Resultados do Hotel Monitor confirmam quebra da ocupação mas subida de preço

Por a 25 de Março de 2019 as 16:14

A AHP – Associação da Hotelaria de Portugal apresentou esta segunda-feira, dia 25, os resultados consolidados de 2018. De acordo com o AHP Tourism Monitor, ferramenta de recolha de dados da Hotelaria nacional trabalhados mensalmente pela AHP, em 2018 houve um abrandamento do crescimento dos vários indicadores de operação, com a taxa de ocupação a registar uma quebra ligeira, mas trouxe também resultados muito positivos.

Em 2018, a taxa de ocupação a nível nacional atingiu os 70%, menos 1,3 p.p. do que no ano de 2017. Por destinos turísticos, Lisboa registou a taxa de ocupação mais elevada, com 81%, no entanto de notar que este destino, em variação, cresceu apenas 0,6 p.p. em comparação com igual período do ano anterior. A ocupação na Madeira fixou-se nos 80%, mas em termos homólogos decresceu 2,9 p.p.

Por categorias, destaque para as duas estrelas com um crescimento de 4 p.p., fixando-se nuns expressivos 83%.

Quanto ao ARR, o ano de 2018 teve saldo positivo em todos os destinos, alcançando os 95 euros a nível nacional, e que se traduz num crescimento de 7% em comparação com 2017. Lisboa registou o preço médio mais elevado com 115 euros. Em termos de variação homóloga, destaque para os Açores, Lisboa e Grande Porto, com um crescimento de 11%, 9% e 8%, respetivamente.

O RevPar foi de 66 euros, mais 5% do que no ano de 2017. Todos os destinos registaram crescimento neste indicador, à exceção de Leiria/Fátima/Templários, com Lisboa a liderar de forma destacada com 93 euros, seguido do Grande Porto com 68 euros e do Algarve com 67 euros. Em termos de variação homóloga as melhores performances neste indicador foram Beiras e Viseu, com 13% de crescimento, e o Alentejo, com 12%.

Cristina Siza Vieira, da Associação da Hotelaria de Portugal, acrescenta “fechámos 2018 com uma taxa de ocupação de 70%, mas o mais interessante é que se analisarmos a variação homóloga de cada um dos 12 meses do ano, percebemos que os únicos meses em que a taxa de ocupação não quebrou foram os do primeiro trimestre. Foi também visível, nesse período, o efeito Páscoa que no ano passado foi em março e em 2017 tinha sido em abril. A Páscoa, é de facto, um grande balão de oxigénio para a Hotelaria portuguesa. Esse efeito não se refletiu apenas na TO, mas também no ARR e, portanto, teve notório impacto no RevPAR. Interessante é também registar que no ano de 2018 não só o primeiro trimestre se destacou pelo crescimento da ocupação, como os destinos que mais cresceram foram Beiras, Alentejo e Viseu.”

O peso das dormidas de nacionais em 2018 foi de 29%, enquanto as dormidas provenientes do estrangeiro chegaram aos 71%.

Reino Unido foi líder das dormidas no Algarve, mas teve também a quebra mais evidente; Alemanha foi líder das dormidas na Madeira e nos Açores, mas registou quebras nos Açores, Madeira e Algarve; França foi líder das dormidas internacionais em Lisboa e segundo principal mercado no Norte e registou a maior quebra no Alentejo; Espanha foi líder das dormidas internacionais no Norte, Centro e Alentejo, mas teve a maior quebra em Lisboa; os Países Baixos foram o terceiro melhor mercado internacional no Algarve, no entanto o peso das dormidas diminuiu; os EUA foram o segundo melhor mercado internacional nos Açores e o terceiro no Alentejo, de destacar o seu crescimento em Lisboa e Açores. Registaram uma quebra apenas na Região Centro; o Brasil foi o segundo mercado internacional no Alentejo, onde também teve o seu crescimento mais expressivo, e na Região Centro. De assinalar uma quebra deste mercado apenas nos Açores; a Itália foi o segundo mercado internacional na Região Centro, no entanto o seu peso nas dormidas, a nível nacional, diminuiu.

Em termos de hóspedes, 38% foram nacionais enquanto 62% foram estrangeiros. Quando comparado com 2017, houve um crescimento do peso dos hóspedes nacionais de 0,8 p.p..

Em 2018, as agências/operadores turísticos foram novamente o principal canal de distribuição de dormidas nos hotéis nacionais com um peso de 40%, seguido dos Travelwebsites com 22%. A predominância das agências/tour operador é mais evidente na Madeira onde 77% das reservas são feitas através deste canal de distribuição. De salientar o aumento das dormidas por website próprio na Área Metropolitana de Lisboa e via Travelwebsites no Algarve.

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