Hotelaria

“Este ano se fecharmos com um EBITDA de zero temos um ano fantástico”

Depois de dois meses com hotéis fechados e faturação zero, o Pestana Hotel Group prepara-se para abrir as primeiras 10 unidades de alojamento.

Carina Monteiro
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“Este ano se fecharmos com um EBITDA de zero temos um ano fantástico”

Depois de dois meses com hotéis fechados e faturação zero, o Pestana Hotel Group prepara-se para abrir as primeiras 10 unidades de alojamento.

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José Theotónio confessa que a reabertura dos hotéis está a ser um processo mais fácil do que o encerramento, e, só não abrem mais, porque é preciso aguardar a resposta do mercado nacional. Insiste que não há turismo internacional sem aviação e que é preciso olhar com atenção para as companhias aéreas, como já estão a fazer outros destinos. O Grupo Pestana, que fechou 2019 com uma receita de 420 milhões de euros e um EBITDA de cerca de 160 milhões de euros, luta, este ano, para atingir um ‘breakeven’. Dadas as circunstâncias, isso significaria “um ano positivo”.

No próximo dia 5 de junho vão abrir 10 hotéis em Portugal, de um universo de 74 hotéis. Quais os motivos na origem da escolha destes hotéis para abrir?
Uma vez que não há voos, o que podemos testar é o mercado nacional ou, quanto muito, o mercado de fronteira para algumas unidades que têm essa procura. Portanto, as unidades selecionadas são as que têm uma preponderância grande do mercado nacional. Nas Pousadas vamos abrir em Viana do Castelo, Alcácer do Sal, Sagres e na Ria de Aveiro. Estas são geridas por nós. A estas juntaram-se duas Pousadas em ‘franchise’, em Valença e em Bragança, que também quiseram abrir. Nos hotéis, a lógica foi abrir três aparthotéis que vão funcionar em ‘self-catering’, ou seja, com serviços mínimos ao nível do F&B (Pestana Cascais, Pestana Viking e as villas do Pestana D.João II). Para testar um hotel com o serviço tradicional, vamos abrir o hotel mais pequeno que temos no Algarve, o Pestana Alvor South Beach, com 70 quartos. Neste hotel vai fazer-se o serviço tradicional de hotelaria (pequeno-almoço, almoço, jantar e todos os serviços inerentes à hotelaria).

De que fatores dependem a abertura dos restantes hotéis?
Para nós é muito fácil reabrir outras unidades, precisamos de cerca de uma semana a 10 dias. Se houver procura e se houver mercado estamos desejosos de abrir. Não vamos é abrir unidades para ficarem desertas.
Os nossos planos preveem a abertura de outros hotéis no início de julho. Um em Lisboa, em princípio o Pestana Palace, mais um no Algarve (o Pestana Alvor Praia), outro na Madeira, provavelmente o Pestana Carlton Madeira, ter um no Porto, o Pestana Palácio do Freixo, e abrir uma segunda vaga de Pousadas, que incluem Serra da Estrela, mais uma no Alentejo, Estói. Mas este plano vamos confirmá-lo em junho.

No estrangeiro qual a previsão de abertura das vossas unidades?
Há países que estão mais ou menos na fase de Portugal e há outros mais atrasados. Nos países que estão mais avançados, como a Alemanha e Países Baixos, vamos reabrir, em julho, os hotéis em Amesterdão e Berlim. Quer Londres, quer as unidades em Espanha, estão mais atrasadas. Nesses destinos existem mais restrições e com essas restrições é praticamente impossível.
Miami, provavelmente, também deverá abrir em julho. Os outros hotéis na Europa só abrirão depois de agosto e alguns em setembro. No Brasil, também nessa altura.

É possível que algumas unidades em Portugal não voltem a abrir este ano?
De certeza. Temos mercados que são muito sazonais. Por exemplo, Porto Santo e o Algarve, que funcionam geralmente entre abril e outubro. Abril e maio já estão perdidos, junho vamos ver, mas com muita pouca atividade. A partir de setembro e outubro reduz o fluxo turístico. Há muitas unidades que não vão chegar a abrir este ano em destinos como o Algarve, Porto Santo e mesmo no Porto, onde temos quatro unidades, e estamos com duas outras para abrir que só não abriram por causa desta crise. No Porto temos seis unidades. De certeza que até ao final do ano não vamos ter as seis unidades a funcionar. Se abrirmos três, será bom.

E na ilha da Madeira?
A Madeira tem uma grande vantagem. Tem uma época forte também no inverno, a partir de setembro e outubro. Se houver um ganho de confiança na aviação entre meses de julho e setembro, é possível que, enquanto algumas unidades do Algarve estejam a fechar por causa da sazonalidade, estejamos a abrir unidades na Madeira. Tem esta vantagem: funciona o ano inteiro de forma mais ou menos gradual e tem meses muito fortes no próprio inverno. É uma região onde é possível abrir unidades durante o outono/inverno, o que não acontece no Algarve ou em Porto Santo.

