Portugal é ‘case-study’ no Alojamento Local

Por a 3 de Março de 2017 as 16:01

O sector do Alojamento Local regista já 10% das dormidas turísticas em Portugal e recebe 12% do número total de hóspedes do País.

Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, falava na apresentação do estudo sobre o AL promovido pela AHRESP, em parceria com o ISCTE, a Sítios e com o apoio do Turismo de Portugal, salientou que os resultados do Turismo em 2016, que “é uma actividade estratégica muito importante para a economia”, advêm também da “grande capacidade que o Alojamento Local teve, e tem tido, de ser um actor e uma peça-chave neste sucesso”.

A SET destacou ainda que, além dos números já apresentados, o Alojamento Local contribui também para “a criação de emprego e de fontes de alternativas de receitas, mas também de requalificação das nossas necessidades e do nosso património”. O AL conseguiu ainda “posicionar Portugal em mercados onde não estava e que não conseguia atingir”.

A responsável relembrou o processo de criação da figura do Alojamento Local em 2008, no qual esteve envolvida na altura: “Não foi fácil, em 2008, criar esta figura do Alojamento Local. Estávamos a tentar enquadrar as ditas camas paralelas na economia formal”. Ana Mendes Godinho enalteceu a capacidade que o Estado teve na altura de enquadrar esta figura na economia. “Muitas vezes é preciso criar condições para a própria oferta se organizar”, referiu.

A legislação do Alojamento Local de que Portugal foi pioneiro é, segundo a SET, “um grande factor de inovação de Portugal e referido nos fóruns internacionais como sendo um País com um projecto exemplar”.

Portugal é um ‘case study’ também pela “capacidade de mostrar que quando se criam regras, a economia reage e há uma grande migração da economia informal para a formal”.

A governante deixou, contudo, um recado, realçando que “não vale a pena produzir alterações legislativas sem conhecer bem a realidade [do Alojamento Local] e perceber bem as necessidades de correcção que existem e que respondam também às necessidades quer da oferta, quer da procura, que percebemos que são mínimas”.

Ana Mendes Godinho salientou a importância deste estudo para ajudar a conhecer a oferta, mas também “ser útil para ajudar a qualificá-la”.

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