Falta de Mão de obra na Hotelaria Versus Políticas de Recursos Humanos internas

Por a 10 de Junho de 2019 as 14:00

Oportunidade

Falta de Mão de obra na Hotelaria – Versus Políticas de Recursos Humanos internas

Continuamos a assistir às mais variadas notícias sobre as dificuldades de recrutamento, captação e retenção de trabalhadores numa área que se faz de “pessoas para pessoas”.

Dificuldades identificadas pela falta de mão de obra qualificada, na falta de pessoas não qualificadas, mas que querem aprender esta atividade, fracas políticas de recursos humanos internas nas empresas que ajudem a reter os trabalhadores e ausência de políticas de apoios fiscais à contratação para as empresas.

Identificamos aqui as oportunidades de empresas com uma política de Recursos Humanos muito focada nos colaboradores e que há muito entenderam que sem pessoas não conseguimos criar o fator wow nos nossos clientes.

No que concerne a politicas de recursos humanos teremos que nos modernizar e olhar para bons exemplos noutras indústrias como o  equilíbrio entre vida familiar e pessoal, formação continua, avaliação de desempenho real e que seja feita com o intuito de melhorar  o desempenho do trabalhador e a sua consequente promoção, reconhecimento das metas e objetivos alcançados pelos mesmos, formação continua e acima de tudo envolvimento. Apenas com “Engagement” é possível reter pessoas. Em suma manter as pessoas fiéis à marca/empresa em que trabalham.  Falamos, pois, do Employer Branding” estratégia que visa a construção de uma imagem positiva da empresa através dos seus colaboradores o que terá naturalmente um grande impacto na forma como o cliente final vê a marca e tem como resultado melhores níveis de produtividade uma vez que colaboradores mais felizes têm desempenhos mais elevados.

É também uma verdade no meio de toda esta equação, que temos nesta época resultados ao nível das receitas turísticas em Portugal como nunca vimos antes, produtos novos e diferenciadores, mas que a evolução das profissões na Hotelaria continua muito lenta. Temos aqui a oportunidade de valorizar mais estas profissões para que se tornem apetecíveis e competitivas face ao resto do mercado, quiçá com prémios de produtividade por objetivos, com seguros de saúde para os colaboradores e família, vales escola, vales combustíveis, apoios do estado para incentivos à contratação acima do salário mínimo para as empresas.

Ameaças

Os mercados internacionais

O regresso em força de mercados internacionais como a Tunísia, a Turquia e o Egipto são hoje uma realidade. Estes mercados refletem taxas de crescimento de cerca de 40% anuais beneficiando de diversos acordos entre o Estado e as Companhias Aéreas oferecendo por isso um destino muito competitivo.

Para podermos continuar a crescer importa pensar em novos destinos emergentes como a China e a India e procurar novos mercados. Fica a título de exemplo o “Brelcome” Portugal will never leave you, nova campanha do Turismo de Portugal para o mercado Britânico

Ponto Forte

Reconhecimento dos profissionais do Turismo

Por ocasião do XV congresso da ADHP, Associação dos Diretores de Hotel de Portugal, a Secretária de Estado de Turismo Ana Mendes Godinho, garantiu que o sistema de classificação dos empreendimentos Turísticos passaria a ter uma área dedicada aos Recursos Humanos que visa premiar e valorizar as boas políticas internas.

Não havendo ainda mais notícias sobre o tema e não sabendo de que forma será introduzida esta área no sistema de classificação, sabemos sim que ainda existe um longo caminho a percorrer no reconhecimento das profissões de turismo e também no reconhecimento da carreira de diretor de Hotel.

Ponto Fraco

Descentralizar

No ponto fraco destaco o pouco desenvolvimento ao nível de animação turística e de infraestruturas fora da grande Lisboa e do Porto. Num momento em que falamos da saturação do aeroporto de Lisboa devemos pensar em soluções para afastar os turistas dos grandes centros urbanos e levá-los a outras zonas do País. Para isso sem dúvida em muito contribui o tema da mobilidade que tanto tem sido falada ultimamente, mas que deve ser descentralizada das grandes cidades. Sem dúvida a articulação das regiões de Turismo tem aqui um papel fundamental na promoção externa do País, mas de que nos serve promover se não tivermos as infraestruturas criadas para a satisfação do cliente

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