Tecnológicas prevêem recuperação do setor hoteleiro em 2021

Por a 20 de Março de 2020 as 16:56

As tecnológicas a Climber RMS e a RM Academy admitem que, apesar dos fortes impactos na operação hoteleira provocados pelo coronavírus, o setor vá recuperar já em 2021. “Alguns analistas prevêem que o efeito sobre a indústria hoteleira global para 2020 (fonte
Skift), seja de declínio no lucro (EBITDA) de 11% a 29% este ano. No entanto, observa-se que o cenário inclui uma recuperação quase completa em 2021, mostrando mais uma vez a resiliência do setor de hotelaria”, referem num estudo divulgado.

O documento refere que no período entre 01 e 19 de março foi registada uma quebra de 60% nas receitas de room revenue e de 28.4% a nível de ocupação. Estas quebras irão afetar a operação hoteleira nos meses de março, abril e maio  “havendo sinais de recuperação no último trimestre, mas ainda assim, no negativo”, explica.  “Isto poderá ser um indicador de que as pessoas ainda estão a efetuar pesquisas de hotéis, mas talvez não tenham a confiança necessária para reservar nos próximos meses”, apontam.

Medidas a adotar para mitigar efeitos e agarrar a operação

“Em termos operacionais, estamos a recomendar muitos dos clientes da RM Academy que têm multi propriedades em localizações próximas, para concentrarem as operações numa só unidade, e se necessário utilizando apenas alguns pisos das unidades minimizando desta forma o impacto negativo ao nível financeiro, reaproveitando recursos, dar a opção de segurança aos RH, escoando produtos com validade limitada, ou mesmo ativando a opção de lay-off”, sugere.

A aposta no mercado interno é outra das apostas fortes nesta altura bem como a divulgação de campanhas de verão. “Devido ao aumento de restrições de viagens aéreas dos mercados do TOP 10 nacional, devemos garantir a máxima exposição ao mercado interno, concentrando mais orçamento e direcionando as ações de e-commerce, nomeadamente campanhas de “metasearch” e de “re-targeting”, nas quais ainda existe um público estabelecido com forte intenção de reservar”, refere ainda o estudo feito em cooperação pelas duas tecnológicas que atuam no setor hoteleiro.

“Os clientes não procuram necessariamente preço neste momento, mas sim flexibilidade e segurança, portanto considere não utilizar tarifas não reembolsáveis, considere alterar as políticas de penalização para cancelamentos e considere uma estratégia de preços realista face ao seu mercado concorrencial”, sugerem.

Sobre os cancelamentos das reservas, um dos maiores desafios atuais que o setor enfrenta, esclarecem:  “Ao nível dos cancelamentos de tarifas não reembolsáveis ou mesmo de tarifas flexíveis, mas que já entram em período de penalização, estamos a recomendar muita prudência por um lado com os reembolsos, porque temos notado muitas situações dúbias, e por outro lado para não sobre carregar a tesouraria. Por outro lado, recomendamos que tentem negociar com todos os titulares de reservas para usufruírem das mesmas num determinado período de tempo com a atribuição de um voucher, e no caso dos grupos para dar a opção de remarcar em datas futuras”

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