economia circular, para a descarbonização.
Há toda uma série de valores intrínsecos que não estavam na agenda de quem construía, de quem promovia, e que estamos a trazer para estes edifícios”.

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