Agosto: restauração com quebras de 40% na faturação

Por a 4 de Setembro de 2020 as 10:07

O período de confinamento empurrou as empresas de restauração e bebidas para um buraco negro e nem o verão foi suficiente para amenizar os estragos. A maioria dos empresários, cerca de 70%, revelou que as quebras na faturação em agosto atingiram os 40% e 9% admitem que não conseguiram pagar salários.  Em setembro o cenário não é melhor, com 18% das empresas a prever perdas na ordem os 75%  em comparação com o mês homólogo.

As conclusões são da AHRESP (Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal), que realizou um inquérito  às empresas do alojamento turístico e outro direcionado às empresas da restauração e bebidas. Ainda em setembro, e face às estimativas de faturação, 34% das empresas não irá conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros).

Até ao final do ano, uma fatia de 24% destes empresários afirma que vai despedir, sendo que  58% das empresas recorreu aos novos mecanismos de apoio à manutenção dos postos de trabalho –  destes, 42% optaram pelo Apoio à Retoma Progressiva e 58% pelo Incentivo Extraordinário à Normalização da Atividade.

No que diz respeito aos apoios financeiros recebidos,6 1% das empresas recorreram a financiamento ao longo da pandemia e apenas    7% das empresas já recorreram ao reforço da linha de microcrédito do Turismo de Portugal. 22% referiu já ter recorrido à linha de crédito de 1000 milhões de euros aplicada às micro e pequenas empresas.

Alojamento turístico: empresas admitem avançar para insolvência em setembro

No setor do alojamento turístico, o mês de agosto também não foi de sol para muitos hoteleiros. 12% dos inquiridos diz que não faturaram neste mês e 19% não conseguiu pagar salário. Para setembro,  cerca de 24% das empresas estima uma taxa de ocupação máxima até 10% e 17% das empresas perspetivam ocupação zero. Com um cenário negro pela frente,  16% das empresas declaram mesmo a intenção de avançar para a insolvência e a mesma percentagem revela que vai despedir até dezembro.

No que concerne aos apoios, 29% das empresas recorreu aos novos mecanismos de apoio à manutenção dos postos de trabalho e destes, 61% optaram pelo Apoio à Retoma Progressiva e 39% pelo Incentivo Extraordinário à Normalização da Atividade.

32% das empresas recorreram a financiamento ao longo da pandemia, 12% das empresas já recorreram ao reforço da linha de microcrédito do Turismo de Portugal e  apenas 9% referiu ter recorrido à linha de crédito de 1000 milhões de euros aplicada às micro e pequenas empresa.

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