2017 positivo na hotelaria

Por a 18 de Dezembro de 2017 as 18:02

O inquérito de Balanço & Perspectivas da AHP indica que 74% e 82% dos associados revelaram ter registado, este ano, taxas de ocupação e preços médios por quarto vendido (ARR), respectivamente, superiores aos de 2016.

Os dados foram revelados esta segunda-feira pela associação, que juntou os jornalistas para dar conta da análise às respostas dos associados.

BALANÇOS & PERSPECTIVAS

Segundo o inquérito realizado, 74% dos inquiridos revelou ter tido uma taxa de ocupação melhor que a verificada em 2016; e 82% registou um preço médio por quarto vendido superior (ARR) este ano.

O indicador da estada média, considerado por Cristina Siza Vieira o “mais frágil”, foi ‘igual’ para 47% dos inquiridos e ‘melhor’ para 45%. Este indicador cresceu mais entre as duas e três noites (37%) e o aumento entre o período uma e duas noites foi assinalado em 31% das respostas.

Agosto, Setembro e Julho foram os melhores meses do ano (23%, 23% e 16% das respostas); enquanto Janeiro, Fevereiro e Dezembro (29%, 27% e 14% dos inquiridos) foram os piores.

No que respeita a mercados, houve uma “melhor performance dos principais” emissores, exceptuando o Reino Unido, onde 44% das respostas diz ter sido idêntico. Algo que a directora executiva da associação justifica por haver uma menor margem de progressão relativamente aos outros emissores.

Portugal mantém-se o principal mercado no Norte, Centro, Alentejo e Açores; enquanto Espanha continua como o segundo emissor para o Norte, Centro e Alentejo.

PAPA E WEB SUMMIT DISPARAM PREÇOS

A ida do Papa à região de Fátima e a realização da Web Summit em Lisboa impulsionaram os preços e ocupações em Maio e Novembro, respectivamente.

Na Região de Leiria/Fátima/Templários, a taxa de ocupação nos dias da visita do Santo Padre foi de 78% e o ARR atingiu os 162 euros. Numa análise mais micro, a ocupação atingiu os 95% em Fátima, um aumento de 16 p.p. face ao ano anterior; e o preço médio foi de 252 euros, um aumento de 97%.

Em Lisboa, nos dias do evento e segundo o inquérito pós-evento realizado pela AHP, a taxa de ocupação foi de 92% na cidade e de 87% na Região Metropolitana; enquanto o preço médio foi de 141 euros na cidade e de 127 euros no território mais alargado. Em 2016, a taxa de ocupação foi de 79% na cidade de Lisboa e de 75% na A.M. Lisboa; e o preço médio foi de 130 euros na cidade e de 120 euros na região.

PERSPECTIVAS

2018 vai igualmente ser um ano positivo, com 89% dos inquiridos a acreditar que a receita total vai ser superior à contabilizada no presente ano, sendo que o valor proveniente do alojamento será mais preponderante do que a receita resultante do F&B.

Das respostas registadas, 67% assinalou que a taxa de ocupação vai melhorar; quanto 86% defende uma evolução do ARR e 85% do RevPar.

A estada média deverá ser o único indicador a diminuir, segundo 62% dos associados que responderam ao inquérito.

Ainda de acordo com as respostas reveladas pela associação, os custos com ‘utilities’ (água, gás, electricidade) são o principal constrangimento ao crescimento do negócio (30%), seguindo-se a dependências dos operadores ‘online’ (18%).

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