Já estão a receber reservas do mercado nacional?
Sim. Estamos a dar prioridade primeiro às pessoas que já tinham reservas connosco e que foram anulando. Outras que não anularam, mas que podem fazê-lo até pouco tempo antes da reserva e que têm reservas em hotéis que não vão abrir. A essas pessoas estamos a dar alternativas para os hotéis que vamos abrir. Até agora a taxa de aceitação tem sido positiva.
Temos também novas reservas, principalmente através do programa que criámos de agradecimento aos profissionais de saúde, que tem tido uma boa receção. Já temos quase uma centena de reservas de pessoal médico, grande parte delas para o mês de junho e para as Pousadas. O mercado começa a mexer. Porque é que não mexe mais? Porque ainda há alguma indefinição quanto à utilização das praias e das piscinas. Isso é fundamental para o Algarve. Sem isso, é muito difícil que as pessoas tenham confiança para começar a marcar.

Se as fronteiras entre Espanha e Portugal abrirem no dia 15 de junho, tem expectativa de que o mercado espanhol venha para Portugal no verão?
Sim. Temos várias unidades, quer no Algarve, quer na Costa de Lisboa, em que o mercado espanhol que viaja de carro é tradicionalmente forte. Por exemplo, na zona de Cascais o mercado espanhol no verão é o principal mercado internacional.

Tão difícil como fechar os hotéis é reabri-los. O que é mais difícil neste processo?
O mais difícil foi encerrá-los. É um trabalho grande das equipas operacionais, por uma má razão. São pessoas que estavam habituadas a trabalhar uma vida inteira ali, no caso das Pousadas, por exemplo, que de repente têm de fechar a sua segunda casa. Reabrir também dá muito trabalho, mas é por uma boa razão. Estamos novamente a voltar ao mercado e, por isso, é bem mais fácil. Não estivemos parados, estivemos a definir os ‘standards’, os circuitos, em cada uma das unidades para a reabertura. Os ‘standards’ gerais estão definidos e agora é levá-los a cada unidade em concreto. Formar os colaboradores que estão a voltar sobre os novos procedimentos, os equipamentos de proteção individual, mudar as práticas de limpeza de quartos, regras para a ventilação das unidades, etc.

Medidas de apoio

Das medidas apresentadas pelo Governo para minimizar os efeitos da Covid-19, a quais é que o Grupo Pestana recorreu?
Ao ‘lay-off’ simplificado a partir de 15 de abril. E, em algumas empresas, o grupo recorreu também às linhas de financiamento. Com os bancos acertámos as moratórias decretadas pelo Estado.

Quantos colaboradores passaram para o regime de ‘lay -off’ simplificado?
Cerca de 2300 colaboradores de um universo de 2500. 72% dos operacionais ficaram em ‘lay-off’ com suspensão de contrato e houve um conjunto de pessoas (22%) que ficaram em regime de horário reduzido. Por exemplo, era preciso continuar a trabalhar o site, as redes sociais. Na área financeira havia ainda algumas coisas para processar. Por isso, algumas pessoas ficaram em regime parcial. Só não foram para ‘lay-off’ as pessoas da segurança e algumas pessoas que ficaram em cada hotel a fazer turnos. Temos sempre pessoas 24 horas por dia, sete dias por semana nos hotéis. Num hotel que antes tinha 100 pessoas a trabalhar agora tem cinco.

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Como vão fazer a gestão dos recursos humanos agora com a retoma da atividade dos hotéis?
As pessoas que estão nas unidades que reabrem vão sair do ‘lay-off’, as que estão noutras áreas mantêm-se.

O ‘lay-off’ deveria ser prolongado além de junho?
A nossa leitura é que esta medida é muitíssimo boa para as empresas e foi o que permitiu manter os contratos de trabalho. Não sei se será este modelo de ‘lay-off’ ou outro, mas acredito que haja outras medidas de apoio. Por exemplo, teremos 50% das nossas unidades a trabalhar em setembro, na melhor das hipóteses, o quer dizer que há outros 50% que não estão a trabalhar ainda. Portanto, para manter estes 50% ligados à organização é preciso que haja aqui algum tipo de apoio. Se for este tipo de ‘lay-off’, perfeito. Se não for este, outras medidas que mitiguem os custos.

Por que período?
Não sei. Tem de haver uma gestão por períodos. Não acredito que o turismo volte àquilo que era antes de 18 a 24 meses. Agora, obviamente que vínhamos de três anos muito bons. Também não precisamos de ter os níveis que tínhamos em 2018 e 2019 para poder assegurar todos os postos de trabalho. Mas precisamos de ter o mínimo de retoma da atividade. Diria voltarmos aos números de 2014, que foi o primeiro ano em que se começou a ver alguma luz ao fundo do túnel, mas ainda assim foi cerca de 60% do que se atingiu em 2018.

Mas agora têm mais oferta?
Sim, mas se fizermos as contas por quarto, já é uma operação que se consegue rentabilizar e manter.

Previsões

Quais são as previsões de resultados para este ano?
O Grupo Pestana fechou 2019 com uma receita de 420 milhões de euros, e o EBITDA de cerca de 180 milhões. Este ano, se fecharmos com um EBITDA de zero, teremos um ano fantástico. Não acredito. Lutamos para isso e queremos atingir um ‘breakeven’ através do EBITDA. Se conseguíssemos isso teríamos um ano que tinha corrido de forma positiva, dadas as circunstâncias. Estes dois meses tiveram faturação zero. Nem uma fatura se emitiu. Mais, com muitos dos clientes de janeiro e fevereiro sem pagar, e atrasando os pagamentos, alguns deles porque faliram. Esta é a realidade das empresas do setor do turismo. Se conseguirmos chegar ao final do ano não perdendo em EBITDA, porque em resultados vamos perder, mas pelo menos com o ‘cash flow’ a zero era algo muito aceitável.

Se tiverem de baixar preços esse cenário agrava-se.
Os preços dependem de muita coisa. Há muitos preços, há o preço dos pacotes turísticos e o preço dos clientes diretos. É provável que nesta conjuntura, o canal direto suba muito mais em função daquilo que são os canais indiretos, nomeadamente, os pacotes turísticos. Estes dependem completamente da aviação, que vai estar mais reduzida. O que pode acontecer com isto é que não haja uma degradação dos preços médios, mas uma alteração em termos de canais. Agora, não tenhamos dúvidas, vamos ter uma oferta muito superior à procura. Portanto, vai haver sempre uma grande pressão em termos de preços. Se perguntar a qualquer empresário se quer baixar preço, todos vão dizer que não. Mas as leis de mercado nas reaberturas voltam a funcionar.

Ao nível dos canais de distribuição, como é que prevê o papel dos operadores turísticos? Qual vai ser a vossa aposta?
No mercado português estamos a trabalhar o mercado direto, até pelas campanhas que estamos a fazer – campanhas diretas, dirigidas aos clientes fidelizados e a quem tinha reservas connosco. O segundo mercado a reagir serão as OTA’s. Depois, com os operadores que habitualmente trabalhavam connosco, também estamos a fazer programas conjuntos de retoma. Mas é preciso não esquecer os operadores turísticos e as companhias de aviação foram tão afetadas como os hotéis. Portanto, também não estão com uma grande disponibilidade para fazer grandes veleidades. Estão a pedir aos seus parceiros, que são os hoteleiros, para fazer um esforço conjunto. Vamos ver.

Mas para destinos como o Algarve e a Madeira a operação turística tem um peso grande.
Sim. Principalmente na Madeira, a operação turística tem um peso superior a 50%. O operador turístico aí precisa de ter confiança no destino e está a pedir-nos apoios para fazer campanhas de relançamento nos seus destinos de origem.

Voltando ao mercado nacional, tem confiança que o mercado nacional vai ter dinheiro para fazer férias?
Vai reduzir-se também. O mercado nacional, mesmo no verão, que é a altura mais forte, já só representava 30% do total de mercado. E, ainda por cima, este ano vai estar reduzido, porque muitas famílias viram o seu rendimento ser afetado, mas há outros que não tiveram. Os funcionários públicos não tiveram. Há um conjunto de entidades que não viram o seu rendimento reduzido.

A forma como Portugal lidou com a crise sanitária pode ajudar na retoma de mercados internacionais?
Sim, claramente. Portugal passou uma imagem muitíssimo boa. Globalmente, Portugal pode beneficiar disso. Mas quem sofreu tanto como os hotéis foram as companhias de aviação, que, dada a sua dimensão, ainda sofreram mais. Por isso, as companhias vão retomar os voos para os destinos que as apoiarem.

O Governo terá de fazer um esforço para apoiar e estimular as companhias aéreas a voar para Portugal? Ainda para mais num cenário que se prevê competitivo entre destinos?
Exato. É o que tenho dito. As companhias de aviação sofreram bastante, vão retomar a atividade também de forma gradual. Vão voar primeiro para os destinos que ofereçam condições de segurança. E as condições de segurança são a dois níveis: zonas pouco afetadas pela pandemia e zonas que garantam conforto ao cliente. Aliás, a TUI tem falado muito nisso, só vai vender pacotes turísticos aos seus clientes, se estes puderem ter uma experiência boa. Não vão vender férias para locais onde há restrições, seja porque têm de fazer quarentenas, seja porque têm de andar a fazer testes de dois em dois dias, ou porque não podem ir à praia. O que tem de se oferecer ao turista é que, no caso dele ter um problema, vai ser bem tratado. Há muitos destinos que estão a trabalhar muito bem nisso. Maiorca está a passar uma imagem de grande proteção ao turista e, por isso, é um destino para o qual as companhias e os operadores turísticos estão a olhar para começar a viajar.

Temos que fazer mais do que criar o selo ‘Clean & Safe?’
Sim, o ‘Clean & Safé’ é muito importante, principalmente para o mercado nacional, e também para o internacional. Mas temos de fazer mais. Temos de trabalhar com os operadores turísticos, com as companhias ‘low-cost’, porque são elas que transportam hoje muito daquilo que é o turismo internacional e arranjar-lhes condições para que, pelo menos, não percam dinheiro. Porque se estão a perder dinheiro, então preferem ficar em terra.

Que destinos portugueses prevê que possam recuperar primeiro?
O Algarve tem uma boa oportunidade no verão [porque teve um bom desempenho no controle da pandemia] e tem, para já, um tipo de cliente que quer voltar ao destino, que é o turista com segunda habitação. Nesse sentido a segunda habitação é positiva porque vai garantir uma percentagem da ocupação do avião. Portanto, dá alguma segurança às companhias áreas para abrir voos. Atrás disso podem vir os turistas para as unidades hoteleiras. Se quiser ser otimista, penso que há aqui uma oportunidade para o Algarve não perder a temporada toda. Depois, se a Madeira levantar algumas das restrições que tem, a partir de setembro e outubro, tem a oportunidade de ser um dos destinos a recuperar primeiro.

