“Dêem-nos espaço aéreo e fazemos crescer o número de passageiros em Lisboa”

Por a 16 de Novembro de 2017 as 15:18

O uso civil diminuto do espaço aéreo, a falta de estacionamento para aeronaves e o terminal do Aeroporto Humberto Delgado são os três grandes constrangimentos aeroportuários na Região de Lisboa, enunciou Carlos Lacerda, CEO da ANA – Aeroportos Portugal.

O responsável, que falava no âmbito do 29.º Congresso da AHP, em Coimbra, aproveitou a sua intervenção para falar da actual situação do Aeroporto de Lisboa e referir que a ANA já se está a preparar, através de investimentos em solo, nomeadamente no terminal, para vir a receber um maior número de passageiros e movimentos.

Sobre o espaço aéreo, cuja utilização para fins civis é diminuta, Carlos Lacerda afirmou que a ANA está “a dialogar com a NAV e a Força Aérea” e que este “tem sido construtivo”. O responsável é categórico a afirmar que é preciso mais espaço aéreo para ter mais passageiros em Lisboa, ainda antes da solução do Montijo, em 2022, algo que terá de ser negociado entre o Governo, a Força Aérea e a NAV.

Mas “mesmo que o espaço aéreo fosse totalmente fosse totalmente libertado, é necessário que haja capacidade de controlo aéreo para conduzir este aumento de disponibilidade de espaço aéreo”, alertou Carlos Lacerda, aludindo à actuação da NAV.

O segundo constrangimento tem a ver com o estacionamento de aeronaves, que Carlos Lacerda diz ser solucionado através do encerramento “temporário” da pista 17/35. Uma medida que, no entanto, tem ainda de ser debatida com diversos intervenientes, nomeadamente o Governo e os pilotos, para assegurar as devidas condições de segurança do aeroporto.

O plano de contingência da ANA integra, ainda, uma outra solução, que poderá avançar independentemente das demais, que é o alargamento dos horários do aeroporto. Algo que tem, também, de ser negociado e discutido com diversas entidades, nomeadamente a Câmara Municipal, para assegurar as condições dos residentes na cidade.

Carlos Lacerda precisou, ainda, que, actualmente, os aeroporto tem uma taxa de ocupação na ordem dos 90% dos seus slots e que os movimentos rondam os 38/hora, apesar de haver uma “capacidade declarada” de 40 movimentos/hora. A ANA está já a trabalhar com vista aos 42/44 movimentos por hora, precisou o responsável da gestora aeroportuária.

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