Small Portuguese Hotels quer ajudar hotéis independentes na retoma

Por a 26 de Junho de 2020 as 12:11

A Small Portuguese Hotels (SPH) é o mais recente projeto lançado pela Great Hotels of The World e pela empresa detentora ‘soft brand’ hoteleira, a GuestCentric.

A SPH foi criada com o propósito de ajudar os pequenos hotéis independentes portugueses, com uma média de 40 quartos por unidade, nesta fase de reabertura e de retoma turística,  mas também o turismo local, como explicou Pedro Colaço, CEO da GHOTW e da Guestcentric esta quinta-feira, em conferência de imprensa. “O desejo do projeto foi o de apoiar a hotelaria nacional e acima de tudo o turismo local. Por outro lado, apoiar a hotelaria nacional é mais do que apoiar só os hotéis, é apoiar todo o tecido económico à volta dos hotéis, nomeadamente a restauração, as atividades, o comercio local virado para o turismo”, esclareceu.

Outro vetor que norteou a criação deste projeto foi o facto de também os portugueses terem sido “afectados por esta crise”. Desta forma, foi desenvolvido “um modelo em que se possa baixar o custo dos portugueses em Portugal. Criámos  um conceito nesta campanha de dar 5% em ‘cashback’ em todas as reservas aos consumidores que reservarem através da Small Portuguese Hotels“. A par do ‘cashback’ de 5% do valor da sua reserva, que pode ser utilizado após o check-out em compras online ou, no âmbito de uma parceria estabelecida com a GlobalGiving, doarem a uma instituição à sua escolha, estão também previstas parcerias e vantagens com marcas portuguesas para “criar benefícios para os hóspedes”, complementou Pedro Colaço. “A maioria dos hóspedes viaja de automóvel e estamos a trabalhar com os nossos membros em programas de estacionamento gratuito, ou em lavagens de carros incluído. Estamos a falar com alguns parceiros para vermos benefícios em termos de combustível, portagens. Estamos também a trabalhar com os nossos membros na criação de algum valor acrescentado e dar alguma diferenciação na estadia, como um presente de boas-vindas, upgrade”, enumera o responsável.
Face ao impacto que a Covid-19 teve em inúmeras famílias portuguesas, a SPH compromete-se ainda a doar 1% do valor das reservas obtidas à Rede de Emergência Alimentar, iniciativa criada pelo Banco Alimentar Contra a Fome.

A Small Portuguese Hotels conta com um website, um perfil de Instagram e membros, os quais já chegaram perto dos 100 hotéis em quatro semanas. “A ideia é dinamizar a venda direta ao consumidor”, refere o responsável, esclarecendo que a marca vai contar com um guia de hotéis online, mas também “um site de reservas que estamos a lançar hoje e um selo de qualidade e segurança”. Estes três mecanismos têm como objetivo chegar diretamente ao consumidor e “dinamizar a venda de hotéis portugueses junto aos consumidores portugueses”.
Pedro Colaço complementa que não se trata apenas “de um site transaccional, é também uma marca que permite aos hotéis independentes ter um alcance maior, seja no curto prazo em Portugal, seja a médio prazo em Espanha e noutros mercados internacionais”. “Vamos fazer marketing, relações públicas, animar as redes sociais, vamos fazer atividades proactivas de vendas dos nossos membros junto aos compradores”, revela, indicando que se trata de uma ferramenta b2c, mas também b2b “com um trabalho a nível do marketing, dos parceiros e das vendas”.
Esta ferramenta tem o seu lançamento neste mês de junho, mas no próximo mês de julho e agosto pretende integrar mais-valias, como o lançamento de pacotes de férias definidos à medida de cada hotel membro e com reserva direta no website da SPH.  Segundo Rita Machado, VP Sales & Marketing, o propósito é que a unidade desenvolva pacotes com as empresas locais, ou seja, “empacotar o destino de forma a que o pacote de férias impacte tantas empresas quanto possível”.

Nos meses de setembro e outubro, a promoção da SPHvai estar focada “nas férias adiadas” e nos “short breaks de outono”.
A coleção da SPH pretende para cobrir todo o território nacional, continente, Açores e Madeira, apresentando-se como “uma coleção de produtos de qualidade, mas em vários segmentos, há produtos mais económicos e temos produtos de luxo”, indica Pedro Colaço.
Para concluir, o CEO da GuestCentric indica que existem três motivos para reservar na SPH, “um é que oferecemos confiança total em termos de saúde e segurança, seja pelos selos Clean & Safe seja pela nossa checklist” com 13 critérios extra de segurança. O segundo tem a ver com “a possibilidade de ter uma reserva flexível, ou o cancelamento ou o rebooking flexível”. Uma das premissas da marca, segundo o responsável,  é criar reservas em segurança neste momento pós-COVID: “Se voltar tudo a fechar, esperemos que não, os consumidores têm de ter alguma segurança”, defende.
“Muito importante também, é o contacto directo com o hotel” aponta, justificando que é o hotel que é conhecedor do destino e sabe  que atualmente o hóspede pode usufruir no destino. “Ter um contacto directo com o hotel seja antes seja depois é essencial para criar confiança entre os consumidores”, defende.
Sofia Brandão, diretora de operações do Alma Lusa Baixa Chiado, que integra a SPH, realça que este projeto é “muito importante” para os hotéis independentes que “não têm a mesma capacidade de retoma que as grandes cadeias hoteleiras”.

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