No interior, um ano depois… Até onde podemos ir?

Por a 3 de Janeiro de 2019 as 10:21

Ponto Forte

Vivemos numa época onde as receitas do Turismo continuam a crescer, num ritmo que nos parecia, e às vezes continua a parecer, impossível de manter. Há um ano atrás fomos atingidos por uma calamidade que adivinhava o pior e, mesmo assim, fechámos o ano muito acima do anterior. Em 2017, no Centro, o crescimento das dormidas foi superior a 15% e, apesar dos incêndios foi um ano recorde. Certamente que os dois eventos de Fátima e a inteligente campanha do Turismo do Centro, pós-incêndios para isso muito contribuíram. Comparando 2018 com 2106, continuamos a crescer, e o número de unidades de alojamento também não pára de aumentar. A nível nacional, o número de turistas tem vindo a aumentar de forma constante, mas o Centro, cresceu mais do que o resto do País, ultrapassando as previsões mais ambiciosas. O Centro de Portugal é uma região de grande diversidade de recursos, com capacidade para atrair variadíssimos segmentos de mercado. As unidades também têm vindo a ser requalificadas, e a região oferece experiências que surpreendem e agradam aos turistas que cá chegam. A promoção tem sido orientada no sentido de mostrar essa diferenciação e tem sido bem-sucedida, a avaliar pelos indicadores que nos chegam. Mas, e sobretudo, é uma região autêntica, onde as pessoas mantêm a sua identidade. O grande desafio, na minha opinião, serão os recursos humanos, que contribuem de forma muito significativa para a diferenciação do destino. Depois da formação, indispensável à qualificação da oferta, para os próximos anos espera-nos o desafio de manter as nossas unidades atractivas para esse mercado interno que é o pessoal. Outros pontos fortes são a diversidade da oferta, o património cultural e a autenticidade das pessoas, numa frase – a tradicional forma de receber das Beiras

Oportunidades

Os apoios para internacionalização assim como interesse crescente pelo interior e pela procura de experiências autênticas são oportunidades que não podemos desperdiçar. O crescimento do mercado, deve ser tido em conta, tendo em consideração a necessária fidelização do pessoal das unidades do interior.

Ameaças

A concorrência de outros mercados com potencial de atracção para os clientes é uma das principais ameaças assim como as novas unidades no litoral e Grande cidades, mais apelativas para os turistas e para o staff das nossas organizações.

Pontos Fracos

Os principais pontos fracos estão ligados a falta de conhecimento de línguas dos colaboradores e ao fraco desenvolvimento das infraestruturas – as comunicações móveis, a falta de sinalização de recursos e de vias de comunicação alternativas às autoestradas. Para além disso não podemos esquecer as portagens electrónicas das “SCUTS” que colocam em desvantagem os destinos do interior.

*Opinião de Adriano Barreto Ramos , Coordenador do PROVERE Termas do Centro
**Artigo publicado originalmente na edição de Dezembro da revista Publituris Hotelaria

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