INE: Queda de 25% no turismo levará a diminuição de 2,9% no PIB

Por a 8 de Abril de 2020 as 19:08

Uma redução de 25% na atividade turística, quer do turismo de visitantes não residentes quer do turismo interno, devido à covid-19, levará à redução de 2,9% do PIB anual em Portugal, estima o INE.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, esta quarta-feira, o sistema de Matrizes Simétricas de Input-Output para a economia portuguesa referentes a 2017, que permite analisar as interações entre as diversas atividades económicas internas e destas com o exterior, em termos de transações de bens e serviços.

Tendo por base o modelo Input-Output (IO), um dos instrumentos analíticos disponíveis para estimar o impacto da pandemia covid-19 na economia portuguesa, o INE refere que foi simulado o efeito de uma redução anual da atividade turística em 25%, indica a Lusa.

A pandemia covid-19 “terá impactos significativos e transversais na economia portuguesa”, refere o instituto, acrescentando que “o turismo que, de acordo com a conta satélite do turismo, corresponderá a 11,3% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2018, será um dos setores mais afetado pela atual crise, sendo expectável uma contração significativa da sua atividade”.

“Assim, aplicando o sistema IO agora divulgado, a redução de 25% na atividade turística, quer do turismo de visitantes não residentes quer do turismo interno, traduz-se numa redução de 2,9% do PIB anual em Portugal”, estima o INE, que ressalva que “este resultado tem subjacente as hipóteses do sistema de matrizes, que basicamente procuram recriar uma representação simplificada das dinâmicas intersectoriais da economia observadas em 2017”.

O INE acrescenta que, de acordo com as hipóteses de funcionamento e os resultados deste sistema de matrizes, cada euro de variação de despesa nas quatro grandes componentes da procura agregada determina variações no mesmo sentido das importações e do PIB.

Deste modo, cada euro de acréscimo das exportações traduzir-se-á no aumento de 44 cêntimos nas importações e 56 cêntimos no PIB.

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