Novo perfil de investidor quer entrar em Portugal
É o chamado “investimento sem cara” e, de acordo com a Real Capital Analytics (RCA), entre 2006 e 2016, cresceu dos 4% para os 12% no sector hoteleiro. Já segundo o índice do mercado imobiliário da MSCI, o IPD, desde 2011 e a partir de 2015, “os activos hoteleiros eram já a 5.ª maior categoria” do investimento mobiliário institucional, estando perto dos 13,5 mil milhões de euros, com predominância para activos no Reino Unido (35%), Alemanha (15%) e Espanha (10%). Em Portugal, é uma situação ainda muito residual, mas a consultora Cushman & Wakefield alerta para que este modelo de negócio está a olhar para Portugal.
Gonçalo Garcia, director de Hospitality, da consultora, refere que estes investidores procuram negócios já estabelecidos, onde o risco será mais diminuto e a rentabilidade maior. Por norma, falamos de negócios de sales&leaseback. O potencial deste modelo de negócio na hotelaria portuguesa é muito grande, segundo a consultora, que afirma que este pode se ruma alternativa de financiamento aos modelos tradicionais instituídos no mercado nacional. A atractividade e o bom momento turístico do País são dois dos factores que têm contribuído para chamar a atenção destes investidores.
Apesar deste ‘novo’ player no sector nacional, que deverá começar a ganhar peso no mercado, o crescimento da indústria nos próximos anos continuará a ser sustentado pelos negócios assentes em propriedade e gestão própria.
Segundo a análise apresentada por Gonçalo Garcia, no que respeito ao actual investimento divide-se entre os 47% nacional e 53% estrangeiro entre 2015 e Outubro de 2017. Neste capital estrangeiro, existe um peso relevante do negócio da compra do grupo Tivoli pela Minor.
*Leia uma análise mais pormenorizada ao investimento hoteleiro na coluna assinada por Gonçalo Garcia na próxima edição de Dezembro da Revista Publituris Hotelaria
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