O grupo previa abrir 10 unidades em 2020. Em que situação se encontram as unidades em planeamento?
Quando a pandemia surgiu, estávamos com oito hotéis para abrir, sendo quatro obras nossas e quatro de parceiros, em que só faríamos a gestão do hotel. Terminámo-los todos. Praticamente podiam abrir. Falo do Pestana Vintage Lisboa, na Rua Braamcamp, em Lisboa, está praticamente terminado. No Porto, a Pousada na Rua das Flores e o Pestana Douro. O Pestana CR7 em Nova Iorque e o Pestana CR7 Madrid. O de Marraquexe e de Tânger são de investidores marroquinos. Depois, a Pousada de Vila Real de Santo António, que também é obra nossa. Estes oito vão terminar e vamos ver se os abrimos ou não, em função do mercado, mas a nossa expectativa é conseguir abrir até ao final do ano, não será em junho, julho ou agosto. Todos os outros projetos que tínhamos em carteira estão adiados. Portanto, tirando o de Paris, que é um hotel que está em aprovações e só vamos começar a construir em finais de 2021, todos os outros estão mais ou menos suspensos.

Analisando o panorama da hotelaria nacional e do tecido empresarial, é possível que nem todos os hotéis tenham capacidade para sobreviver a esta crise?
Sim, porque é um período muito difícil. Por isso, é provável que empresas que tenham vindo para o mercado há menos tempo, que não tenham passado por estes três últimos anos ótimos, ou empresas que tenham níveis de endividamento muito elevado, é natural que essas empresas, dado um período como este sem receita, não consigam aguentar, é mais que natural.

*Entrevista publicada na edição de maio da revista Publituris Hotelaria

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Anantara Vilamoura passa a ser gerido pela Accor sob a marca Fairmont

Sob a gestão da Accor, e após ser adquirido por fundos geridos pelo Arrow Global Group à Minor, o hotel será transformado na primeira unidade hoteleira da Fairmont em Portugal.

O antigo Anantara Vilamoura, adquirido há alguns meses por fundos geridos pela Arrow Global Group à Minor, passa a ser gerido pelo grupo Accor, passando a denominar-se como Victoria Golf Resort & Spa.
Agora, o hotel de 260 quartos será alvo de um “plano completo de melhoria” em conjunto com a Accor, como referido em nota de imprensa. Desta forma, o hotel passará a ser o primeiro a assumir a marca Fairmont em Portugal.

“Estamos muito entusiasmados com esta parceria com a Fairmont Hotels & Resorts e a Accor, que eleva significativamente o posicionamento do ecossistema integrado de hospitalidade, desporto e lazer que estamos a desenvolver em Vilamoura. Esta colaboração é reflexo do compromisso do Arrow Global em valorizar a oferta turística em Portugal através de uma gestão estratégica e de ativos de elevada qualidade”, refere John Calvão, Fund Principal da Arrow Global Group.

O hotel será gerido pela Accor, em regime de white label, durante a implementação de um plano de melhoria profunda das infraestruturas. Após a sua conclusão, o Victoria Golf Resort & Spa será totalmente requalificado e rebatizado como Fairmont, integrando oficialmente o portefólio da Fairmont Hotels & Resorts.

O hotel dispõe de quatro restaurantes, quatro bares, quatro piscinas, um spa com seis salas de tratamento, ginásio, clube infantil e acesso direto ao campo de golfe adjacente. Os quartos e suites estão distribuídos por duas alas, todos com varanda privativa, sendo que as áreas de conferência têm capacidade para até 700 pessoas.

Atualmente, a Accor opera mais de 35 hotéis em Portugal, com marcas como Sofitel, Novotel, Mercure, ibis Styles e ibis, bem como a Mama Shelter, do grupo Ennismore.

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Páscoa ditou subida de 10,9% na ocupação do alojamento turístico do Algarve em abril

Em abril, as unidades de alojamento turístico do Algarve alcançaram uma taxa de ocupação de 68,8%, valor que traduz um aumento de 10,9% face aos resultados de igual período de 2024, bem como de 5,5% comparativamente a abril de 2019, segundo dados da AHETA.

A Páscoa ditou uma subida da ocupação das unidades de alojamento turístico do Algarve em abril, que alcançaram uma taxa de ocupação de 68,8%, o que traduz um aumento de 6,8 pontos percentuais ou 10,9% face aos resultados de igual período de 2024, de acordo com a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

Os dados da AHETA, divulgados esta terça-feira, 6 de maio, mostram que, comparativamente com o mesmo mês de 2019, ano em que a Páscoa se comemorou a 21 de abril, a ocupação quarto registou uma subida de 3,6pp (+5,5%).

Já os mercados que registaram maiores crescimentos homólogos foram o britânico (+3,3pp), o alemão (+1,5pp), e o nacional (+1,1pp), enquanto o mercado irlandês registou uma descida homóloga de 0,9pp e o sueco de 0,6pp.

