O alternativo 1908 (COM FOTOGALERIA)

Por a 28 de Agosto de 2017 as 14:59

O negócio surgiu por oportunidade. Os proprietários, a empresa Villa de Santana, procuravam onde investir e encontraram este edifício histórico, em pleno Largo do Intendente, no início da Avenida Almirante Reis, uma zona em ascensão turística na cidade de Lisboa. Projectado pelo Arquitecto Adães Bermudes, o prédio foi Prémio Valmor no ano de 1908, aquando a sua construção, e é uma ode à Arte Nova. Foram precisamente este marcos que deram o mote ao agora Hotel 1908.

A fachada deste edifício, marcada por algumas das principais características da Arte Nova, como a representação de animais ou o ferro forjado, e o seu fim em cúpula não passam despercebidas a quem entra na Avenida Almirante Reis a partir da Praça Martim Moniz. O projecto do hotel, assinado pelo Arquitecto Pardal Monteiro não só preservou o projecto original, como acrescentou pormenores inscritos no desenho original, reforçando o compromisso dos actuais proprietários com a génese do edifício.

Mas não só. Se a porta deste hotel nos remete para o início do século XX, ao passarmos a entrada somos confrontados com o ambiente industrial e moderno, com um ‘q’ de alternativo, nunca esquecendo a Arte Nova. Aqui, pontuada através de peças de Bordalo II, conhecido ‘street artist’ que utiliza lixo para criar instalações e responsável pelo besouro que dá ás boas-vindas na recepção do Hotel 1908 e pela Libelinha que acompanha um copo descontraído no lobby-bar.

Os tons mais escuros da decoração nos espaços públicos são veementemente confrontados pela luz natural que entra pelas janelas que circundam o piso térreo.

O edifício é composto por três pisos, uma viagem que conta a história do edifício e da zona outrora boémia onde está inserido através das pinturas de Vanessa Teodoro, que contemplam todo o saguão – onde o elevador foi habilmente inserido. Além do óbvio Prémio Valmor, o mural recorda, por exemplo, a Casa de Gouveia e a Lotaria Boa Sorte, que habitaram estes m2, ou a Rainha D. Amélia, que em tempos deu nome à agora Avenida Almirante Reis e gritou ‘Infames’ aos assassinos do marido e filho. Facto histórico que baptizou o restaurante, com 80 lugares, e o bar do hotel.

Os 36 quartos que compõem o Hotel 1908 pautam por um mimimalismo confortável, onde a decoração – assinada pelos proprietários com a consultoria da Sizz design – é made in Portugal, como é o caso das mantas da marca Vida Portuguesa, os móveis We Wood, as amenities Castelbel ou o Lioz – a pedra lisboeta – das casas de banho. Destaque, ainda, para as fotos, a preto e branco, que retratam o antes e o durante a renovação dos espaços.
A luz e as cores neutras, em branco e cinza, dos quartos voltam a contrastar com os corredores, convidativos ao silêncio.

Os nomes dos quartos variam consoante a dimensão e a vista: The Square Rooms, com vista para o Largo do Intendente; The Avenue Rooms, com vista para a Av. Almirante Reis; The Attic Rooms, um piso com três quartos e lobby exclusivo, que tanto pode ser reservado individualmente, como para grupos ou para realização de pequenos eventos; The King Rooms, quartos com áreas maiores; e o The King of Dome, a suite principal, com acesso à cúpula.
O Hotel 1908, gerido pela empresa Amazing Evolution, abriu portas em Fevereiro do presente ano e foi inaugurado no início de Junho.

previous arrow
next arrow
Slider

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *