Vila Galé avança para os Açores

Por a 20 de Janeiro de 2020 as 16:11

A Praça de São Francisco, na cidade de Ponta Delgada, nos Açores, vai ter no próximo ano aquela que será a primeira unidade hoteleira do Grupo Vila Galé no arquipélago.

Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo, anunciou, esta segunda-feira num encontro com a imprensa, que fechou parceria com a Santa Casa da Misericórdia para a recuperação de um edifício que vai receber um hotel com 100 quartos.

Este é mais um dos vários projectos hoteleiros que a Vila Galé tem em desenvolvimento no país. Já este trimestre, a Vila Galé prepara-se para abrir o Vila Galé Collection Alter Real – Resort equestre, Conference & Spa no dia 13 de março, com 77 quartos, três piscinas exteriores, spa, biblioteca e enoteca, restaurante; seguindo-se o Vila Galé Serra da Estrela a 27 de março, com 91 quartos piscina exterior aquecida, um restaurante, lobby bar, spa, salão de eventos e estacionamento, num investimento previsto de nove milhões de euros. Rebelo de Almeida acredita que aquele que vai ser o primeiro hotel de montanha do grupo vai “ser um êxito” num destino onde “já fazia falta abrir um hotel novo”.

Estas duas unidades vêm no seguimento da estratégia que o grupo delineou para o interior do país, depois da abertura do Vila Galé Collection Elvas, no ano passado e que se revelou “uma boa experiência”. “Acredito muito que o futuro de Portugal e o seu desenvolvimento passa por conseguir-se fazer uma revitalização do interior”, disse o responsável, destacando que as regiões do interior carecem de mais projectos.

Os investimentos do grupo não se ficam por aqui e no próximo mês de julho fica finalizada a ampliação do Vila Galé Douro Vineyards, que passa de sete para 49 quartos, num investimento total de sete milhões de euros.

Ainda este ano, mas no Brasil, abre portas o Vila Galé Paulista, junto à Avenida com o mesmo nome na cidade de São Paulo, concretamente em Bela Cintra, com 108 quartos, um restaurante Massa Fina, uma cafetaria Vila Galé Café e clube de saúde com ginásio, sauna, sala de massagens e piscina exterior.

Outros projectos pelo país estão a ser desenvolvidos pelo grupo, como duas novas unidades em Beja, concretamente um hotel só para adultos e outro dedicado às crianças, mas ainda uma segunda unidade em Elvas, as Casas de Elvas by Vila Galé. “Vai ser um modelo de alojamento completamente diferente”, adianta o presidente da Vila Galé, descrevendo que estas casas ficam numa zona pedonal e cada uma delas vai ter um ou dois quartos.

A Vila Galé vai ainda ao concurso para uma unidade em Tomar e outro em Portalegre.

No Brasil, estão em projecto e com obras previstas para iniciar no segundo semestre de 2020, o Vila Galé Alagoas, com 514 quartos, seis restaurantes e centro de convenções; mas também um hotel no Palácio Rio Branco, em Salvador, num total de 106 quartos, entre zona do palácio e zona nova a ser construída na encosta sob a baía de Todos os Santos.

No que diz respeito à oferta existente, o responsável indicou que existe um forte investimento em remodelações, com especial destaque para as do Vila Galé Marina, Vila Galé Náutico e Vila Galé Estoril, e algumas pontuais em outras unidades. Para Rebelo de Almeida, a recuperação da oferta existente é importante, pois defende que “para mantermos a competitividade como destino turístico devemos investir muito na recuperação de hotéis”, importante não só para os hóspedes mas também “para o nosso pessoal também estar bem instalado” no respectivo local de trabalho.

Este ano, o grupo prevê despender cerca de 35 milhões de euros nas duas aberturas em Portugal, assim como na ampliação do projecto no Douro e as remodelações a decorrerem nas unidades mencionadas.

Receitas crescem 7%

O Grupo Vila Galé registou um aumento de 7% em volume de negócios em 2019, alcançando um total de 197 milhões de euros.
Em Portugal, as 25 unidades do portefólio da cadeia hoteleira verificaram um total de 115 milhões de euros em receitas, comparadas com os 112 milhões de euros no ano anterior. Excluindo o impacto das receitas das duas unidades que o grupo inaugurou no ano passado – Vila Galé Douro Vineyards e Vila Galé Collection Elvas -, as receitas em Portugal foram de 106 milhões de euros. Um resultado operacional que  deve chegar aos 50 milhões de euros, depois de fechadas as contas.
Segundo Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo, num encontro com a imprensa, a região que maior crescimento obteve foi o Porto e Norte, enquanto o Algarve este em linha com o ano passado e a Madeira verificou um decréscimo. Lisboa, Centro e Alentejo também registaram variações positivas nos resultados.
O mercado nacional continua a ser o principal mercado das unidades em Portugal, representando 30% das dormidas, seguindo-se o mercado britânico, alemão, espanhol e brasileiro.  O grupo salienta ainda o crescimento do número de hóspedes de mercados como o italiano e o norte-americano, com aumentos de 13% e 18%, respetivamente. Rebelo de Almeida realçou ainda o crescimento de mercados provenientes da Ásia, concretamente da China e Taiwan, onde acrescem ainda os de Israel e Austrália. “Houve uma desaceleração dos mercados tradicionais, como os Países Baixos, Reino Unido e Alemanha.
As unidades em Portugal alcançaram 1,9 milhões de dormidas. O administrador do grupo aponta que, no ano passado, notou-se “alguma tendência na descida da estada média” que, na Vila Galé, registou um decréscimo de 5%. Esta descida é justificada pelo “fenómeno das escapadinhas”, que tem aumentado.

Brasil

No que diz respeito às unidades no Brasil, onde o grupo conta com três hotéis de cidade (Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza) e seis resorts (Marés, Ecoresort do Cabo, Ecoresort de Angra, Cumbuco, Touros e VG Sun Cumbuco by Vila Galé), estas alcançaram 1,5 milhões de dormidas e receitas de 82 milhões de euros, mais 18% do que em 2018. Um resultado operacional que deve chegar aos 20 milhões de euros. Os brasileiros também se mantêm como principal mercado, representando quase 90% do total, seguidos pelos argentinos e os portugueses.

Para 2020, Gonçalo Rebelo de Almeida considera que os resultados devem estar em linha com os registados em 2019. Porém, considera que existem alguns pontos de interrogação que podem afectar a performance das unidades, sobretudo em Portugal, como seja a questão do Brexit, a repetição de falência de operadores turísticos, como de companhias aéreas, mas também o aumento da concorrência de destinos que voltam a entrar em força no mercado, como a Turquia, Tunísia e Egipto.
No Brasil, “a tendência é de estabilização”, considera o administrador do grupo hoteleiro.

2 comentários

  1. Fernando Nunes

    28 de Janeiro de 2020 at 12:17

    Pico, Acores, ilha de futuro necessita de mais hotéis, ótimo terreno na estrada principal minutos de centro, perto do aeroporto, para construir Hotel resort.

  2. isabel Xavier

    20 de Janeiro de 2020 at 20:40

    Parabéns Vila Galé empreendedores.. Investimento português…num país de turismo..como vossa cliente há 29 anos.. só terei que agradecer o bom atendimento e o ambiente familiar.. continuem em frente

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