Ainda assim, as estadas médias mais prolongadas pertenceram aos mercados norueguês, com 7,7 noites; alemão, com 5,7 noites; e polaco, com uma média de 5,5 noites passadas na região.

Já a estadia média foi de 4,1 noites, número que ficou 0,1 abaixo do verificado no mês homólogo do ano anterior.

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LovelyStay gera mais de 135M€ para proprietários em dez anos de operação

A empresa de gestão de alojamento local e empreendimentos turísticos, que integra o Ando Living Group, encontra-se em operação desde 2015.

A LovelyStay, empresa portuguesa especializada na gestão de alojamento local e empreendimentos turísticos, parte integrante do Ando Living Group, afirma ter gerado em dez anos de operação mais de 135 milhões de euros em receitas brutas para proprietários e investidores.

No ano em que celebra dez anos de atividade, a empresa dá conta de ter recebido 725 mil hóspedes, tendo realizado 270 mil check-ins desde a sua fundação, em 2015.

Com operações consolidadas em Lisboa, Porto, Algarve e Madeira, a empresa atua internacionalmente em Londres e Istambul, prevendo entrar em Espanha nos próximos meses.

O reforço nos segmentos premium, com especial destaque para a gestão integral de edifícios turísticos e villas de luxo em zonas urbanas, tem sido uma das apostas da empresa. Nesse sentido, a LovelyStay destaca a sua entrada na Quinta do Lago.

“Estes dez anos mostraram que é possível crescer com sustentabilidade, mantendo uma proposta clara de valor para os proprietários e foco total na rentabilidade. A LovelyStay representa uma nova geração de operadores turísticos — mais digitais, mais estratégicos, mais orientados para o retorno”, afirma William Tonnard, CEO da LovelyStay.

A LovelyStay opera com um modelo 360º que inclui licenciamento, revenue management, tecnologia própria e acompanhamento operacional especializado, contando com mais de 270 colaboradores.

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Restauração em Portugal fatura mais de 5,5M€ em 2024

O valor, avançado pela Informa D&B, representa um aumento de 5,2% na faturação face a 2023, ano que já tinha registado um aumento de 7,3% em relação a 2022. Os restaurantes com serviço de mesa assumem a maior fatia do volume de negócios no ano passado.

O setor da restauração em Portugal atingiu uma faturação de 5.595 milhões de euros em 2024, de acordo com os mais recentes dados da Informa D&B.

O valor corresponde a um crescimento de 5,2% face a 2023, ano que já tinha registado um aumento de 7,3% em relação a 2022. De acordo com a análise setorial da Informa D&B, entre os fatores que impulsionaram esta evolução estão o crescimento da procura, em particular do turismo estrangeiro, bem como a subida dos preços.

Os restaurantes com serviço de mesa assumem a maior fatia do volume de negócios de 2024, apurando com 3.750 milhões de euros. Por outro lado, o segmento de fast food “continua a ganhar quota de mercado”, de acordo com a empresa de dados, representado 29% do total de faturação em 2024, com 1.640 milhões de euros.

As vendas dos autosserviços tradicionais ascenderam a 205 milhões de euros, um acréscimo de 5% face ao ano anterior.

Restauração dominada por operadores independentes

A oferta de restaurantes no país é constituída “maioritariamente por operadores independentes e de pequena dimensão”, segundo a Informa D&B, com a propriedade do capital a coincidir “habitualmente” com a gestão da empresa.

Contudo, nos últimos anos, a empresa refere que “há uma tendência para a concentração do negócio, em consequência do desenvolvimento das principais cadeias, tanto de fast food como de outro tipo de restauração”.

Em 2023 havia em Portugal 34.538 empresas gestoras de estabelecimentos de restauração, o que representa um aumento de 3,3% face ao ano anterior.

As cinco principais empresas, por volume de negócios, detinham em 2024 uma quota de mercado conjunta de cerca de 15%, enquanto as dez principais possuíam 20% desta quota.

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AHRESP e ASAE dinamizam sessão de esclarecimento no Porto

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) vai dinamizar um roadshow com sessões de esclarecimento em parceria com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), com o intuito de preparar os profissionais do canal Horeca para futuras inspeções. Nesta terceira sessão no Porto, serão ainda apresentadas as principais linhas de apoio financeiro para o canal HORECA e o projeto Acelerar o Norte.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), em colaboração com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e o apoio da Câmara Municipal do Porto, vai realizar uma ação de informação e sensibilização no Porto, dirigida aos profissionais do canal Horeca (hotelaria, restauração e cafetaria).

Esta sessão, gratuita mas com inscrição obrigatória, é a terceira de um roadshow nacional, que já passou por Portimão e Mafra. Restam ainda dez sessões planeadas até ao final de 2025 nas regiões de Castelo Branco, Aveiro, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Coimbra, Braga, Viseu e Évora.

A ação, que conta com a presença da ASAE, pretende “esclarecer as regras essenciais de operação para estabelecimentos dos setores abrangidos, ajudando os empresários a estarem mais bem preparados para futuras inspeções e garantindo uma gestão mais informada e ajustada aos padrões a cumprir”, como a associação refere em nota de imprensa.

