Hotel e centro de congressos vão nascer no Porto

Por a 14 de Maio de 2019 as 8:00

Proprietários do Eurostars Heroísmo inauguraram, em fevereiro, o Porto City House e têm já na manga mais dois hotéis e um centro de congressos para 800 pessoas. 

Adérito e Bruno Oliveira, pai e filho respetivamente, são proprietários da IME – Imovéis Empreendimentos Hoteleiros, empresa que atua no ramo da construção e que, nos últimos quatro anos, tem apostado no setor hoteleiro. Do portefólio fazem parte várias unidades hoteleiras construídas para terceiros mas, sob a gestão do grupo, estão atualmente duas: o Eurostars Heroísmo e recém-inaugurado aparthotel Porto City House.

Esta última abriu portas em fevereiro, perto da rotunda da Boavista, na invicta. Com 22 estúdios e dois apartamentos T1, equipados com varanda e kitchenette, a unidade dispõe também de um bar de apoio. “A localização do terreno, que já pertencia à IME, condicionou a infraestrutura e, por isso mesmo, apostamos numa oferta que permitisse um arrendamento de maior duração, uma vez que há vários escritórios na área envolvente ao aparthotel”, explica Bruno Oliveira. Apesar de recente, a operação  tem sido positiva, também fruto dos preços especiais de arranque: os estúdios custam 60 euros por noite e os apartamentos 80 euros.

 

Dois hotéis e um centro de congressos são os próximos projetos

O Porto City House é o segundo projeto hoteleiro da empresa familiar que se estreou, em 2016, com o Eurostars Heroísmo. Apesar de o quatro estrelas ser fruto de uma parceria com o grupo espanhol Hotusa, a unidade é independente e está sob a gestão do IME. É nas traseiras do hotel, localizado na Rua do Heroísmo, que a empresa de pai e filho adquiriu recentemente um terreno com 30 mil metros quadrados. O objetivo é a construção de um quatro estrelas com 300 quartos e de um centro de congressos com capacidade para albergar até 800 pessoas. “O projeto estará pronto num período entre dois a três anos, caso as negociações com a Câmara Municipal continuem a correr bem. Este projeto visa fazer face a uma grande necessidade do Porto que é ter um espaço com dimensão para receber eventos maiores”, refere Adérito Oliveira. O engenheiro adianta que as 300 unidades de alojamento poderão ser distribuídas por 10 a 15 pisos, se assim for autorizado. O hotel terá também um restaurante panorâmico com vista para o rio Douro. Para este complexo, estão ainda pensadas as construções de vários apartamentos turísticos e uma residência sénior.

Outro dos projetos que está a ser desenvolvido pela dupla de engenheiros é um cinco estrelas em Miragaia. As obras de reconstrução de um edifício do século XV, que estão orçadas em perto de 10 milhões de euros, arrancaram há três meses e deverão estar concluídas dentro de um ano e meio. A unidade vai oferecer 70 quartos. “Estamos a fazer uma reabilitação muito cuidada. Queremos um hotel que tenha uma ligação especial com a população de Miragaia que é uma zona que não está explorada”, referem. O antigo armazém de ferro terá três pisos, restaurante, rooftop e sala de reuniões. “Pretendemos aproveitar o potencial do Jardim das Virtudes e utilizá-lo quase como se fizesse quase parte do hotel. Se as pessoas quiserem levar um cesto de piquenique e tomar lá o pequeno-almoço, podem fazê-lo. Queremos criar  uma ligação entre o hotel e a população”, atesta Adérito Oliveira

A localização não foi escolhida em vão. “Miragaia é uma zona muito genuína. Por isso mesmo não queríamos erguer um hotel de massas. Queremos o turista que quer vir descobrir a essência do Porto como ela é”, conclui.

*Texto publicado na edição de abril da revista Publituris Hotelaria. 

 

 

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