As tendências e principais desafios para 2019 nos RH

Por a 25 de Março de 2019 as 10:59

Portugal foi sempre considerado um destino de excelência pela sua história, pela gastronomia, pela arte, pelo lazer e também pelas atrações de entretenimento e de desporto. É sem dúvida um país muito atrativo e que já foi eleito Melhor Destino Turístico do Mundo, tornando-se em 2017 no primeiro destino europeu a receber esta distinção nos prémios World Travel Awards.

Mais recentemente, tem sido escolhido como palco principal de diversos eventos internacionais de tecnologia, de entretenimento e de cultura, tal como o WebSummit que atraiu na última edição mais de 70 mil visitantes, ou até mesmo a Eurovisão, onde se verificou um aumento de 37% de turistas no país. Este tipo de eventos atrai bastantes turistas, acabando assim por potenciar o desenvolvimento acelerado do setor da Hotelaria e Turismo.

Esta crescente visibilidade do país tem contribuído para a diminuição da sazonalidade, mas também para uma crescente necessidade de diferenciação e qualidade no serviço, para que esteja à altura da notoriedade do país. Por conseguinte, é indispensável sinalizar os principais objetivos e desafios deste ano para a gestão de Recursos Humanos no setor da Hotelaria e Turismo, de forma a acompanhar esta inovação e desenvolvimento no mercado.

A necessidade de profissionalizar a área é o primeiro. A oferta educativa atual não está a conseguir acompanhar a urgência e o volume de especificidades e necessidades do mercado. E, em contraste, são cada vez mais as exigências para uma experiência marcante e personalizada. Neste cenário, e apesar de todos os esforços das empresas do setor no sentido de apresentar uma resposta eficaz, são ainda muitas as dificuldades na identificação e atração de perfis qualificados. O facto da oferta salarial não estar de acordo com o nível de experiência dos profissionais disponíveis tem vindo a constituir um entrave. Este será, portanto, um ano em que se verificará uma enorme competição entre os diversos grupos hoteleiros e uma maior pressão salarial no setor.

A personalização do atendimento ao cliente é outro aspeto a ter em consideração. Como visto anteriormente, existe uma enorme exigência na personalização do serviço, que tem que ir ao encontro das necessidades mais especiais daqueles que nos visitam. Há muitas cadeias de hotéis que, em altura dos picos de trabalho como o de Verão, contratam, dada a urgência e necessidade, profissionais sem a formação adequada para o nível de expectativa do mercado. Num mercado altamente concorrencial, onde o passa-a-palavra rapidamente arruína a reputação do país enquanto destino de excelência, há que encontrar rapidamente soluções para este desafio.

Por fim, os planos de formação e mobilidade geográfica podem ser uma solução para atrair profissionais altamente qualificados. Os profissionais de hoje retiram uma enorme motivação da possibilidade de ter uma carreira internacional, principalmente neste setor. Existem já algumas cadeias hoteleiras internacionais que apostam em planos de formação e mobilidade geográfica como potencial de desenvolvimento de carreira dos colaboradores, sendo este um fator claramente diferenciador na atração e retenção de talento.

Sandrine Veríssimo, Regional Director da Hays Portugal

*Artigo publicado na edição de fevereiro da revista Publituris Hotelaria.

 

 

 

 

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