ALEP: “A nossa luta já não é pela sobrevivência. Queremos ser o pilar do turismo”

Por a 15 de Março de 2019 as 17:38

ALEP apresentou, na BTL, em Lisboa,  uma nova plataforma que permite reunir indicadores específicos do AL. 
No ano passado, os turistas que escolheram o Alojamento Local (AL) para pernoitar, passaram, em média, 3,8 noites em apartamentos e moradias neste regime com um preço médio de 73 euros por noite. A Madeira foi a campeã do ranking com uma estada média de 5,5 noites, seguindo-se a freguesia de Guia, em Albufeira, com 5,2 noites e Armação de Pêra, também no Algarve, que registou uma estada média de 5 noites.

Os dados foram divulgados pela Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) que acaba de lançar uma nova plataforma, a locall.pt que visa divulgação e agregação de indicadores relativos ao AL no país. Neste portal, será possível consultar dados sobre a oferta e a procura, a análise de destinos e segmentos e indicadores micro benchmarking.

O projeto, que demorou um ano e meio a ser construído, e que conta com a parceria da consultora Deloitte e com a Avantio, surgiu como resposta à escassa informação sobre este tipo de alojamento. “É muito difícil obter dados concretos neste setor. A forma como se calcula a ocupação tem de ser diferente da hotelaria, o preço também não pode ser analisado da mesma maneira”, referiu Eduardo Miranda, presidente da Associação, que vê nesta plataforma “uma ferramenta para unir o setor de forma dinâmica e moderna”.

A apresentação da locall.pt, que decorreu na BTL, em Lisboa, esta sexta-feira, coincidiu com o dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, pela primeira vez, estatísticas mensais relativas ao AL em Portugal. O responsável congratula o passo dado mas lamenta a demora do mesmo. “O AL não é uma moda. Há muita gente que ainda pensa que somos um pequeno acessório, uma alternativa  low-cost”, justifica.

Atualmente, existem 81 455 propriedades inscritas no registo nacional de AL, uma oferta que se estende a 294 concelhos do país. Em 2018, houve 221 freguesias que receberam pela primeira vez o AL. “O nosso desafio já não é a batalha pela sobrevivência, o grande desafio é preparar o setor para ser o pilar do turismo. Temos de integrar o AL na cadeia”, conclui.

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