Em paralelo, serão também apresentadas pela AHRESP as principais linhas de apoio financeiro para o canal HORECA e o projeto Acelerar o Norte: Apoio à digitalização das PME.

A sessão de esclarecimento irá realizar-se a 9 de maio às 15h30, na Escola de Hotelaria do Porto.

As inscrições podem ser efetuadas online, através do link.

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AHM e ADHP estabelecem parceria para formar profissionais hoteleiros

Através do acordo assinado entre as duas entidades, os profissionais da AHM podem usufruir do curso de Especialização em Direção Hoteleira realizado pela ADHP. Por outro lado, o projeto envolve ainda a captação de talento para o setor, através de uma bolsa de emprego que levará a ADHP a divulgar as oportunidades recorrentes das unidades hoteleiras da AHM.

A AHM – Ace Hospitality Management e a ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal firmaram uma parceria no sentido captar novos profissionais para o setor hoteleiro e formar os trabalhadores que já se encontram nos 12 hotéis geridos pela AHM em todo país.

O objetivo passa por “promover a contínua profissionalização e valorização do setor hoteleiro”, como as duas entidades referem em nota de imprensa.

Entre as medidas da nova parceria está a disponibilização a profissionais da AHM do curso de Especialização em Direção Hoteleira realizado pela ADHP. Através de módulos ministrados por profissionais do setor, prevê-se que os gestores da AHM aprofundem os seus conhecimentos em áreas como plano de negócios, sustentabilidade, marketing digital e e-commerce, recursos humanos e legislação laboral e hoteleira.

O projeto envolve ainda a captação de talento para o setor, através de uma bolsa de emprego que levará a ADHP a divulgar as oportunidades recorrentes das unidades hoteleiras da AHM.

De acordo com a empresa de getsão hoteleira, “a parceria surge num momento-chave para a AHM, empresa do Grupo Mercan Properties, que se prepara para iniciar a gestão de mais três hotéis, em 2025, totalizando 15 unidades de norte a sul do país”.

“A AHM tem registado um grande crescimento e, por isso, temos uma necessidade constante de reforçar as nossas equipas, quer em número quer em especialização. Esta parceria com a ADHP é fundamental para capacitar ainda mais os nossos profissionais hoteleiros, através de um trabalho em rede, coeso, coerente e credível”, sublinha Mariano Faz, CEO da AHM.

Criada em 1973 com o objetivo de representar os interesses dos diretores de hotel, a ADHP irá ainda desenvolver conteúdos publicitários e promover eventos temáticos que fomentem a discussão de ideias entre profissionais do setor.

“Esta parceria é um passo fundamental na valorização e qualificação dos profissionais da AHM – e um exemplo para a indústria de como a aposta no desenvolvimento profissional desempenha um papel crucial na identificação, potenciação e retenção do talento. Este é um dos grandes desafios com que a hotelaria se confronta hoje. Acreditamos que ações colaborativas como esta não só elevam a qualificação dos profissionais, como também fortalecem a capacidade das unidades hoteleiras de continuar a oferecer o serviço de excelência pela qual são reconhecidas”, acrescenta Fernando Garrido, presidente da ADHP.

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Liverpool também introduz taxa turística e passa a cobrar mais de 2€ a partir de junho

A partir de junho, a cidade britânica de Liverpool vai passar a cobrar uma taxa de duas libras (2,40 euros) sobre o alojamento em estabelecimentos turísticos da cidade.

A cidade de Liverpool, no Reino Unido, também vai passar a cobrar uma taxa turística a partir de junho, cobrando duas libras, ou seja, 2,4 euros por noite, aos turistas que pernoitem num dos hotéis da cidade.

A medida foi aprovada depois dos 83 hotéis da cidade terem votado favoravelmente a introdução desta taxa, que se espera que venha a contribuir para dinamizar a cidade e atrair eventos de grande dimensão para Liverpool.

“Esta taxa de duas libras por noite vai contribuir para dinamizar a economia e o turismo de Liverpool, ajudando a cidade a atrair eventos maiores e com mais pessoas”, afirma Bill Addy, diretor executivo da Liverpool BID Company, empresa privada que representa vários dos hotéis da cidade e que foi uma das principais impulsionadoras da criação da taxa turística, segundo o Hosteltur.

A medida vai entrar em vigor em junho, prevendo-se que possa gerar uma verba de 9,2 milhões de libras, cerca de 10,78 milhões de euros, em dois anos, dos quais 6,7 milhões de libras (7,85 milhões de euros) vão ser destinados a “apoiar a economia turística da cidade através de um fundo de subvenções”.

“Sempre dissemos que a indústria devia opinar sobre se quer ou não que se aplique esta taxa”, acrescenta Bill Addy, que considera que a “experiência de outras cidades europeias sugere que este modelo traduzirá as pernoitas num investimento importante”.

Liverpool vai, desta forma, seguir o exemplo de várias outras cidades europeias e britânicas, uma vez que também Manchester cobra uma taxa turística de uma libra por noite (1,17 euros) desde abril de 2023, enquanto a capital escocesa de Edimburgo vai passar a cobrar 5% do preço do alojamento como taxa turística, a partir de julho de 2026.

