Dormidas crescem 0,5% no primeiro semestre de 2018

Por a 13 de Agosto de 2018 as 15:36

No primeiro semestre do ano, Portugal registou 9,6 milhões de hóspedes e 25 milhões de dormidas. Os valores divulgados esta segunda-feira pelo INE – Instituto Nacional de Estatísticas espelham variações de 2,6% e 0,5%, respectivamente.

No entanto, na análise ao mês de Junho, o INE revela uma descida de -2,9% no número de dormidas que se fixou nos 5,8 milhões. Para este resultado, terá contribuído a diminuição de 5,1% de dormidas de não residentes, tendência que se verifica também na análise aos primeiros seis meses do ano (-0,7%).

Segundo os dados publicados, em Junho, o mercado interno atingiu as 1,6 milhões de dormidas, o equivalente a um crescimento de 3,4%. Na análise aos primeiros seis meses do ano, verifica-se uma tendência para subida das dormidas dos residentes (cresceram 3,9%) e e uma variação negativa dos não residentes (-0,7%).

Em Junho, o Norte e o Alentejo foram as únicas regiões que apresentaram subidas nas dormidas (+3,1% e +2,4%, respectivamente), enquanto que as maiores descidas registaram-se no Centro (-7,9%) e nos Açores (-6,1%).

Desde o início do ano, o Alentejo (região com um peso de 3,0% nas dormidas totais acumuladas) apresenta um crescimento de 6,6% e o Norte (quota de 13,8% no mesmo período) uma subida de 6,2%. São as regiões que mais crescem.

Em termos de mercados emissores, o destaque pela positiva vai para o mercado espanhol, com uma subida de 0,4% em Junho. De referir que, entre os cinco principais mercados emissores, o espanhol foi o único que cresceu em Junho. Há que destacar ainda a performance do mercado norte-americano (+15,9%) e canadiano (+14,9%). Nos primeiros seis meses do ano, o realce vai para os mesmos mercados (+18,7% e +12,0%, respectivamente) e ainda para o brasileiro (+11,7%). Pela negativa, o mercado britânico, que representa 24,4% do total de não residentes, continua a cair. Em Junho, caiu 9,8% e, no acumulado dos primeiros seis meses, 8,0%. Também o mercado alemão teve um decréscimo no mês de Junho (10,5%).

Quanto à ocupação, esta atingiu os 59,8% (-2,2 p.p.) em Junho. Na Madeira e em Lisboa registaram-se as taxas de ocupação mais elevadas (74,6% e 66,2%, respectivamente). Destacou-se o acréscimo no Alentejo (+2,0 p.p.), enquanto a maior redução ocorreu nos Açores (-5,1 p.p.). Os proveitos totais atingiram 376,7 milhões de euros e os de aposento 278,6 milhões de euros, abrandando para crescimentos de 7,5% e 7,8%, respectivamente.

Entre as várias regiões, destacaram-se os aumentos de proveitos em Lisboa (+13,1% nos proveitos totais e +15,5% nos de aposento) e Norte (+11,9% e +13,0%, respectivamente).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 64,4 euros em Junho, o que se traduziu num aumento de 7,2% (+8,7% em maio). Lisboa registou o RevPAR mais elevado (96,1 euros). Neste indicador são de destacar os
crescimentos em Lisboa (+14,7%), Norte (+9,9%) e Açores (+8,8%).

A evolução do RevPAR foi globalmente positiva entre as diversas tipologias em Junho. Neste mês, os maiores aumentos verificaram-se nas Pousadas (+11,5%) e nos hotéis (+7,2%), com realce, nestes últimos, para as unidades de cinco estrelas (+9,1%). As Pousadas e os hotéis registaram igualmente os valores mais elevados neste indicador (92,9 euros e 70,0 euros, respectivamente).

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