“A marca Monte Mar é ainda uma marca em crescimento”

Por a 17 de Agosto de 2020 as 10:47
Monte Mar Troia

A restauração tem sido uma forte aposta do grupo hoteleiro Onyria Golf Resorts que conta já com quatro espaços sob a marca Monte Mar em Cascais, Lisboa e Troia. Depois de vários meses encerrados, as portas já começaram a reabrir com novas regras. A lotação caiu e o futuro vislumbra-se de desafios, principalmente nos restaurantes com uma maior frequência de turistas estrangeiros. Luís Pinto Coelho atesta, contudo, que o crescimento do portefólio é um um dos objetivos da marca “em espaços grandes, com localizações únicas”.

Apesar de ainda ser cedo para balanços, como tem corrido a abertura dos espaços de restauração do grupo? Qual tem sido a adesão?
A adesão ao Monte Mar Cascais, Lisboa e Troia tem sido muito boa. Estamos, acima de tudo, muito satisfeitos com o feedback que temos recebido dos clientes portugueses, muito confortáveis com os novos processos de segurança, e contentes por voltar a poder beneficiar do sol e ar fresco do nosso país, através das nossas esplanadas. Felizmente temos tido muitos clientes a repetirem a experiência neste ainda curto espaço de tempo pós-encerramento.

Que espaços já reabriram?
Reabrimos, no final de maio, o Monte Mar Cascais e Lisboa, em Tróia o nosso espaço reabriu a 9 de junho. Falta reabrir o Time Out Market – que acontecerá no dia 1 de julho.

Quais foram as maiores mudanças implementadas nesta reabertura?
As maiores alterações são, naturalmente, nos processos de limpeza, higiene e segurança, impostos pelas autoridades de saúde: redução da capacidade dos restaurantes, desinfeção de todos os talheres e pratos diante do cliente ,e, ainda, menus em QR Code e enviados por whatsapp. Sempre que possível, trabalhamos só com a esplanada, privilegiamos as reservas antecipadas e existem marcas no chão a assegurar a distância social, entre outras.

Que protocolos estão definidos e a ser adotados?
Além das medidas já acima referidas, o staff está treinado para ter o mínimo contato físico possível durante o serviço. A equipa de sala e de bar usa viseiras e antes de abordar a mesa, os funcionários desinfetam as mãos em frente ao cliente. Todo o staff da cozinha usa máscara, luvas e touca, e limitamos o número de colaboradores ao mínimo exigido, organizando as equipas de forma a reduzir ao máximo o contato. Disponibilizamos, ainda, toalhitas aos clientes para que possa desinfetar os seus telemóveis e cartões de crédito.

Quais são os maiores constrangimentos nesta altura?
Naturalmente, um dos maiores constrangimentos é a redução de capacidade e o custo (em tempo e dinheiro) dos novos procedimentos de higiene e segurança. Por outro lado, ainda se nota alguma falta de clientes. Continuamos aquém da nossa capacidade, fruto de ainda haver portugueses que não estão a frequentar espaços de restauração, mas especialmente pela ausência de turistas.

O F&B tem estado, ao longo dos últimos anos, a ganhar peso dentro do setor hoteleiro. Quais os maiores desafios desta área daqui para a frente?
O maior desafio será sempre a capacidade de nos adaptarmos de forma rápida a novas regras, mas também a grandes variações no número de refeições a servir. Fruto da ausência de turismo, passamos de estar cheios para estar com muitos lugares disponíveis, no espaço de um dia.

Quais as estratégias que o setor hoteleiro deve implementar na área de F&B, de forma a torná-la mais atrativa e a diferenciar-se, numa altura em que o consumidor está mais reticente?
Penso que as estratégias têm, essencialmente, de dividir-se em dois fatores principais. Em primeiro lugar, garantir a máxima segurança. Não só visualmente (o cliente tem de ver que estamos a cumprir), mas também nos bastidores. Garantir que os casos de contaminação na restauração são mínimos. E, depois, melhorar o serviço ao cliente. Garantir que a experiência em qualquer das esplanadas do Monte Mar (Cascais, Lisboa ou Troia) é marcante e única.

Quais são os projetos do grupo para a marca Monte Mar?
Estamos sempre atentos a novas oportunidades e novos espaços. Procuramos espaços grandes, com localizações únicas, como as quatro que temos hoje. O plano surge com as oportunidades, fruto de estarmos vinculados a um ponto crítico da marca, que é a localização.

Quais as perspetivas para este ano, neste segmento de restauração do grupo?
É um ano muito difícil e, por isso, é difícil colocar expectativas. Neste momento, temos perspetivas a três meses, pois acreditamos que perspetivar para lá deste horizonte temporal torna-se um exercício sem muito fundamento. O nosso principal objetivo nestes três meses é garantir que a marca Monte Mar sai fortalecida deste período, oferecendo um produto fresco, um serviço de excelência mas informal, e nas localizações únicas onde estamos.

Qual o balanço da marca e do seu crescimento?
A marca Monte Mar é ainda uma marca em crescimento. Com um cliente fiel, tanto o cliente que nos conhece há muitos anos em Cascais, como o cliente mais recente em Lisboa. No entanto, consideramos que o número de clientes fiéis nos diferentes restaurante onde estamos ainda tem muito espaço para crescer. O destaque vai, sem dúvida, para a abertura do Time Out Market há cinco anos, tendo sido a primeira expansão.

Quais são os restaurantes que se esperam com melhor desempenho? E quais serão os mais afetados?
Não temos restaurantes comparáveis. Tanto pelo cliente, como pela maturidade que apresentam. Mas, naturalmente, que os restaurantes onde a percentagem de estrangeiros costuma ser maior vão ser os mais afetados.

Há novidades na oferta dos restaurantes?
Estamos a lançar nesta altura uma nova gama de take away, onde o cliente é convidado a terminar o produto em casa, seja na grelha, na frigideira ou no forno. Queremos assim dar um salto qualitativo nos produtos que estamos a servir nas plataformas de take away, aproximando, o mais possível, ao resultado ao que temos nos restaurantes. Ameijoas à bulhão pato ou polvo à lagareiro são dois exemplos desta nova gama, que já está disponível e onde o cliente é convidado a dar o toque final em casa. Os resultados são surpreendentes: o cliente já conhece o sabor destes pratos mas, agora, pode saboreá-los no conforto da sua casa.

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