JJW Hotels Group investe 22,5 milhões de euros nas unidades algarvias

Por a 7 de Janeiro de 2019 as 19:47

O JJW Hotels Group vai investir mais 22,5 milhões de euros nas três unidades hoteleiras que detém no Algarve.  O Penina Hotel & Golfe Resort, o Dona Filipa Hotel e o Formosa Park Hotel vão ser alvo de obras de remodelação entre 2019 e 2020. Outra das estratégias do  grupo passa pela consolidação da  JJW Hotels como marca umbrella e, para isso, a cadeia hoteleira vai investir na construção de novos sites e de outras ferramentas online. “Esta estratégia vem consolidar não só a imagem do grupo, mas também a individualidade de cada unidade que compõem esta marca de produtos de luxo com história”, explica a direção do grupo à Publituris Hotelaria.

O ano de 2018 foi “desafiante” para estas unidades devido à “quebra dos principais mercados emissores (inglês e alemão) e à retoma dos destinos concorrentes dos diretos do Algarve como a Turquia, a Grécia e até o sul de Espanha”, esclarecem Rúben Paula, diretor geral de oprações do grupo e Sandra Matos, diretora de vendas e marketing. Ainda assim, o ano encerrou com vendas “ligeiramente superiores a 2017, fruto da aposta na diversificação de mercados e de um trabalho de gestão de recursos mais eficiente como grupo”, justificam.
Para este ano, a JJW Hotels Group prevê um crescimento de 5% no Algarve, com “base numa subida de ocupação em épocas médias, através do crescimento em segmentos como o de incentivos e principalmente o segmento de lazer”.

A remodelação do Formosa Park Hotel, na Praia do Ancão, arrancou em novembro passado, com vista num reposicionamento para um Boutique Apartment Hotel. A unidade hoteleira registou, em 2018, uma taxa de ocupação média de 58% até novembro, altura em que encerrou para dar início às obras, O projeto, que visa um investimento de 10 milhões de euros, conta com 61 apartamentos de tipologias T1 e T2, com áreas compreendidas entre os 67 metros quadrados e os 165 metros quadrados.

Os trabalhos deverão ficar concluídos no verão de 2019, altura projetada para a reabertura do hotel que oferecerá áreas públicas totalmente renovadas que contemplam um bar, um restaurante e um spa no seu interior. O exterior complementará a oferta, com uma piscina, jardins e um parque para crianças, para além do acesso privilegiado aos campos do grupo: San Lorenzo e Pinheiros Altos Golf Course.

Já o Dona Filipa Hotel, que foi alvo de uma intervenção em 2017 de mais de 10 milhões de euros, vai entrar, este ano, na terceira fase de renovação com um investimento de cinco milhões de euros destinados à inclusão de um spa e à renovação das salas de reuniões e eventos. Em 2018 a taxa média de ocupação desta unidade situou-se nos 65%.

Por fim, também o Penina Hotel & Golf Resort, cuja ocupação em 2018 foi de  55%, será alvo de uma intervenção em 2020.  O investimento de 7,5 milhões de euros visa  acrescentar um centro de congressos, um spa, renovar as áreas públicas e a redecoração dos quartos.

‘Brexit’ e aeroporto são o ‘calcanhar de Aquiles’  do Algarve

Sobre os desafios para 2019, a direção do JJW Hotels Group é peremptória na resposta. “O’ Brexit’ é sem dúvida “o desafio do Algarve”. A indecisão tem tido um impacto direto negativo nas reservas antecipadas e a expectativa dos operadores é que possa estar, apenas, a atrasar a decisão”, refere.

O mercado britânico, principal segmento do grupo nas unidades algarvias, foi aquele que registou uma maior quebra no ano passado. O grupo apostou na diversificação de mercados para contornar esta questão, bem como na venda direta de golfe ao mercado nacional e aos residentes no Algarve. “Isto permitiu-nos chegar ao fim do ano com vendas em São Lourenço acima do ano passado. Os Pinheiros Altos, sendo um campo com uma forte componente de membros, aumentaram a procura de memberships, facto em muito relacionado com o crescimento da procura imobiliária no Algarve”, adianta a direção.

O aumento das taxas de captação nos vários mercados, com destaque para Alemanha, França, Itália, Estados Unidos e mercados escandinavos, a maior promoção em feiras e viagens, convites para fam trips e estadias no hotel foram outras das estratégias que o grupo implementou ao longo do último ano.

“Temos um grande foco e investimento no destino Algrave como um destino diversificado, com uma oferta que é muito mais do que sol e praia e golfe. O Algarve tem cultura, o Algarve tem natureza, o Algarve tem gastronomia, o Algarve tem ótimas condições para funcionar todo o ano”, atestam os responsáveis da cadeia hoteleira.

A aviação é outro dos constrangimentos enumerados por Rubén Paula e Sandra Matos relativamente à zona algarvia. “Os slots deixados vagos pelas falências da Monarch e da German Wings não foram totalmente absorvidos por outras companhias. Precisamos de mais voos para chegar a determinados mercados e principalmente para captar mais incentivos para o Algarve. É difícil um incentivo ou um congresso dependerem de companhias low cost e é aí que temos de investir, pois é aí que temos sentido que continuamos a perder negócio para destinos concorrentes, nomeadamente Sevilha”, concluem.

 

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