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Chefs Arnaldo Azevedo e Julien Montbabut dedicam jantar a ostras e champanhe no Bistrô by Vila Foz

A iniciativa “Oysters and Champagne Night” decorre a 9 de maio, num jantar confecionado pelos chefs Arnaldo Azevedo e Julien Montababut

O Bistrô by Vila Foz, no Mercado de Matosinhos, vai dedicar um jantar às ostras e champanhe na iniciativa “Oysters and Champagne Night”, que decorre a 9 de maio.

O jantar elaborado a quatro mãos pelos chefs Arnaldo Azevedo, do restaurante Vila Foz, e Julien Montababut, do Le Monument, será composto por seis momentos.

O jantar terá início com uma degustação de ostras, servidas em diferentes texturas e acompanhamentos, à qual se segue uma entrada com gema de ovo a baixa temperatura, servida com alho aromático e espargos crocantes.

No momento seguinte, a gamba do Algarve surge em destaque, envolvida num arroz cremoso de caldo de ovas e aromatizado com coentros frescos. Segue-se um prato composto com peixe do mercado, escolhido no próprio dia, acompanhado por espinafres salteados, beurre blanc e ovas de truta.

Num quinto prato, o protagonista é o polvo, servido com puré de batata-doce e um molho inspirado na caldeirada tradicional, reinventado com um toque contemporâneo. Já para sobremesa, os chefs propõem Abade de Priscos, acompanhado por ananás dos Açores.

A “Oysters and Champagne Night” tem início às 19h30 e é apoiada pela Aquanostra e a Veuve Clicquot, responsáveis pelas ostras e champanhe servidos neste jantar. A refeição tem o valor de 80 euros por pessoa, com bebidas incluídas. As reservas devem ser feitas através dos contactos 222 449 750 ou bistro@vilafozhotel.pt.

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Dormidas decrescem em março com queda de mercados externos, apesar de evolução positiva dos residentes

No passado mês de março, o setor do alojamento turístico em Portugal contou com 2,3 milhões de hóspedes, 5,6 milhões de dormidas e proveitos totais de 406,9 milhões de euros. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se nos 48,7 euros (-2,1%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 96,5 euros (-0,1%).

O setor do alojamento turístico em Portugal registou 2,3 milhões de hóspedes (-0,1%) e 5,6 milhões de dormidas (-3%) em março de 2025. Desta forma, foram gerados 406,9 milhões de euros de proveitos totais e 302,1 milhões de euros de proveitos de aposento (+0,3% e -0,4, respetivamente).

Os números são avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que a diminuição de dormidas é motivada pela diminuição dos mercados externos, que recuaram 5,2% (-3,1% em fevereiro), totalizando 3,9 milhões de dormidas.

Por outro lado, as dormidas dos residentes registaram um crescimento de 2,4% (-1,2% em fevereiro) para 1,7 milhões de dormidas.

O INE faz notar que estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado ao Carnaval, que este ano ocorreu em março, a par do período de férias escolares relativas à Páscoa, que tiveram lugar em abril. No ano anterior, este período concentrou-se em fevereiro, no caso do Carnaval, e em março, no caso da Páscoa.

Em março deste ano, os dez principais mercados emissores representaram 73,8% do total de dormidas de não residentes. O mercado britânico manteve a liderança, com 16,5% do total das dormidas de não residentes em março. Contudo, decresceu 4,6% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em março (13,5% do total), diminuíram 7,5%. Seguiu-se o mercado norte-americano, na terceira posição, com uma quota de 9,5%, que representou um crescimento de 0,5%.

No grupo dos dez principais mercados emissores em março, o mercado polaco registou o maior crescimento (+35,9%), seguido pelo canadiano (+11,4%). Nos decréscimos, destacou-se a variação do mercado espanhol (-37%).

Madeira e Setúbal registam a maior subida no número de dormidas

Durante o mês de março, a evolução de dormidas foi distinta, consoante as regiões. Se os maiores aumentos foram registados na Região Autónoma dos Açores (+6%) e na Península de Setúbal (+3,6%), o Algarve registou o maior decréscimo (-8,7%), seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (-5,2%).

As dormidas de residentes registaram aumentos mais expressivos na Região Autónoma da Madeira (+18,9%), destacando-se ainda o crescimento da Península de Setúbal (+12,8%).

Em sentido contrário, o Algarve apresentou o decréscimo mais expressivo nas dormidas de residentes (-16%), tendo-se observado diminuições também no Oeste e Vale do Tejo e no Alentejo (-1% em ambas).

As dormidas de não residentes registaram decréscimos em todas as regiões, exceto na Região Autónoma dos Açores (+1,9%). As maiores diminuições observaram-se no Centro (-15,6%) e no Alentejo (-9,5%).

Proveitos totais de 406,9 M€ em março 

Em março, os proveitos totais foram de 406,9 milhões de euros (+0,3%), enquanto os relativos a aposento recuaram 0,4%, cifrando-se nos 302,1 milhões de euros.

Recorde-se que em fevereiro os proveitos totais registaram um aumento de +3,7% e os relativos a aposento +3,3%.

 

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,6% dos proveitos totais e 36,7% dos proveitos de aposento), seguida pela região Norte (16,6% e 16,9%, respetivamente) e pelo Algarve (16,5% e 15,3%, pela mesma ordem).

