DHM investe 20M€ em remodelações de ativos em 2020

Por a 8 de Janeiro de 2020 as 17:00

Seis anos depois de lançarem a primeira unidade no mercado, a DHM – Discovery Hotel Management, marca hoteleira criada pelo Fundo Discovery da Explorer Investments, prepara renovações ou abertura de oito dos seus ativos.

A abrir portas no mês de junho está o Évora Farm Hotel & Spa, uma unidade com 57 quartos e 20 villas situada a cerca de 15 minutos do centro de Évora. A propriedade de 12 hectares onde está inserida a unidade vai contar com um “forte investimento” na paisagem envolvente da unidade, onde vão ser desenvolvidas zonas de relaxamento, uma quinta pedagógica, de atividades ao ar livre e de atividades infantis. Direcionado para o segmento de famílias, o hotel tem um investimento de 5 milhões de euros.

Outro ativo que vai passar a ser gerido pela DHM e vai ter uma roupagem nova é o antigo Alpinus Hotel, em Albufeira, que vai passar a denominar-se por The Pátio Suite Hotel. Com 180 quartos e um investimento previsto de 7 milhões de euros, o hotel vai sofrer uma “renovação literal e o objectivo é reposicioná-lo para outro paradigma, muito focado no segmento de famílias”, adianta Francisco Moser, director geral de operações da DHM num encontro com a imprensa. Atualmente já em obras, a unidade vai reabrir em junho para a época alta, mas volta a encerrar em novembro para terminar o processo de remodelação, abrindo assim em 2021 completamente renovado.

Também os atuais hotéis DHM já lançados no mercado vão contar com investimentos de forma a apresentar novidades no mercado. Um deles é o Vila Monte Farm House, onde está a ser desenvolvida a Vila Indigo que vai contar com um investimento de 1 milhão de euros e abre no mês de maio ao público. Segundo o responsável, trata-se de uma villa exclusiva com três quartos, cozinha, piscina privativa e serviço de ‘butler’.

O Praia Verde Boutique Hotel, localizado com a praia com o mesmo nome na região algarvia, vai sofrer também uma remodelação ao nível dos quartos num investimento de 800 mil euros. Quanto ao Éden Resort, um ativo localizado em Albufeira com 191 quartos, tem já uma remodelação a decorrer que visa dar uma nova cara às áreas públicas da unidade. Um investimento estimado de 4M€.

Já o The Crest Villas & Apartments, em Loulé, vai lançar ao mercado mais 40 villas renovadas.

Mais a norte, concretamente na região Centro, os 100 quartos do Monte Real Hotel Termas & Spa vão ser alvo de uma remodelação, assim como as áreas públicas do hotel, num investimento de 2M€. No que diz respeito às termas da unidade ainda se vão manter encerradas por ainda não estar garantida a qualidade termal exigida das águas, depois das mesmas terem sido afectadas com as cheias que ocorreram na região há dois anos.

Na Lousã, o Palácio da Lousã Boutique Hotel vai reabrir como um ‘bike hotel’. Francisco Moser considera que esta é uma das unidades mais difíceis do portefólio da DHM e a marca optou por posicioná-la num segmento do turismo ativo e de aventura. A remodelação integral da unidade está a decorrer, com um investimento total de 1,5M€, e tem conclusão prevista para o mês de maio, altura em que abre ao público.

Todos os processos de recuperação e remodelação são “por conta e risco da DHM”, mesmo que estejam a trabalhar no desenvolvimento de unidades cujos acordos de gestão já estejam assinados com grandes marcas hoteleiras internacionais, como é o caso do Ocean Viile, um hotel-apartamento em Albufeira com 300 unidades de alojamento, que está em processo de reconversão num investimento na ordem dos 25 milhões de euros com abertura em 2022. Outro ativo que a DHM está a desenvolver para uma marca internacional é o antigo Sesimbra Bay, com 200 unidades de alojamento e abertura também em 2022. “Estes são os dois ativos com maior peso no portefólio do fundo”, indica, referindo que o fundo tem actualmente 44 ativos com maior concentração na região do Algarve e em Lisboa.

A DHM assinou já uma parceria com a marca Golden Tulip para gerir a unidade que tinha em desenvolvimento na ilha Terceira, em Serretinha. O antigo Terra do Mar vai passar a chamar-se Golden Tulip Terceira e abre já este ano.

Em Lisboa, o responsável prevê que tenham este ano início as obras daquele que será o Meliá Lisboa, um cinco estrelas com mais de 200 quartos com localização na Avenida Fontes Pereira de Melo.

No que diz respeito à venda de ativos,  Francisco Moser explica que a DHM foi criada para realizar a “recuperação de ativos em dificuldades, valorizá-los e, mais tarde, colocá-los no mercado e vendê-los a operadores hoteleiros ou fundos de investimento”. Depois de ultrapassada a primeira fase de recuperação dos ativos, a DHM encontra-se, aponta o responsável, na segunda fase do processo, concretamente, na consolidação da operação. Até chegar a altura de vender os respectivos ativos, o director geral de operações perspectiva que ainda decorra um período de mais de uma década: “Ainda temos mais 12 anos pela frente para consolidação e venda [dos ativos], que é uma dinâmica que vai acontecer”.

Faturação cresce em 2019

Em 2019, a HM atingiu 50 milhões de euros em volume de facturação, o que significou um crescimento de 12% comparativamente com o período anterior, segundo o director geral de operações. Francisco Moser estima que, em 2020, a marca hoteleira do Fundo Discovery alcance os 60 milhões de euros, sustentadas com as novas unidades que vão lançar no mercado ao longo do ano.

Entre as unidades com melhor performance dentro do portefólio, o responsável destaca o Ramada by Windham Lisbon, Douro 41, o Vila Monte, Praia Verde, Azor, mas também o Monchique e o Éden. No entanto, o responsável é peremptório a afirmar que “não temos nenhum ativo com resultado negativo”.

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