dav
O LinkedIn e as oportunidades perdidas
Leia a opinião de Rudolfo Nobre, Head of Strategy na Grand Union, na edição 142 da Rebista Publituris Hotelaria.
Publituris Hotelaria
Quinta do Lago apresenta 180 vagas de emprego em Open Day
Mama Shelter estreia-se no Dubai com novo hotel
Ibéricafrio realiza showcooking e exposição de equipamentos para hotelaria em fevereiro
Taxa de ocupação no Algarve sobe em dezembro
Reservas de alojamento em plataformas digitais sobem 18% no 3.º trimestre de 2024 na UE
Baixa Hotels Group regista receitas acima dos 10M€ em 2024
Concurso Chefe do Ano abre inscrições para a 36ª edição
Iberostar marca presença em Miami com dois novos hotéis
Bruno Rocha assume direção de operações e desenvolvimento de comidas e bebidas na Highgate Portugal
GuestReady chega aos Açores com objetivo de gerir 200 propriedades até 2026
O LinkedIn é mais ou menos reconhecido de forma unânime como a rede social profissional. No entanto, apesar deste reconhecimento, a plataforma é essencialmente explorada numa dimensão individual e muito pouco numa dimensão organizacional. É antes de tudo vista como uma plataforma de recrutamento. Pelos seus utilizadores, que trabalham os seus perfis e conteúdos partilhados por forma a serem mais apelativos para potenciais empregadores; pelas empresas, que enquanto recrutadores se limitam a utilizar as potentes ferramentas de pesquisa e extraordinária base de dados de profissionais para encontrar os seus candidatos ideais.
Se a isto adicionarmos uma “company page” com uma simples descrição da empresa, estamos falados em termos do uso dado ao LinkedIn por talvez 80% das organizações em Portugal. Juntemos-lhes as empresas que ocasionalmente fazem uma publicação desgarrada a pedido de um administrador, sem uma verdadeira estratégia de comunicação, e talvez o número suba para 90%.
A chave para perceber o que aqui está errado está umas linhas acima: a “extraordinária base de dados de profissionais” que o LinkedIn reúne e está a ser desaproveitada. Estamos a falar de demasiados quadros qualificados que são potenciais clientes, fornecedores ou investidores, para olhar para esta plataforma apenas como ferramenta de recrutamento.
Existem, a meu ver, três eixos principais de comunicação no LinkedIn em que as organizações não deveriam deixar de apostar, tendo em vista a gestão de reputação e consequente atração de talentos e clientes empresariais, através das histórias e campanhas da empresa, bem como pela expertise dos seus profissionais, criando awareness e engagement com a marca:
Comunicação B2B
O lado da empresa feito à medida das necessidades dos seus clientes empresariais. Os serviços, o nível de atenção e de serviço dados a este tipo de cliente e aquilo que faz com as relações com clientes atuais representem autênticos casos de sucesso. Além disto, o LinkedIn disponibiliza algumas ferramentas que permitem otimizar processos, potenciar a comunicação 1-to-1 e reduzir drasticamente as chamadas “portas frias”.
Bastidores da Organização
Deve ser tratado como um “inside view” daquilo que acontece dentro da organização e na relação com clientes corporate. Como é que a empresa chegou onde chegou? Houve um grande insight por detrás de uma grande campanha? Como é que o expertise dos colaboradores da organização fez a diferença em determinada situação? Como é que os atuais colaboradores são valorizados?
Cultura Organizacional
É a partilha daquilo que diferencia a organização no mercado e na forma como se relaciona com fornecedores, clientes, colaboradores e comunidades em que está inserido. É sobre a partilha da visão e valores que definem a sua cultura empresarial. Neste eixo, não se deve negligenciar o valor que pode ser trazido pela participação direta dos próprios colaboradores e respetivas redes de contactos, nomeadamente através de artigos de opinião assinados por key opinion leaders internos.
O importante a reter, é que a comunicação no LinkedIn deve passar a ser vista não só como uma área de atuação dos Recursos Humanos, mas também como uma área importantíssima para os departamentos de Vendas e de Corporate Affairs.
As oportunidades estão lá. Basta dar-lhes atenção.
*O autor escreve com as regras do novo Acordo Ortográfico.