Os aumentos de proveitos mais expressivos foram verificados nas Regiões Autónomas da Madeira (+16,5% nos proveitos totais e +18,1% nos de aposento) e dos Açores (+12,3% e +11,0%, pela mesma ordem).

Já as regiões que apresentaram decréscimos foram o Algarve (-9,9% e -11,0%, respetivamente), o Alentejo (-3,8% e -6,4%, pela mesma ordem) e a Grande Lisboa (-3,8% e -4,6%, respetivamente).

Madeira regista estadas médias mais prolongadas

Relativamente à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico, que em março foi de 2,41 noites, o indicador continuou a diminuir, tendo descido 3%, após um decréscimo de 2,9% em fevereiro.

Os valores mais elevados de estada média continuaram a observar-se na Região Autónoma da Madeira (4,57 noites) e no Algarve (3,68 noites), sendo que as estadias mais curtas decorreram no Centro (1,60 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,70 noites).

Em março, as estadas médias decresceram -1,8% nos residentes (1,76 noites) e -2,3% nos não residentes (2,86 noites).

A Região Autónoma Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,02 noites), quer dos residentes (3,04 noites).

Queda no RevPAR e no ADR

Na totalidade dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu os 48,7 euros em março, registando uma diminuição de 2,1% (+4,5% em fevereiro).

O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 96,5 euros (-0,1%, após +4,4% em fevereiro).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (85,5 euros), seguindo-se a Região Autónoma da Madeira (83 euros), que registou também o maior crescimento (+16,1%). Os maiores decréscimos registaram-se no Algarve (-9,7%) e no Alentejo (-8,5%).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (124,1 euros), seguida pela Região Autónoma da Madeira (108,5 euros), que apresentou o maior crescimento neste indicador (+14,2%).

Em março, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 2,3 milhões de hóspedes (-0,1%) e 5,6 milhões de dormidas (-3,0%), tendo a estada média (2,41 noites) diminuído 3%.

As dormidas de residentes aumentaram 2,4%, enquanto as de não residentes registaram um decréscimo de 5,2%.

Já os parques de campismo registaram 80,7 mil campistas e 306,6 mil dormidas em março, correspondendo a variações de -16,2% nos hóspedes e de -9,2% nas dormidas (-10,2% nos residentes e -8,6% nos não residentes), tendo a estada média (3,80 noites) aumentado 8,3%.

As colónias de férias e pousadas da juventude receberam 20,9 mil hóspedes (-16%), que proporcionaram 43,4 mil dormidas (-16,7%), tendo a estada média (2,07 noites) diminuído 0,9%. As dormidas de residentes decresceram 7,1% e as de não residentes diminuíram 32,8%.

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Créditos: Richard Powers
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Marriott adquire marca hoteleira citizenM

A Marriott International adquiriu a marca hoteleira citizenM e a respetiva propriedade intelectual por 355 milhões de dólares. Os 36 hotéis atuais da marca e as três unidades hoteleiras em construção continuarão a ser detidos e arrendados pelo vendedor, estando sujeitos a novos contratos de franchising a longo prazo com a Marriott.

A Marriott International estabeleceu um acordo para a aquisição da marca hoteleira de lifestyle citizenM.

Com um portefólio de 36 hotéis abertos, num total de 8.544 quartos, a marca citizenM está presente em mais de 20 cidades, incluindo Nova Iorque, Londres, Paris e Roma. O pipeline atual da marca conta com três hotéis em construção, num total de 600 unidades de alojamento, cuja data de abertura está prevista para meados de 2026.

Esta marca hoteleira, focada no design, no uso eficiente dos espaços e na experiência tecnológica dos hóspedes foi criada em 2008. Agora, a marca citizenM e a respetiva propriedade intelectual são adquiridas pela Marriott por 355 milhões de dólares. Desta forma, o portefólio da citizenM passará a fazer parte do sistema da Marriott, com os hotéis detidos e arrendados pelo vendedor sujeitos a novos contratos de franchising a longo prazo com a Marriott.

Prevê-se que as taxas estabilizadas para a carteira de hotéis abertos e em construção sejam de aproximadamente 30 milhões de dólares anuais, como indicado em nota de imprensa. O vendedor também pode receber pagamentos adicionais de até 110 milhões de dólares com base no crescimento futuro da marca durante um período plurianual, sendo que estes pagamentos só terão início no quarto ano após a conclusão da transação.

Créditos: Richard Powers

“A citizenM foi criada para viajantes frequentes e as capacidades de distribuição da Marriott vão permitir-nos dar as boas-vindas a novos hóspedes modernos. Com a força do motor de desenvolvimento da Marriott, aguardamos a perspectiva de muitas propriedades adicionais da citizenM em novos destinos a nível mundial. Continuaremos a ser proprietários dos nossos bens imobiliários e a explorar todos os nossos hotéis. Esta relação permite-nos trabalhar em conjunto para maximizar os retornos”, afirmou Lennert de Jong, CEO da citizenM.

A conclusão da transação está agora sujeita a várias condições, incluindo a aprovação regulamentar dos Estados Unidos da América.

A Morgan Stanley & Co. International plc e a Eastdil Secured atuaram como consultores financeiros do vendedor nesta transação.

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